Se
algo caracterizou politicamente o ano de 2018 nos Estados Unidos da América foi
a crescente violência de democratas, de esquerdistas, contra republicanos,
direitistas, volência principalmente verbal mas também, por vezes, física: a
lista que John Nolte começou a elaborar em 2015 regista, na última contagem, quase 650 incidentes de vários tipos, que afectaram não apenas cidadãos comuns
mas também figuras públicas – os últimos doze meses ficaram igualmente
assinalados pelo acentuar da inquietante tendência de políticos do GOP, na
administração ou no Congresso, serem incomodados, quiçá ameaçados, no próprio
Capitólio (!), nas ruas, em restaurantes, em cinemas, até nas suas casas. Kirstjen
Nielsen, Lindsey Graham, Mitch McConnell, Ted Cruz, Sarah Sanders, entre
outros, foram alvos de uma táctica de bullying que Maxine Waters, máximo
exemplo excrementício da escumalha «progressista», sonora e articuladamente
anunciou e incentivou.
Neste
aspecto 2018 foi pior do que 2016 e 2017, mas, infelizmente, deverá ser
superado por 2019 e 2020, à medida, compreensivelmente, que ficar menos
distante no tempo a próxima eleição presidencial. Donald Trump continua(rá) a ser, obviamente, o alvo principal da mais intensa, insana, campanha de ódio –
expressa tanto em, sim, fake news, notícias falsas como em «análises», «comentários» insultuosos – alguma vez vista nos EUA contra um presidente, mas
tal não o afecta muito, quanto mais não seja porque, de certo modo, ele «se põe
a jeito» para isso pelo seu estilo. O «caos» que ele supostamente estará a
inflingir ao país, de que os seus opositores o acusam, mais não é do que a
projecção que aqueles fazem do seu estado de espírito… e do estado da sua
ideologia, cada vez mais em perigo devido à acção implacável da actual
administração. Pelo que o consequente e crescente desespero traduz-se nas mais
inacreditáveis – e quantas vezes hilariantes – mentiras, insinuações, distorções. Variações, enfim, de dois risíveis «motes» centrais: o Nº 45 é um
ditador em potência que quer impôr ao país uma ditadura efectiva; e é um
agente, «fantoche», lacaio, de potências estrangeiras – a Rússia, a Arábia
Saudita, ambas, ou outras. Evidentemente, e ao contrário do que os delírios
histéricos de pessoas com inegáveis problemas mentais como Malcolm Nance podem
dar a entender, nenhuma daquelas acusações até hoje foi provada.
Eis
o cerne da questão: DJT cometeu o (duplo) «pecado» imperdoável de ter derrotado
a «escolhida», a «predestinada» (ou nem tanto como isso…) Hillary Clinton na
corrida para a Casa Branca, e, ao mesmo tempo, cobrir de ridículo todos aqueles
(e foram muitos), na política, no «jornalismo» e no «entretenimento», que
garantiam, rindo, que ele nunca ganharia. Se não conseguiram impedir que ele
vencesse e que tomasse posse… então passaram a tentar derrubá-lo. E todos os
motivos, todos os pretextos, não importa quão anedóticos, servem: agora, depois
da (fictícia) «ajuda do Kremlin» e do (irrelevante) pagamento a duas ex-amantes
(que, note-se, cometeram chantagem e extorsão), é a demissão de James Mattis de
Secretário da Defesa por discordar da decisão – que constitui mais uma promessa
de campanha cumprida – de Trump de retirar tropas da Síria que é apresentada
como argumento para impugnação! Por esta «lógica», Barack Obama deveria ter
sido objecto de impeachment três vezes, já que nos seus oito anos enquanto presidente
teve quatro SdD, tendo cada um permanecido no cargo cerca de dois anos…
precisamente o mesmo que Mattis!
Para
a esquerda sobre-excitada, histérica, tudo ou quase pode ser mais um sinal do
apocalipse, uma catástrofe, uma tragédia. Como por exemplo o mais recente
shutdown do governo federal, que na verdade não é um
encerramento total e até parcial da burocracia mas sim apenas um conjunto de
perturbações, mais ou menos abrangentes consoante os casos, de alguns serviços,
em que ninguém deverá perder o emprego e, no «cenário» mais «grave», há quem
seja remunerado mais tarde e tenha «direito» a alguns dias extra de férias. Para
os democratas, autoritários e mesmo totalitaristas por vocação, a ideia de
qualquer parte, parcela do Estado, por mais pequena, não mais do que uma
repartição, estar fechada e não funcionar, é um pesadelo; pelo contrário, para
os republicanos, desconfiados por natureza de qualquer poder público, esta
situação só tem atractivos e vantagens, pelo que quanto mais tempo ela durar melhor será, porque isso significa
menos oportunidades para que funcionários não propriamente isentos cometam
abusos. Outro exemplo da frenética hipocrisia do PD é dado pelas reacções às
recentes mortes de duas crianças que integra(va)m o constante contingente de
imigrantes ilegais, ocorridas já em solo americano; a responsabilidade, obviamente,
é dos pais, que arrasta(ra)m os filhos numa viagem cheia de perigos e por isso
coloca(ra)m as suas vidas em risco, pela fome, pela sede, cansaço, doença;
melhores ficam eles agora quando são separados dos alegados pais (que nem
sempre o são); e os que actualmente gritam contra Donald Trump onde estavam durante
a presidência de Barack Obama, quando vários «não documentados» morreram sob
custódia das autoridades e outros, jovens, foram entregues a traficantes
humanos?
A
verdade dos factos não interessa aos democratas, para os quais mentir é tão
natural como respirar. Aliás, para eles muitas, tantas, vezes o que hoje é
verdade amanhã é mentira. Para o comprovar mais uma vez veja-se – e escute-se –
Chuck Schumer, que agora garante que Donald Trump não terá a sua muralha mas
que há poucos anos alertava para os perigos da imigração ilegal e de como eram necessárias
mais maneiras de fortalecer a fronteira. Note-se que num passado muito recente esta
era igualmente a posição tida por outros «azuis» de topo como Harry Reid,
Hillary Clinton e até Barack Obama. Presentemente, a tolerância e inclusive o
incentivo ao crime por parte dos «D’s» é tal que a criação e a manutenção de
cidades e estados «santuários» para protecção – isto é, impedimento da captura
e da extradição – de criminosos estrangeiros se tornou elemento fulcral do
programa ideológico do PD. Resultado? Cada vez mais cidadãos norte-americanos
são vítimas de ilegais, sendo o mais recente um polícia na Califórnia.
Por
tudo isto, e considerando também que a malevolência dos «burros» é um fenómeno
antigo, só por ingenuidade ou mesmo estupidez é que os «elefantes» podem pensar
que os seus opositores político-ideológicos são «normais» e que merecem respeito,
que com eles é possível manter um diálogo honesto e construtivo. Os que militam
e apoiam (n)o partido de Eugene «Bull» Connor, Robert Byrd e George Wallace são
inimigos e como tal devem ser tratados.
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