Eu avisei que em 2019 e em 2020 iria ser pior…
Neste momento – na verdade, desde há algum tempo – a situação política nos
Estados Unidos da América tem tanto de patética como de perigosa. E quando duas
pessoas tão diferentes, ideologicamente em campos opostos como Bill Maher e
Louie Gohmert concordam que o risco de acontecer uma segunda guerra civil não é
assim tão reduzido, há que decididamente prestar mais atenção e (tentar) separar
os factos das ficções…
… Porque as segundas, se sistematicamente
repetidas e tidas como factos, poderão causar – aliás, já estão a causar –
graves danos. E, actualmente, nos EUA
nenhuma ficção é mais desmesurada e mais danosa do que a de Donald Trump ter cometido (alg)um crime que justifique ter
sido alvo de um processo de destituição, de impugnação («impeachment»), que
terminou no passado dia 6 de Fevereiro com a sua absolvição («acquittal») no
Senado depois de os dois (absurdos) artigos (isto é, acusações) que a Casa
submeteu terem sido rejeitados, e que terá constituído o ponto mais alto
daquela que é talvez até agora a melhor semana da sua presidência… e a pior para os democratas, talvez desde o final da Guerra Civil ;-). Que não se acredite no que os supostos «especialistas», na
verdade, activistas facciosos, partidários incompetentes sem qualquer
credibilidade afirmam, a repetirem as mesmas atoardas… que, decorridas semanas
ou meses, se verifica não terem fundamento. Para eles vou dar uma breve «aula»
de «Impeachment para totós»…
… E então é assim: porque era necessário
arranjar outra coisa, qualquer coisa, por mais ténue que fosse, para tentar
derrubar o actual presidente depois de a fraude do «conluio com a Rússia» não
ter resultado, um activista democrata – membro do PD! – que é também analista da CIA, Eric Ciaramella, identificou-se (ilegitimamente) como «whistleblower» e
acusou o Nº 45 de um comportamento ilegal. Depois soube-se que o suposto
dedicado funcionário tinha integrado a equipa de Joe Biden que lidava com a
Ucrânia, e que era um «homem de mão» tanto do asqueroso John Brennan como da
pérfida Susan Rice. Repare-se no ridículo descomunal: os democratas queriam
remover o (legítimo) chefe do executivo – ou seja, queriam reverter, anular,
uma eleição presidencial e os votos de milhões de pessoas – por causa de uma
conversa por telefone que aquele teve com um seu homólogo, o (eleito em 2019)
presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky, e, mais concretamente, por nesse
telefonema Trump ter supostamente feito depender a concessão de ajuda àquele
país da abertura de uma investigação a Hunter Biden, filho de Joe Biden, que
pertenceu ao conselho de administração da Burisma, uma empresa energética
ucraniana. Porém, e que se saiba, nenhuma investigação foi iniciada nesse
âmbito pelas autoridades de Kiev, e a ajuda – incluindo uma fundamental
componente militar que durante os mandatos de Barack Obama foi negada, talvez
para comprovar a maior «flexibilidade» do Nº 44 para com Moscovo após a
reeleição – foi mesmo concedida. E, no entanto, mesmo que Donald Trump
impusesse essa condição, estaria no seu pleno direito de o fazer. Afinal, ele
tem também como obrigação certificar-se de que o dinheiro dos contribuintes
seus compatriotas é bem empregue, não só nacional mas ainda internacionalmente.
