Há motivos para pensar – mesmo que com um sorriso e um piscar de olhos – que o «MS» de «MSNBC» significa verdadeiramente, não «MicroSoft» (empresa co-fundadora daquela estação) mas sim «Misóginos de Serviço». É que muitos dos homens que apresentam programas no canal de televisão mais à esquerda dos EUA não mostram frequentemente ter respeito por mulheres... e em especial as que estão mais à direita no espectro político.
Veja-se Lawrence O’Donnell, que como que «assaltou» Orly Taitz, notória «birther», que até depois de Barack Obama ter apresentado a «forma longa» da certidão de nascimento continuou a duvidar da legitimidade do actual presidente... Poucas dúvidas restaram, ao ver aquilo, de que O’Donnell seria capaz de agredir a sua entrevistada se estivesse perto dela – mas não estava, pelo que se limitou a «expulsá-la», tirando-a do ar. Porém, Lawrence já não teve tanta «sorte» com Condoleezza Rice sobre a guerra no Iraque. Ainda tentou «armar-se ao pingarelho» com a anterior secretária de Estado mas rapidamente foi posto no seu lugar, «baixando as orelhas» e «metendo a cauda entre as pernas». Foi muito bem feito, mas talvez não tenha sido suficiente para ele começar a respeitar quem lhe é infinitamente superior.
Outro dos «msnbcistas» que deveria ter mais cuidado com a língua é Ed Schultz. Chamou «slut» («galdéria») a Laura Ingraham e, como castigo, foi suspenso, impedido de apresentar o seu programa durante vários dias, sem ser pago, e tudo isto depois de ter pedido desculpa em directo. O «castigo» parece ter-lhe sido benéfico – por enquanto... – porque exigiu, e mais do que uma vez, a demissão de Anthony Weiner (por este ter andado a mostrar a sua «salsicha» a outras mulheres que não a esposa)... e até discutiu com alguns «camaradas» por causa da sua posição! Pelo que agora parece pouco provável que seja constituída a «Schultz & Schultz», uma «sociedade para o disparate» que Ed poderia constituir com Debbie Wasserman Schultz, actual líder do DNC (Comité Nacional Democrata), que ultimamente se tem «distinguido» pela quantidade de idiotices que profere contra os republicanos: estes são «anti-mulheres», acreditam que a imigração ilegal «devia ser um crime» (bem, é o que «ilegal» costuma significar...) e querem «arrastar-nos todos para os tempos das leis de Jim Crow» - isto é, para o racismo e segregacionismo promovidos pelos democratas! Prontamente parodiada como «Debby Downer», Wasserman Schultz é a demonstração de que há mulheres que são, de facto, autênticas... «zeros à esquerda».
De volta à MSNBC encontramos Cenk Uygur, que «desculpou» Anthony Weiner confessando que ele próprio já mentira muitas vezes às suas namoradas. E, por fim, inevitavelmente, last but not the least, Chris Matthews. Já com um «cadastro» algo considerável onde se destacam atoardas contra Michele Bachman e Sarah Palin, o Sr. «Arrepio na Perna» chegou ao ponto de afirmar que a esposa de Weiner, Huma Abedin, é «talvez parcialmente responsável pelo que aconteceu»! No entanto, se seguirmos essa «lógica» até às últimas consequências pode-se afirmar que a «culpa» é do casal Clinton, que os apresentou; Huma é assessora de Hillary e Bill casou-os!
Kirsten Powers, que namorou com Anthony Weiner, não hesita em revelar que ele lhe mentiu e em utilizar, precisamente, a palavra «misoginia» para caracterizar este caso. Outra pessoa muito próxima do representante de Nova Iorque, o seu amigo Jon Stewart, viu-se obrigado, contra a sua vontade, a satirizar a situação... e a avisar que, se ele fosse culpado, «teria de ir» (embora do Congresso). Mas para onde? É óbvio! Se a CNN deu um programa a Eliot Spitzer, o ex-governador (democrata) de Nova Iorque, casado, que recorria a prostitutas... muito mais provável será a MSNBC dar um a Weiner.
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