Deve ter sido, para utilizar as palavras de um outro blogger português que escreve sobre os Estados Unidos da América, mais um «daqueles passes de mágica em que Obama é mestre». Qual Harry Potter (afinal, estava em Londres!), o presidente norte-americano «recuou no tempo» ao visitar a Abadia de Westminster e ao deixar uma mensagem no livro de visitas daquela. Depois das assinaturas, sua e da esposa, escreveu «24 de Maio de 2008». Houve quem chamasse igualmente a atenção para o facto de ele não ter colocado a data do modo como normalmente se faz nos EUA e no Reino Unido, isto é, mês-dia-ano, mas o que realmente importa destacar é o seu engano (?) quanto ao... ano. É perfeitamente compreensível que 2008 tenha sido memorável, talvez o ano mais feliz da vida do Sr. Hussein, e que ele o recorde constantemente, mas seria conveniente que ele finalmente começasse a pensar e a agir mais de acordo com a actualidade...
Deixando agora de lado a ironia e o sarcasmo, é óbvio que este erro não tem qualquer gravidade ou significado especiais. Mas deve ser apontado para se realçar como as reacções seriam certamente outras caso tivesse sido George W. Bush a cometê-lo. Todos nos lembramos da maneira como a «isenta» imprensa tratava habitualmente as gaffes do anterior presidente, mesmo aquelas que eram falsas... A verdade, como aqui no Obamatório temos demonstrado, é que o Nº 44 já meteu mais vezes o «pé na poça» em pouco mais de três anos do que o Nº 43 em oito. E, durante esta última «digressão» pela Europa, houve mais umas quantas «fotografias» - onde ele e/ou os seus colaboradores ficaram mal - para juntar ao «álbum da presidência»: beber vinho de uma garrafa que pode custar quase dois mil dólares (tal como um dos vestidos que Michelle usou) mas atrapalhar-se na altura de fazer um brinde à Rainha; ficar com a limusine emperrada, receber multas por causa dela, e reabastecê-la... num posto da BP! (sim, exactamente, a companhia petrolífera culpada daquele «pequeno» desastre ecológico no Golfo do México no ano passado...)
Entretanto, em Washington, e demonstrando que até para os democratas há limites no que se refere a dizer «ámen» às vontades do «Messias», o Senado rejeitou por unanimidade - 97 votos contra e nenhum a favor (onde estariam os restantes três?) - a proposta de orçamento apresentada pela Administração em... Fevereiro. No que representou sem dúvida uma forma de o Capitólio dizer à Casa Branca para... não perder mais tempo.
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