Muito provavelmente o nome já não é
desconhecido para os leitores, quer regulares quer ocasionais, do Obamatório:
Jussie Smollet. Para os que não sabem quem ele é e o que fez, eis uma descrição
sucinta: é um actor norte- americano, recentemente mais conhecido como um dos
protagonistas da série televisiva «Império», esquerdista e liberal e também
notório por ser um opositor vocal de conservadores, do Partido Republicano e de
Donald Trump, que alegou ter sido reconhecido e atacado na (extremamente fria)
madrugada do dia 29 de Janeiro último, em Chicago, por dois apoiantes do Presidente,
e estes, envergando chapéus vermelhos com as palavras «Make America Great Again»,
o teriam insultado com epítetos racistas e homofóbicos, espancado, regado com
lixívia e nele colocado um laço de forca, tendo finalizado a acção gritando-lhe
«This is MAGA country!»
Quem pensou que tal relato era algo duvidoso e
até difícil de acreditar acabou por ter razão: Jussie Smollett foi acusado a 8
de Março último de nada mais nada menos de 16 crimes, todos relativos a ter
apresentado uma falsa queixa, ou seja, de ter inventado o incidente, pelo banal
motivo – tal é a explicação, a hipótese mais provável – de tentar obter uma
melhoria salarial no programa de televisão de que era (já não é) uma das
«estrelas». Entretanto, o caso tornou-se ainda mais ridículo quando os polícias
da «Windy City» encarregados do caso descobriram que os supostos «rednecks»,
brancos, que teriam atacado Smollett são afinal dois irmãos nigerianos (sim,
negros!), amigos do actor, e que com ele combinaram previamente todos os
pormenores desta fraude que se revelou ser um falso «crime de ódio».
Obviamente, a falsa vítima foi quem acabou por sair pior, por culpa própria,
deste processo – processo esse que, claro, ainda está bem longe de terminar, o
que deverá acontecer num tribunal ainda neste ano de 2019. Porém, muito mal
vistas ficaram também as várias «celebridades», na política, no «jornalismo»,
no entretenimento, que desde o início acreditaram piamente na narrativa de
Smollett, que lamentaram o seu «sofrimento» e condenaram Donald Trump e os seus
apoiantes, «sem dúvida» os responsáveis pelo acontecido. A este respeito vale a
pena ver/ler e ouvir as análises e os comentários de, entre outros, Tucker Carlson e Laura Ingraham, que correcta e implacavemente descreveram e
contextualizaram esta autêntica «fábula (i)moral» nos seus contornos, causas e
consequências.
A «hate hoax» protagonizada por Jussie Smollett
terá sido a mais notória, a de maior impacto, a mais conhecida e discutida
desde que Donald Trump ganhou a eleição presidencial de 2016, mas, apesar
disso, acabou por ser «apenas» a mais recente de uma já longa e lamentável
lista em constante aumento desde o triunfo nas urnas do actual presidente. Duas
versões dessa lista têm como autores Andy Ngo e Peter Hasson, e nela abundam os
exemplos de homens e de mulheres mentalmente desiquilibrados e/ou criminalmente
facciosos que não hesitam em mentir sobre terem sido ameaçados ou mesmo
agredidos, ou que provocaram danos em espaços e em estruturas, e atribuiram depois
essas acções de vandalismo a adversários políticos. Em simultâneo, e pode
dizer-se também como efeito deste ambiente de desinformação e de difamação,
cresce o número de casos – verdadeiros – de ataques verbais e/ou físicos a
pessoas à direita no espectro político-partidário, simpatizantes e/ou votantes
do Nº 45 e do Partido Republicano. Neste âmbito é sempre útil e oportuno
recorrer à lista iniciada e actualizada por John Nolte na Breitbart, cuja
última contagem (a 13 de Março) enumera 332 (!) ocorrências desde Setembro de 2015.
Um aspecto particularmente grave e inquietante
desta onda de violência está na circunstância de, mais recente e frequentemente,
os alvos da animosidade e da intolerância serem jovens, adolescentes, mesmo
crianças, visados tão só por usarem chapéus (bonés encarnados) «MAGA» ou terem
consigo qualquer outro acessório ou objecto que os identificam (ou aos pais)
como apoiantes de Donald Trump. Alguns exemplos, afectando tanto mais velhos
como mais novos daqueles, vieram nos últimos meses do Arizona (um, dois),
Califórnia, Flórida, Nova Jersey e Tennessee. E há que não esquecer – pode-se e
deve-se incluir neste infame rol – o que aconteceu aos estudantes da escola
católica de Covington, no Kentucky, e em especial Nicholas Sandmann, que,
aquando de uma visita que fizeram a Washington em 19 de Janeiro para
participarem na Marcha pela Vida, foram filmados no que, ao princípio, aparentava
ser uma demonstração de desrespeito para com um nativo-americano «veterano»… e,
afinal, veio a descobrir-se que o contrário era verdade, que eles é que haviam
sido insultados e provocados, e nada de repreensível haviam cometido. Então praticamente
a mesma alcateia de «celebridades» que poucos (10) dias depois acreditaria
incondicionalmente nas alegações de Jussie Smollett não duvidou de que aqueles
adolescentes eram «culpados» - aliás, como não seriam, já que quase todos
usavam o chapéu encarnado que é o «novo gorro branco (do Ku Klux Klan)»?
Deveriam ter pensado mais e melhor antes de abrirem a boca e/ou dedilhado as
teclas: (pelo menos) os pais de Nick Sandmann recorreram a advogados, e estes,
depois de inicialmente terem contactado e avisado 54 indivíduos e instituições,
moveram um processo judicial contra o Washington Post no valor de 250 milhões
de dólares, e outro, este no valor de 275 milhões, contra a CNN. Outras grandes empresas de media poderão seguir-se nesta contra-ofensiva.
Enfim e efectivamente, está mais do que na
altura de conservadores reagirem eficiente e eficazmente contra as constantes
investidas – verbais e físicas – de «progressistas», atingindo-os judicial e financeiramente;
vencer eleições não é suficiente porque a súcia sinistra fica ainda mais assanhada
quando perde, e o que tem acontecido desde Novembro de 2016 confirma-o. Recorde-se
que a excrementícia Maxine Waters deu o (maligno) «mote»: encontrar, perseguir
e importunar membros destacados do GOP, na administração e no Congresso,
tornando impossível ou quase as suas presenças em locais públicos – o que
entretanto aconteceu a, entre outros, Kristjen Nielsen, Mitch McConnell, Ted
Cruz, Sarah Sanders e Stephen Miller. E se as «figuras gradas» ligadas ao PR
não estão imunes os cidadãos comuns ainda menos, quer usem o distintivo boné ou
não. Terá sido por causa disso que, entretanto, e em mais uma prova de como o
espírito empreendedor norte-americano pode adaptar-se a qualquer situação, foi
lançada este ano uma aplicação que permite aos consumidores mais à direita localizarem
e seleccionarem antecipadamente restaurantes e outros estabelecimentos
comerciais a que, em princípio, poderão recorrer sem correrem o risco de serem
incomodados devido às suas opções ideológicas. No fundo, aquela é como um novo
«Livro Verde», uma publicação anualmente revista que durante décadas serviu de
guia a afro-americanos em viagem pelo Sul, e que aliás foi o tema do filme com o mesmo título que este ano ganhou três Óscares, incluindo o mais importante. O
que representa uma ilustração deprimente do facto de os democratas, tanto tempo
depois, continuarem a ser os intolerantes violentos de sempre; apenas os alvos do seu ódio é que mudaram.
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