terça-feira, 3 de maio de 2011

Obama «matou» Osama

Barack Obama fez o anúncio na noite de 1 de Maio: Osama Bin Laden foi localizado e abatido, por uma equipa de elite das forças armadas dos EUA (os Navy SEAL's), numa casa em Abbottabad, no Paquistão. Quase dez anos depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro, o líder da Al-Qaeda, inimigo público Nº 1 dos Estados Unidos da América, o mais procurado e perseguido, está finalmente, e felizmente, morto! E, compreensivelmente, celebrações populares ocuparam as ruas de de Nova Iorque e de Washington, os cenários dos piores ataques de há uma década.
Teria sido preferível capturar Bin Laden vivo e transportá-lo para o outro lado do Atlântico, para ser devidamente julgado, condenado e, previsivelmente, executado. Porém, talvez tenha sido melhor assim, porque, quem sabe, Eric Holder poderia sofrer uma «recaída» e tentar que o processo decorresse na «Grande Maçã»...  No entanto, era escusado o «funeral em alto mar», com «todos os ritos» (cânticos islâmicos para um assassino de massas num porta-aviões norte-americano?!), que aquele recebeu, uma «honra» que só se entende, mais uma vez, como uma deferência de Obama para com os muçulmanos. Mais adequado seria ter o cadáver de Bin Laden pendurado sobre o Ground Zero por tempo indeterminado. E, já agora, para quando a divulgação das fotografias (verdadeiras) e dos testes de ADN? Ou vamos ter de esperar outros três anos, à semelhança do que aconteceu com a certidão de nascimento? Lembre-se e compare-se: quando Saddam Hussein foi capturado e enforcado não se fizeram tantas «cerimónias».
Convém igualmente enunciar o que se arrisca a ficar perdido entre a deturpação e a propaganda: a actual administração norte-americana tem menos mérito pelo sucesso desta operação do que a anterior presidida por George W. Bush, que delineou e concretizou uma estratégia e toda uma série de princípios, medidas, metodologias, procedimentos e até organizações, resultantes daquela, que possibilitaram desde 2001 vários êxitos e, agora, o maior de todos. Que confirma, igualmente, a importância de Guantanamo… onde, tudo o indica, terão sido recolhidas, junto de alguns dos prisioneiros, as informações iniciais que acabariam por causar a morte de Osama. Aprecie-se a ironia - e a hipocrisia - da situação: muitos dos que, antes, acusaram George W. Bush de «tortura» e de «homicídio», agora celebram Barack Obama por ter recorrido, basicamente, aos mesmos actos!
É precisamente por isso, por ter de se distribuir o «crédito» por todos os que o merecem consoante os seus contributos, que seria mais prudente por parte de alguns – entre os quais, em Portugal, o inevitável Victor Gonçalves, da RTP – acalmarem a excitação e não molharem mais as cuecas (com um fluido ou com outro): ao contrário do que desejam e dizem, Barack Obama não garantiu já a sua reeleição. Esta não é um dado adquirido porque muitos sabem e compreendem que ele se limitou a colher os «frutos» de «árvores» que outros plantaram antes dele. Faltam ainda 18 meses para o voto e muitos outros factos – positivos e negativos – podem acontecer, e vão acontecer, até lá. Recorde-se, por exemplo, o que aconteceu com James Carter, que conduziu o histórico acordo de paz entre o Egipto e Israel, e com George H. Bush (o pai), que venceu a (primeira) Guerra do Golfo: ambos foram apontados como vencedores antecipados e acabaram por ser «presidentes de um termo». O que «tramou» os dois, não só mas principalmente, foi a «economia, estúpido». Uma área, aliás, em que o Nº 44 e o seu gabinete não têm mostrado muita inteligência.
Mais análises, comentários e opiniões sobre a morte de Osama Bin Laden, o seu significado e as suas consequências, por Ann CoulterAWR Hawkins, Dana LoeschGeorge E. Condon Jr., Greg Gutfeld, Karl Rove, K. T. McFarland, Michael Goodwin, Pamela GellerRush Limbaugh e Bill O'Reilly.

2 comentários:

QT disse...

"Quase dez anos depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro, o líder da Al-Qaeda, inimigo público Nº 1 dos Estados Unidos da América, o mais procurado e perseguido, está finalmente, e felizmente, morto! E, compreensivelmente, celebrações populares ocuparam as ruas de Nova Iorque e de Washington, os cenários dos piores ataques de há uma década."

A alegria que assola grande parte do planeta com a morte do "Grande Demónio" faz-me rir, ou na pior das hipóteses deixa-me indiferente. Não que ache que a morte do "Uncle Bin" trará à humanidade uma grande perda, porém trata-se apenas da morte do bode expiatório dessa grande farsa que é o 11 de Setembro.
Perdão, farsa não será a melhor palavra uma vez que morreram muitos seres humanos, a maioria dos quais cidadãos americanos e que merecem o devido respeito!
Contudo entre acreditar que um velhinho das Arábias colocou a super-potência por excelência de joelhos, ou alternativamente que o 11 de Setembro não passou de um grandioso e maquiavélico plano para enriquecimento de pessoas muitíssimo influentes ao mesmo tempo que criavam um mecanismo de controlo muito poderoso (MEDO), opto pela 2ª opção.

De qualquer modo Octávio, dou-lhe os mais sinceros Parabéns porque defende as suas ideias e ideais com perseverança! (nos dias que correm meu caro, tal não tem preço).

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Meu caro QT, a defesa das ideias e dos ideais não se faz, não se deve fazer, só de perseverança: também se deve fazer, principalmente, de factos. Essa é a minha práctica aqui.

Sobre o 11 de Setembro nem sequer admito quaisquer dúvidas: foi obra de fanáticos que odeiam a nossa civilização, e para os quais não deve haver compreensão nem tolerância.