segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Ano Doze!

Hoje o Obamatório completa 11 anos de existência e entra pois no seu décimo segundo… que será o último. Hoje inicia-se igualmente o quarto e último ano do primeiro mandato de Donald Trump, e, de hoje a um ano, exactamente no dia em que este blog deverá «encerrar as portas», o actual (e 45º) presidente dos Estados Unidos da América deverá também, espero, estar a tomar posse para o seu segundo mandato.
O término deste projecto, o maior – em duração, em quantidade e talvez ainda em qualidade – a que alguma vez me dediquei já vinha sendo preparado e até previsto há pelo menos dois anos. E só haveria motivo para continuar além de 20 de Janeiro de 2021 se entretanto o (primeiro) livro que dele resultou, feito a partir de vários textos (devidamente adaptados, actualizados e corrigidos) que publiquei aqui, e concluído em 2017, já tivesse sido publicado. Porém, tal não aconteceu apesar dos meus múltiplos esforços nesse sentido e também muito provavelmente nunca acontecerá. Não consegui igualmente ter uma presença mais ou menos regular na comunicação social portuguesa enquanto analista, comentador, especialista de política nos EUA, o que indubitavelmente sou, e que justificaria a continuação do Obamatório por, quiçá, mais algum tempo – aliás, só neste mês, dois jornalistas que costumam lidar com temas internacionais, um de um importante jornal diário e outro de uma importante estação radiofónica, recusaram entrevistar-me, apesar de há muito me conhecerem e/ou ao meu trabalho.  
Assim, porque as condições, as realizações, as situações propícias à (minha) persistência não se verificaram, é, será, tempo de parar. Este «terreno», pelo menos no que ao nível nacional se refere, pode ficar totalmente desimpedido, livre, para a (continuação da) proliferação de vários arrivistas, ignorantes e vigaristas… a não ser que vozes alternativas, jovens, como Ricardo Campelo de Magalhães e Tiago Caridade, se façam ouvir, que alcancem, quem sabe, o que eu não alcancei.