Hoje celebra-se mais um aniversário do nascimento
de Ulysses S. Grant, 18º presidente dos Estados Unidos da América – e o segundo
eleito pelo Partido Republicano, a seguir a Abraham Lincoln. E, o que é mais
significativo agora, no passado dia 4 de Março assinalaram-se os 150 anos desde o dia em que tomou posse para o primeiro dos seus dois mandatos.
A admiração por Ulysses S. Grant, a apreciação
da sua personalidade e da sua carreira militar e civil – isto é, política – e,
em consequência, o seu prestígio, têm vindo a aumentar ao longo do tempo.
Evidência disso mesmo são artigos laudatórios evocativos da efeméride; alguns
foram publicados em espaços mais ou menos previsíveis como a National Review –
exemplos são o de Allen C. Guelzo e o de Dan McLaughlin (em duas partes,
primeira e segunda); outros foram-no em espaços… menos previsíveis, como o
Washington Post – leia-se o escrito por Ronald C. White. Em comum têm a
confirmação da recuperação de Grant tanto nos rankings, nas tabelas, nas listas
de «popularidade» entre os presidentes dos EUA, como nos registos históricos,
factuais, dos grandes contributos que deu à nação. As mentiras, as distorções,
as deturpações, as calúnias foram até ao ponto de questionar, de duvidar de que
teria sido ele a escrever as suas «Memórias», atribuindo estas, ao invés, ao
seu amigo Mark Twain; porém, análises competentes e honestas dos vários documentos
que ele elaborou durante a Guerra Civil entre 1861 e 1865, como cartas e
relatórios, comprovaram indubitavelmente que foi sem dúvida da sua lavra aquela
que é uma das obras fundamentais da literatura norte-americana do século XIX,
tendo o autor d’«As Aventuras de Tom Sawyer», quando muito, dado algumas
sugestões na estruturação e ajudado na revisão.
Não surpreende que o Partido Democrata, os
seus membros e apoiantes, toda a súcia de serventuários que o têm sustentado
durante décadas, se tenha(m) afadigado em (tentar) difamar, e até destruir, a
memória, o legado, de Ulysses S. Grant. Afinal, ele foi o maior – o mais
efectivo, o mais letal – inimigo dele(s), quanto mais não seja porque foi o principal
responsável, directo ou indirecto, pela morte de muitos, de milhares de
«azuis» (antes, «cinzentos»): primeiro enquanto general do exército do Norte, da União, e depois seu
comandante supremo, infligiu-lhes sucessivas derrotas, quiçá massacres, que
levaram à vitória final na guerra com o do Sul, da Confederação, liderado por
Robert E. Lee; depois, enquanto presidente e no âmbito do processo de
«Reconstrução» do país que se seguiu ao terrível conflito fratricida –
desencadeado, nunca é de mais lembrá-lo, pelos democratas esclavagistas – pugnou
pela perseguição, prisão e execução de elementos do então recém-formado Ku Klux
Klan. Sim, é devida gratidão a Grant pelo que bem que fez e pelo bem que
possibilitou a outros fazerem…
… E no passado como no presente ele permanece
um modelo a emular, uma referência a reter. Nesse sentido, vale a pena fazer
uma visita, mesmo que virtual, à Biblioteca Presidencial Ulysses S. Grant, e
dela colher a motivação e o conhecimento para combater os democratas. Que
continuam a ser – nunca deixaram de ser, aliás – aquilo que sempre foram:
racistas principalmente mas igualmente secessionistas, separatistas que não
hesitam em pôr em perigo a coesão dos EUA se isso lhes proporcionar a
(re)conquista do poder. O que se prova com a defesa que muitos «burros» fazem
hoje, sem contestação visível por parte dos seus camaradas: da abolição do Colégio
Eleitoral; da criação e da manutenção de cidades e de Estados «santuários» para
imigrantes ilegais (criminosos perigosos incluídos); da abertura total das
fronteiras. Eles odeiam os outros, «elefantes» e não só, e não têm qualquer intenção genuína e generalizada de dirimir divergências de uma forma honesta e cordata, pelo que não é um exagero mencionar a hipótese de uma segunda guerra civil; e, se tal vier infelizmente a concretizar-se, que a «odisseia» do
Ulysses de há mais de 150 anos sirva de inspiração para um novo triunfo.
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