(Uma adenda no final deste texto.)
No passado dia 14 de Fevereiro os Estados Unidos da América, mais concretamente, o Estado da Flórida, mais concretamente, a localidade de Parkland, assistiram a mais um tiroteio – ou, mais correctamente, a mais um morticínio – numa escola, desta vez o liceu Stoneman Douglas: 17 mortos e 14 feridos, atingidos por Nikolas Cruz, um ex-aluno daquele estabelecimento de ensino.
No passado dia 14 de Fevereiro os Estados Unidos da América, mais concretamente, o Estado da Flórida, mais concretamente, a localidade de Parkland, assistiram a mais um tiroteio – ou, mais correctamente, a mais um morticínio – numa escola, desta vez o liceu Stoneman Douglas: 17 mortos e 14 feridos, atingidos por Nikolas Cruz, um ex-aluno daquele estabelecimento de ensino.
Previsivelmente,
e de um modo geral, a esquerda, os «progressistas», o Partido Democrata e os
seus membros e apoiantes não perderam tempo a acusar os que são para eles, mais
do que o verdadeiro assassino, o que premiu o gatilho dezenas de vezes, os «autênticos»
culpados: a direita, conservadores, o Partido Republicano, e, em especial, a
National Rifle Association; esta foi novamente acusada de «matar crianças» e de
«ter sangue nas mãos»! Incrivelmente, estas estúpidas, ridículas, ofensivas
acusações – na verdade, calúnias – foram repetidas por alguns jovens sobreviventes do massacre, manipulados e utilizados como «escudos humanos» por adultos desavergonhados, ao serviço daquela que é a sua causa permanente, o seu
objectivo principal: enfraquecer, e até mesmo abolir, a Segunda Emenda da
Constituição dos EUA, retirando aos cidadãos o direito de comprarem e de usarem armas para a defesa
deles próprios e das suas famílias.
O
facto é que Nikolas Cruz não é membro da NRA, tal como todos os outros
atiradores e assassinos (mais ou menos) de «massas» que nos últimos anos escreveram
atrozes «capítulos» da história da violência nos EUA – violência essa, volto a
recordar e a salientar, que apesar de tudo tem diminuído nas últimas décadas e
que é bem inferior à que acontece em outros países (com menos habitantes), como,
por exemplo, o México e o Brasil. Porém, e a seguir, obviamente, a quem
disparou, a quem quis matar, a responsabilidade pelo que aconteceu cabe a quem
tinha, tem, a obrigação de estar atento e de prever, e evitar, crimes como
este: tanto o FBI como o departamento de polícia do condado de Broward, em que
Parkland se insere, já haviam recebido várias, dezenas de avisos, de indícios, de «sinais», de que aquele jovem era potencialmente perigoso – dados não só por
aqueles que o conheciam mas até por ele próprio, em comentários deixados em
redes sociais! No entanto, se o «antes» por parte das forças da autoridade foi
mau, o «durante» e o «depois» foram piores: aquando do ataque, um, e depois
três agentes do DP do BC, que entretanto haviam chegado à escola, não
confrontaram o agressor (foram polícias de outra área, vindos a seguir, que
finalmente o capturaram); após o ataque, o xerife Scott Israel, procurando
desviar as atenções da opinião pública da sua incompetência e da dos seus homens, não hesitou em criticar a NRA durante um programa especial («town
hall») sobre o sucedido emitido pela CNN, e que, como era logicamente de
esperar, não proporcionou um debate civilizado e equilibrado mas sim uma barragem de insultos aos que defendem o direito a ter e a usar armas. Não levou muito
tempo a perceber porque motivo o xerife se comportou daquela maneira indigna:
ele é democrata e apoiou publicamente Hillary Clinton na eleição presidencial de 2016.
Existem,
todavia, duas outras pessoas a quem, em última análise, se pode e deve apontar o dedo
pelo que aconteceu no liceu Stoneman Douglas, e em outras escolas antes: nem
mais nem menos do que os anteriores vice-presidente e presidente dos EUA! Aquela
espaço de aprendizagem na Flórida era, é, claro, uma «gun-free zone», uma característica
comum a muitos locais semelhantes no país. E quem foi o principal proponente de
uma lei, aprovada no Congresso em 1990, que tornou as escolas «zonas livres de
armas» (as dos cidadãos sem cadastro, não as dos criminosos)? O então senador Joe Biden! Cerca de 20 anos depois, ele é o número dois de uma administração que
implementou um programa com o objectivo de dar uma «segunda (ou terceira, ou quarta…) oportunidade a «estudantes problemáticos» em vez de os denunciar às
autoridades policiais; 50 zonas escolares adoptaram esse programa… uma das
quais a de Parkland; um dos alunos que beneficiou desse laxismo… foi Nikolas
Cruz. Seria difícil a situação revelar-se mais grave? Sim, mas não impossível:
esta semana soube-se que o Departamento de Justiça de Barack Obama ordenou a remoção dos nomes de 500 mil (!) fugitivos à justiça de uma base de dados federal que é
utilizada para averiguar os antecedentes de compradores de armas.
Há mais de um ano que
ele saiu da Casa Branca, mas continuamos a ter conhecimento, com uma
regularidade inquietante, das ajudas, directas ou indirectas, que o Sr. Hussein
deu a criminosos, nacionais e estrangeiros. Actualmente mais (pre)ocupado em
construir a sua biblioteca em Chicago e em produzir a sua série de televisão para a Netflix, o Nº 44 pode lavar daí as suas mãos.
(Adenda - Tanta gente, tantos jovens, a marcharem por, na prática, mais insegurança, mais crimes, mais mortos... quanta ignorância, quanta estupidez, manipulação, hipocrisia.)
(Adenda - Tanta gente, tantos jovens, a marcharem por, na prática, mais insegurança, mais crimes, mais mortos... quanta ignorância, quanta estupidez, manipulação, hipocrisia.)
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