É verdade que não é tão grave, e tão ridículo, como dizer que os EUA têm (pelo menos…) 57 Estados ou dar a entender que o «austríaco» é uma língua… Porém, é (mais) um dislate considerável de Barack Obama, além de (mais) uma afronta a Israel: as «fronteiras anteriores a 1967» é algo que nunca existiu. O que havia era uma linha militar delineada em 1949, logo com um carácter provisório, e não uma linha fronteiriça.
Há lapsos que já não podem ser atribuídos a assessores incompetentes e/ou a telepontos avariados. Apesar de toda a suposta formação universitária de excelência que recebeu, Barack Obama poderia ser, por causa das suas constantes gaffes, um candidato óbvio a uma acção de «Novas Oportunidades» à portuguesa. Aliás, a reacção à polémica que inevitavelmente se desencadeou após a sua declaração é tipicamente «socretina»: negar – neste caso, através do seu porta-voz – ter dito… o que toda a gente sabe, e ouviu, que disse. Mas como isso era, mesmo para os padrões democratas, demasiado escabroso, seguiu-se uma «clarificação»… De facto, faz lembrar um político do outro lado do Atlântico que havia jurado não pedir ajuda externa nem governar com o FMI… No entanto, outros exemplos há de que o Sr. Hussein, tal como o «animal feroz» tuga, tem uma tendência quase natural para as trapalhadas contraditórias e para as consequentes desculpas esfarrapadas… ou «falhas» de memória.
Àqueles que continuam a criticá-lo – como Brad Sherman, representante democrata! – por ter autorizado uma intervenção militar num país estrangeiro (isto é, na Líbia) sem cumprir os respectivos requisitos constitucionais, responde que o papel dos EUA no ataque ao regime de Tripoli é «limitado» - ou seja, para quê pedir permissão? Recorde-se, e compare-se, que George W. Bush, aquando das invasões do Afeganistão e do Iraque, pediu (e obteve) a concordância da ONU e do Congresso norte-americano… e mesmo assim foi chamado de «criminoso de guerra» por pacifistas histéricos, que agora - «surpresa»! - estão quase todos calados.
Apesar de ter quase toda a comunicação social (ainda) do seu lado, a actual administração não hesita em (tentar) «castigar» algum órgão que se atreva a «sair do rebanho» – como o Boston Herald, impedido de aceder a uma acção de campanha do Nº 44 por ter publicado e dado destaque de primeira página a um artigo de opinião de Mitt Romney (cá são as «punições» na Lusa, ao Público, ao Sol, à TVI, à Visão…) E, claro, há a obsessão tão «socretina» com a preponderância do Estado: para Barack Obama nada há tão importante como um emprego governamental.
É de perguntar, perante tantos paralelismos ao estilo «Cool, dude!», se terá sido iniciado um intercâmbio permanente entre os representantes das «esquerdas modernas» europeia e americana após uma certa conferência em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, em 2009...
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