sexta-feira, 28 de setembro de 2012

«Vão se f*d*r!» ;-)

Na língua inglesa existem poucas palavras mais… evocativas do que «fuck». Esta, e todas as expressões que dela derivam, como «fuck off», «fuck yourself» e «motherfucker», entre outras, são uma garantia de polémica se forem utilizadas. Nos EUA são frequentemente ouvidas, e lidas, nas artes e no entretenimento, mesmo que tal implique críticas e penalizações – mas, enfim, para alguém que queira ser «edgy», ousado, «prafrentex», é «de rigor» proferi-las.
Por exemplo, Bill Maher e Jon Stewart, assumidos e conhecidos apoiantes dos democratas e de Barack Obama, (ab)usam muito – talvez até demais… – (d)a palavra «fuck» (e d)e todas as suas variantes, em especial contra adversários ideológicos. E Madonna, outra apoiante do Sr. Hussein, que, num recente concerto em Washington, apelou aos espectadores e admiradores para votarem no «fucking Obama», o «muçulmano negro na Casa Branca» que «está a lutar pelos direitos dos gays» (?!). Será que uma senilidade precoce está a afectar a «material girl»?
Porém, o caso muda de figura quando são os próprios políticos a utilizar, directa e/ou indirectamente (eles próprios e/ou os seus apoiantes e ajudantes), mas sempre deliberadamente, a palavra «f*d*r». Na campanha eleitoral para a reeleição do actual presidente, e na actividade da actual administração, tal tem acontecido com alguma frequência.
Para começar, recorde-se a expressão dita por Joe Biden a Barack Obama quando o Affordable Care Act, ou «ObamaCare», foi aprovado: «this is a big fucking deal»; pois bem, este ano uma camisa com as palavras «Health reform is still a BFD» foi posta à venda pela organização de candidatura do presidente e re-candidato… «Excelente» propaganda, sem dúvida! E pode-se continuar com um espectáculo de angariação de fundos para Obama, em que este esteve presente, e em que Cee Lo Green cantou a sua canção «Fuck You» - aproveitando também para fazer o «tal sinal» com o dedo do meio. E há o anúncio televisivo protagonizado por Samuel L. Jackson em que este declara «wake the fuck up, vote for Obama» - convém recordar que aquele actor afirmou que votou em BHO porque ele (também) é negro… E para terminar (por agora), nada melhor do que revelar o que escreveu Philippe Reines, porta-voz de Hillary Clinton, ao jornalista Michael Hastings, após este ter questionado repetidamente o Departamento de Estado sobre o ataque terrorista na Líbia, que vitimou o embaixador dos EUA e outros três norte-americanos: «Fuck off».
Depois disto tudo, parece-nos que o melhor que os democratas têm a fazer é meterem-se em aviões (ou em navios), atravessarem o Atlântico em direcção à Europa, aterrarem em Viena e dirigirem-se a uma pequena cidade chamada Fucking, onde sem dúvida se sentirão completamente à vontade. E Barack Obama poderá então aproveitar a oportunidade para aperfeiçoar o seu domínio da «língua austríaca».
(Adenda - Como referi, Bill Maher e Jon Stewart nunca «desiludem»...)

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