A
pergunta pode ter alguma relevância: quase seis anos depois de Barack Obama ter
deixado a Casa Branca justifica-se a existência de um blog com a denominação
Obamatório, ou que esse blog assim continue a designar-se? A minha resposta é,
indubitavelmente, «sim». E não só por uma mera questão de, digamos, marketing
ou branding: é porque o 44º Presidente dos Estados Unidos da América continua a
ser, infelizmente, uma causa, uma força, muito negativa, maléfica até, na
política e na sociedade daquele país. Tudo – e é tanto – que de muito mau,
ofensivo, perigoso lá está a acontecer actualmente tem as suas origens no
período entre 2009 e 2017, e aqui neste espaço fez-se regularmente a crónica factual dessa degradação. Por comparação, os Clinton eram, e são, uns bandidos, mas
nunca pretenderam verdadeiramente «transformar fundamentalmente» a América numa «comuno-confederação» como a que agora efectivamente existe. O que o Sr. Hussein andava a ler há 12 anos já deixava antever o que se seguiria. E
por muito – e foi mesmo muito – de bom, e de corajoso, que Donald Trump tenha
conseguido fazer, tal não foi suficiente – e também porque quatro anos acabou
por ser pouco tempo – para contrariar os vícios de uma burocracia federal
progressivamente infiltrada por radicais esquerdistas, extremistas que
inclusivamente começaram a corroer as chefias das forças armadas e dos
principais serviços de segurança e de inteligência. E isto para não falar, obviamente, dos criminosos que se atreveram a organizar uma gigantesca fraude eleitoral que em 2020 roubou a reeleição ao Nº 45.
Não
é de todo um exagero dizer-se que a actual (p)residência de Joe Biden, o seu
primeiro «mandato», constitui de facto, embora oficiosamente, o terceiro de
Barack Obama. E se para o comprovar não for inteiramente suficiente a afirmação
de uma cada vez mais caquética, hipócrita e perversa (e alcóolica?) Nancy
Pelosi de que o governo deve continuar aberto para assim concretizar o programa
de «Build Back Better» de… Obama, então a confirmação por Jen Psaki de que
Biden e o seu ex-chefe falam regularmente, e o segundo é até consultado, sobre «uma série de assuntos» talvez seja. O certo é que ele ainda anda por aí, e não se
coíbe de mandar uns quantos «bitaites», invariavelmente arrogantes e disparatados,
quando não revoltantes. Como, por exemplo, dizer que os admiradores de Bruce Springsteen são racistas… e o próprio, suposto, «Boss», sentado ao seu lado,
concordou! Além disso, continua a insistir num mais rigoroso e enganoso
«controlo de armas» para tirar a cidadãos comuns a possibilidade de se
defenderem. Mentiroso desavergonhado e incorrigível, ele acusou Donald Trump,
que tem uma filha, genro e netos judeus, e reconheceu Jerusalém como capital de
Israel, de «atiçar as chamas» do anti-semitismo. Se coloca em causa a integridade e a legalidade de eleições ao mesmo tempo que calunia o GOP, não
sofre represálias nem é acusado de traidor. E aplaudiu a decisão da Major
League Baseball de retirar o «jogo de todas as estrelas» de Atlanta, desde
sempre e ainda dominada por democratas (!), na sequência de falsas acusações de
«supressão de votos» contra o governador da Geórgia, e assim privando muitos
comerciantes daquela cidade de uma grande fonte de rendimentos. Enfim, e
evidentemente, como não referir o atrevimento de ir a Glasgow juntar-se à horda de vigaristas, de patéticos palhaços numa alegada «cimeira do clima», perorar
contra o (falso) «aquecimento global» que faz com que o nível das águas dos oceanos
«suba», vindo da sua mansão de Verão em Martha’s Vineyard, onde em Agosto
último ele celebrou o seu 60º aniversário rodeado do maior luxo e
desrespeitando recomendações contra a pandemia que os «burros» semprem querem
impôr aos outros.
Barack Obama nem sempre, porém, tem a influência
e o «peso» que julga ter. Isso confirmou-se no início deste mês, aquando da
eleição para governador da Virgínia, em que o candidato que apoiou, com quem fez
campanha eleitoral e participou num comício, Terry McAuliffe (que, aliás, também
contou com Joe Biden e Kamala Harris no terreno), perdeu contra Glenn Youngkin,
apoiado e «recomendado» por Donald Trump – numa ida às urnas que mudou de
«azul» para «encarnado» a «côr» daquele Estado, pois a nova vice-governadora, a
afro-americana Winsome Sears, e o novo procurador-geral, Jason Miyares, também são
republicanos; o Sr. Hussein não deixou, no entanto, de deixar uma marca de infâmia
naquela disputa política regional, desvalorizando como «guerras culturais empoladas» e «falsa indignação» as preocupações de muitos pais, na Virgínia mas
não só, com a proliferação acelerada nas escolas da abjecta, neo-segregacionista, Teoria Crítica da Raça, além da degenerada e degenerativa
«agenda LGBTQ». Entretanto, nesta semana que passou mais um «endorsement» de
BHO não surtiu efeito, e a actual mayor de Columbia, na Carolina do Sul, cidade
tida como fiável reduto «burro», foi derrotada pelo seu opositor «elefante». Todavia,
estas nem serão as maiores preocupações ou desilusões para Obama este ano, já
que em Julho um juíz federal declarou o programa DACA (para protecção de
imigrantes ilegais menores) ilegal, e em Junho foi divulgado um relatório governamental
dinamarquês que denuncia a NSA por espionagem em países europeus entre 2012 e
2014. Os «fantasmas da presidência passada» começam a assombrar o Nº 44, e é de
esperar que o seu número venha a aumentar.
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