As audiências realizadas no Congresso durante
todo o processo («kafkiano») não comprova(ra)m, de modo algum, a «gravidade»
das acusações contra o actual presidente. O que os depoimentos das alegadas
«testemunhas» vieram demonstrar – e cada vez mais indequivocamente à medida que
eram ouvidas as que efectivamente ouviram o telefonema (cuja transcrição foi
publicada) e/ou tiveram acesso directo ao presidente, como Kurt Volker, Tim Morrison e Gordon Sondland – é que Trump nada de criminoso ou duvidoso disse ou
fez. E esta é a verdade, não obstante as ilusões, as fantasias que os
partidários opositores – no congresso e nos media – apregoa(ra)m. Aqui convém
salientar agora outro aspecto que muitos dos «comentadores» deste lado do
Atlântico não compreendem, porque ignoram que a estrutura politica
norte-americana é, em vários aspectos, muito diferente das europeias: o cargo
de procurador-geral («attorney-general») não é como em Portugal; nos EUA o AG é,
para todos os efeitos, o ministro da Justiça, e, como tal, o presidente –
qualquer presidente – tem o direito e até o dever de conduzir, de liderar
igualmente as actividades nesse sector, incluindo, sim, quem e/ou o quê deve
ser objecto de investigação. Não é por se ser candidato a um cargo político –
presidente, senador, representante, governador – que se fica isento de ser
investigado e, eventualmente, acusado e julgado. Joe Biden não tem pois – ou
não deveria ter – um privilégio que outros não têm. Como Donald Trump, aliás,
que teve a sua campanha «infiltrada» e investigada em 2016 por ordem da
administração de Barack Obama. A questão está em saber se essas investigações
têm legitimidade, justificação, se assentam em sólidos motivos e se cumprem as
leis e as normas aplicáveis em tais casos. A que foi feita contra Trump não terá
sido, e tal poderá estar prestes a ser demonstrado com uma investigação ordenada pelo AG Bill Barr e conduzida pelo procurador John Durham, a ser concluída ainda
este ano. Esta expectativa terá deixado os democratas de tal modo aterrorizados
que eles decidiram lançar esta patética tentativa de impeachment para «criar
ruído» e tentar distrair, preventivamente, as atenções do que é realmente
importante, de atenuar, diminuir, os efeitos das revelações que estão prestes a
ser feitas sobre as malfeitorias, patifarias e sacanices da administração de
Barack Obama e dos seus cúmplices no «deep state».
Na verdade, os «burros» não são apenas
mentirosos anedóticos, compulsivos e desavergonhados. São igualmente
especialistas na projecção, acusando os republicanos de faltas e de crimes que
eles, sim, é que cometem. Acusam os opositores de racistas… mas eles é que o
são, sempre a referir as cores da pele por tudo e mais alguma coisa; eles são,
sempre foram, continuam a ser, segregacionistas e secessionistas. Acusa(ra)m Donald
Trump e os seus colaboradores de conluio com os russos… mas, na verdade, eles é
que colaboraram com gentes de Moscovo, tendo o DNC e a campanha de Hillary
Clinton pago para obterem «informaçôes» sobre o candidato republicano.. e isto
depois de ela ter autorizado a venda de uma empresa de urânio dos EUA a uma
russa. Enfim, acusa(ra)m o Nº 45 de «extorsão», «suborno», chantagem sobre a
Ucrânia e o seu presidente – que disse, mais de uma vez, que nada de impróprio
houve na sua conversa com o homólogo norte-americano – quando, com efeito, foi
Joe Biden quem cometeu esses actos sobre o antecessor de Volodymyr Zelenski –
eles querem esquecer, ou fingir que não sabem, que Joe Biden ameaçou não conceder à Ucrânia um bilião de dólares em ajuda norte-americana se em Kiev não
despedissem o procurador que investigava a empresa do filho… e foi isso mesmo o
que aconteceu! Além disso, e por mais de uma vez, políticos (senadores)
democratas pressionaram as autoridades ucranianas para investigarem Trump e/ou colaborarem na investigação feita pela equipa de Robert Mueller! E Adam
«Shitty» Schiff, mentiroso patológico, chegou a ser enganado por humoristas russos que o convenceram de que tinham para vender fotografias de um Trump nu!
Na verdade, este circo, esta palhaçada, este espectáculo desgostoso, mais não foi do que uma tentativa
desesperada e hilariante de (tentar) remover Donald Trump da presidência, de o
impedir de concorrer e de procurar a sua reeleição em 2020, porque vários
democratas – entre os quais, de forma mais (ridiculamente) eloquente, Al Green
e Alexandria Ocasio-Cortez – acreditam que o Nº 45 será praticamente impossível
de ser derrotado em circunstâncias normais. Eles acusam DJT de ser um ditador que quer dar - ou prolongar - um golpe de Estado, mas são os seus opositores que mais demonstram ter essa disposição.
Sem comentários:
Enviar um comentário