Não é novidade e já o referi várias vezes: porque na comunicação social portuguesa (e não só) não existe como que um «contraditório» constante e consistente à «narrativa» predominante, relativa à política nos EUA, de que os democratas são «bons» e os republicanos são «maus» (e, com Donald Trump, tornaram-se «piores»), é na blogosfera que é mais intenso o combate contra a desinformação, a propaganda, e a pura e simples parvoíce neste âmbito. Tendo eu sofrido a censura no Público por alegar – e provar – não só que o actual Presidente dos EUA não é o candidato a ditador tantas vezes caricaturado mas também que é entre os opositores que se encontram os autênticos (e novos) fascistas, e não tendo até hoje conseguido – apesar de várias tentativas nesse sentido – fazer ouvir a minha voz, falada e/ou escrita, sobre o que acontece no outro lado do Atlântico em outros media «tradicionais», é na Internet, pois, que procedo a uma persistente «pedagogia» que visa separar a verdade da mentira, por comentários em que o meu comando, o meu conhecimento do estado da nação norte-americana, se afirma e se evidencia, ou pelo menos assim o espero…
… E neste (quase) um ano que passou desde a última retrospectiva feita, tal concretizou-se em: Delito de Opinião (um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze, catorze, quinze); 31 da Armada (um, dois, três, quatro); Jornal Económico; Intergalactic Robot; Horas Extraordinárias. Os temas incluiram: (o primeiro ano d)a presidência de Donald Trump nos seus diversos aspectos e políticas, com destaque para o denominado «travel ban», a saída do «acordo do clima» de Paris e as prioridades no comércio com países estrangeiros; a verdade sobre quem é, quem foi e o que faz George Soros contra a democracia nos EUA (e não só); a autêntica – e perversa – natureza do Partido Democrata, tanto ontem como hoje; dúvidas (ainda) sobre o «ObamaCare»; a proibição dos «Duques de Hazzard» (e de tudo o que tenha a bandeira confederada), e, de um modo geral, a censura à cultura não «politicamente correcta»; ignorância e equívocos relativamente à Segunda Emenda da Constituição norte-americana; diferenças nos tratamento «jornalístico» dado a Donald Trump e a Barack Obama, cujos crimes e escândalos da sua presidência ainda estão por divulgar e denunciar cabalmente.
De todos estes comentários há um que pode ser seleccionado e destacado como representativo, simbólico, do que tem sido a discussão neste ano que entretanto passou, correspondente ao primeiro do primeiro ;-) mandato de Donald Trump. Fi-lo no Delito de Opinião, a 23 de Julho: «... E eis mais um exemplo, uma demonstração, uma “personificação” (desta vez pelo João Campos), dos danos que muitos anos de desinformação, de propaganda, até de adulteração da História, perpetradas pela escola e pela comunicação social e recebidas sem reserva, podem causar. Não está em causa - eu não nego, certamente - que o actual presidente dos EUA e a sua administração tenham cometido erros. Porém, do outro lado, sim, está gente bem pior: é entre os democratas que se encontram mais indivíduos (como que) sem espinha dorsal, que proferem os verdadeiros disparates mais inusitados, as palavras e as acções mais absurdas (saberá o João, e os outros colaboradores e leitores do DdO o que se passa actualmente lá em termos de mania de “direitos transgéneros”?), onde abundam autênticos “fanáticos gelados”, alucinados e imbecis, que não só incitam à violência como a cometem. Quem é que pensam que tem andado a lançar as maiores calúnias (como a de que a nova reforma do sistema de saúde causará a morte de milhões de pessoas), a sabotar a intervenção de oradores conservadores nas universidades, a fazer motins com destruição de propriedade pública e privada, a agredir opositores e inclusive a disparar sobre congressistas (saberá o João quem é Steve Scalise, e o que lhe aconteceu)? Uma pista: não são apoiantes de Donald Trump, não são membros do Partido Republicano... Partido que, actualmente, ocupa maioritariamente, e de uma forma quase esmagadora, todos os níveis de poder dos EUA. Porque acham que isso acontece? Porque os cidadãos, os eleitores, enlouqueceram? Ou porque sabem que os democratas são, essencialmente, incompetentes, mentirosos, corruptos, criminosos, mesmo traidores (foi Barack Obama, e não o seu sucessor, quem prometeu a Vladimir Putin “mais flexibilidade”)? Que nunca deixarão de ser os perversos racistas que praticaram a escravatura e a segregação, e que agora promovem o aborto em larga escala, se possível até aos nove meses de gestação? Aqueles (e não só jovens ignorantes e inexperientes) que pensam que fazem uma grande figura a debitar os clichés do costume sobre a grande nação de outro lado do Atlântico fariam melhor em alargar e em diversificar as suas fontes de informação. Enquanto não o fazem arriscam-se a serem, eles sim, motivo de gargalhadas.»
1 comentário:
A Sábado afixou um cartaz absolutamente nojento e doentio: uma foto de um muro de um campo de concentração, legenda "Século XX" e a fotografia de Trump, legenda "Sec XXI". Em cima de ambas a frase "O passado nunca esteve tão presente"
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