(Duas adendas no final deste texto.)
Em resumo, é assim: Barack Obama, e todos os que o acompanham na sua administração (e no Congresso e no Partido Democrata), já admitiram que estão receptivos para falar, para negociar sobre armamentos (nucleares, químicos, e outros) – aliás, já o fizeram – com Vladimir Putin e a Rússia, e, indirectamente, com Bashar al-Assad e a Síria… e também, eventualmente, com Hassan Rouhani e o Irão! Entretanto, recusam-se a falar e a negociar com o Partido Republicano sobre assuntos de política doméstica, em que se destacam o funcionamento do governo federal e o financiamento do «ObamaCare». Aliás, o Sr. Hussein já deixou bem claro que «tal não vai acontecer». O que dizer, pois, de um presidente disposto a fazer cedências a inimigos estrangeiros mas não a adversários seus compatriotas?
Em resumo, é assim: Barack Obama, e todos os que o acompanham na sua administração (e no Congresso e no Partido Democrata), já admitiram que estão receptivos para falar, para negociar sobre armamentos (nucleares, químicos, e outros) – aliás, já o fizeram – com Vladimir Putin e a Rússia, e, indirectamente, com Bashar al-Assad e a Síria… e também, eventualmente, com Hassan Rouhani e o Irão! Entretanto, recusam-se a falar e a negociar com o Partido Republicano sobre assuntos de política doméstica, em que se destacam o funcionamento do governo federal e o financiamento do «ObamaCare». Aliás, o Sr. Hussein já deixou bem claro que «tal não vai acontecer». O que dizer, pois, de um presidente disposto a fazer cedências a inimigos estrangeiros mas não a adversários seus compatriotas?
John
Boehner e o seu gabinete rapidamente se aperceberam desta contradição e
produziram e divulgaram um vídeo que a denuncia. Entretanto, e como não podia
deixar de ser, Harry Reid e Nancy Pelosi, duas completas – e concretas –
caricaturas de tudo o que a política nos EUA tem de mais desprezível e risível,
ajudaram à «festa», acusando os membros do GOP – e em especial os mais
inconformados como Ted Cruz – de serem «anarquistas» e «incendiários» - o que
vem na sequência de «elogios» anteriores como «assassinos» e «terroristas». A votação
efectuada a 20 de Setembro, na Casa dos Representantes, de uma resolução que aprova a remuneração dos serviços públicos excepto os que tenham a ver com a
implementação do denominado «Affordable Care Act» mais enfureceu o Nº 44, que,
em novo acesso de narcisismo, se queixou de que os republicanos estavam a
«tentar meter-se com ele»! Então, neste segundo mandato, a «flexibilidade» vai
toda, apenas e exclusivamente, para o estrangeiro? Que «discriminação» tão injusta!
O
facciosismo e o fanatismo para «consumo interno» já estão de tal modo
entranhados entre os «azuis» que nem sequer a ocorrência de atentados e/ou de
tragédias os demove de criticar os opositores. A 16 de Setembro último, e
enquanto Aaron Alexis procedia a um massacre no Navy Yard de Washington, Barack
Obama não sentiu a necessidade de adiar um discurso em que acusava os republicanos de «extremistas» por – alegadamente – estarem dispostos a
«afundar toda a economia» do país unicamente para «marcarem pontos políticos». Este
(mais um) ataque partidário a partir da Casa Branca – algo que, como Brit Hume
salientou, este presidente practica mais do que qualquer um dos seus antecessores
– foi, obviamente, considerado «inteiramente apropriado» (!) por Jay Carney. Digamos
que esta prestação do Sr. Hussein foi tão má, mas mesmo tão má, que até na MSNBC
se imaginou o que aconteceria (não é difícil) se tivesse sido George W. Bush a
portar-se daquela maneira lamentável, e se avisou que, feita a asneira, já era tarde para se voltar atrás e fazer tudo de novo...
«Suave com os russos, duro com os republicanos»: como faz notar Matt K. Lewis, este não
é tanto um «paradoxo (unicamente) de Obama» porque esta tendência já existia
entre os democratas muito antes de o Nº 44 tomar posse. Porém, mais do que um
paradoxo, trata-se de uma filosofia da fraqueza, de uma doutrina da cobardia,
causa – e consequência – de uma «diplomacia macia». E essa insólita
mundividência, essa «extraordinária capacidade» que os democratas em geral – e
este presidente em particular – têm para ignorar a realidade ficou bem nítida a
24 de Setembro último: no discurso que então proferiu perante a assembleia
geral das Nações Unidas, Barack Obama afirmou que «o Mundo é mais estável agora do que era há cinco anos». Não, não é brincadeira, ele disse-o mesmo… poucos
dias depois de terroristas islâmicos terem assassinado no total mais de 200
cristãos em atentados no Quénia (aqui incluindo uma colaboradora, grávida, de Bill Clinton) e no Paquistão, poucas semanas depois de gás Sarin ter sido
utilizado contra civis na Síria, no ano de mais uma revolução – e muitos mortos
– no Egipto, em que o Irão e a Coreia do Norte (aqui apesar dos esforços desse
grande «diplomata» que é Dennis Rodman) ainda constituem ameaças nucleares, em
que as vítimas aumentaram no Iraque e no Afeganistão após o Sr. Hussein ter
anunciado as datas da retirada das tropas norte-americanas naqueles dois países…
…
Sim, tanta «estabilidade»! No entanto, o que seria de esperar por parte de
alguém que não só lê quase exclusivamente o New York Times mas que também
recorre aos colunistas daquele jornal para o aconselharem em matérias de negócios estrangeiros? O mesmo NYT que aceitou publicar um artigo de opinião de Vladimir Putin em que este aproveitou para achincalhar os EUA e o seu actual presidente? Que Garry Kasparov classificou de «patético» por providenciar ao
presidente russo uma «plataforma para propaganda condescendente»? Todavia, e
como bem recordou Sean «Jim Treacher» Medlock, a perspectiva de Putin sobre o «excepcionalismo americano» nem é diferente da de Obama. Como Charles
Krauthammer observou, estes são «os frutos de uma política externa epicamente incompetente». E o novo presidente do Irão, ao recusar um encontro na ONU com o
seu homólogo norte-americano… que este havia solicitado (!), também já sabe que pode provar e saborear esses «frutos». Fica a dúvida: quem será o próximo ditador a dar a «Obambi» uma «bofetada de luva branca» (ou de outra cor)?
(Adenda – Barack Obama não se encontrou pessoalmente em Nova Iorque com Hassan Rouhani porque este não quis… aliás, recusou por cinco vezes o pedido da Casa Branca nesse sentido! Porém, o presidente iraniano, para não dizerem que é de todo impaciente para com insistências «infantis», lá concordou – e já não foi mau! – com uma conversa por telefone. E o Sr. Hussein ficou tão contente por finalmente falar com um ayatollah que até lhe ofereceu depois uma taça de prata, oriunda da antiga Pérsia e com cerca de 2700 anos, no valor de um milhão de dólares! Uma prenda um «pouco» mais cara do que aquelas que ofereceu à Rainha Isabel II e a Gordon Brown – respectivamente, um iPod com os seus discursos e uma caixa com 25 DVD’s.)
(Segunda adenda – Barack Obama e os democratas não negoceiam – ou não querem negociar – com republicanos, que acusam de ser «bombistas suicidas» («pessoas com bombas ligadas ao peito»). Mas negoceiam com iranianos que, de facto, apoia(ra)m «bombistas suicidas». E acusam os republicanos de «fazerem reféns»… mas falam com iranianos que, em 1979, aprisionaram norte-americanos da embaixada dos EUA e que, efectivamente, fizeram deles reféns. Entretanto, descobre-se que o Sr. Hussein «enfiou um barrete».. persa, o que não espanta, e explica muita coisa.)
(Adenda – Barack Obama não se encontrou pessoalmente em Nova Iorque com Hassan Rouhani porque este não quis… aliás, recusou por cinco vezes o pedido da Casa Branca nesse sentido! Porém, o presidente iraniano, para não dizerem que é de todo impaciente para com insistências «infantis», lá concordou – e já não foi mau! – com uma conversa por telefone. E o Sr. Hussein ficou tão contente por finalmente falar com um ayatollah que até lhe ofereceu depois uma taça de prata, oriunda da antiga Pérsia e com cerca de 2700 anos, no valor de um milhão de dólares! Uma prenda um «pouco» mais cara do que aquelas que ofereceu à Rainha Isabel II e a Gordon Brown – respectivamente, um iPod com os seus discursos e uma caixa com 25 DVD’s.)
(Segunda adenda – Barack Obama e os democratas não negoceiam – ou não querem negociar – com republicanos, que acusam de ser «bombistas suicidas» («pessoas com bombas ligadas ao peito»). Mas negoceiam com iranianos que, de facto, apoia(ra)m «bombistas suicidas». E acusam os republicanos de «fazerem reféns»… mas falam com iranianos que, em 1979, aprisionaram norte-americanos da embaixada dos EUA e que, efectivamente, fizeram deles reféns. Entretanto, descobre-se que o Sr. Hussein «enfiou um barrete».. persa, o que não espanta, e explica muita coisa.)
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