quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Reservas de caça

(Duas adendas no final deste texto.)
Mais um massacre nos EUA, mais um assassino em série – e mentalmente doente – à solta (deveria estar internado) que matou muitas – demasiadas – pessoas (12, e oito feridas)… antes de ser abatido: foi a 16 de Setembro último no denominado Navy Yard, uma base militar em Washington. Rapidamente e previsivelmente, e tal como em anteriores, semelhantes e infelizes ocorrências, não faltaram, na política e na comunicação social, aqueles (à esquerda) que se precipitaram, se enganaram (em especial quanto ao tipo de armas utilizadas) e reclamaram mais gun control
…Mas depressa se devem ter arrependido quando foi conhecido que o culpado, Aaron Alexis, era um admirador de Barack Obama! Que pode ter seguido o «conselho» de Joe Biden pois utilizou uma caçadeira! E outro motivo há que deveria levar todos os democratas, «progressistas» e liberais a morderem a língua sempre que ocorre um crime deste tipo e se sentem logo impelidos a expelir a sua demagogia. Tudo pode começar pela seguinte pergunta: o que têm em comum o liceu de Columbine, o cinema de Aurora, o campus da Virginia Tech, a escola de Newtown, Fort Hood e o Navy Yard em Washington? Sim, são, foram, todos locais de múltiplos morticínios… e, além disso, são, eram, todas «gun free zones», isto é, «zonas livres de armas», isto é, áreas nas quais os respectivos (ir)responsáveis decidiram tornar proibido, a cidadãos legalmente autorizados a tal (isto é, sem cadastro criminal), o porte e o uso das suas armas, e onde é frequentemente assinalada igualmente e publicamente tal proibição – invariavelmente com o famigerado símbolo da pistola com um risco por cima
Pergunta praticamente inevitável: mas então os exemplos no Texas e na capital dos EUA, ambos instalações das forças armadas, também são «gun free zones»? Resposta: sim, são! Naquelas, tal como em todas as bases norte-americanas, as mulheres e os homens em uniforme são obrigados a entregar e a guardar as suas armas à entrada – uma situação tanto mais ridícula quando se sabe que elas e eles têm como profissão, precisamente, a utilização de todas as formas de armamento, da mais simples à mais complexa (e poderosa)! As únicas excepções são os elementos encarregados do policiamento dessas instalações. Outra pergunta praticamente inevitável: quem tomou uma decisão tão absurda? Resposta: Bill Clinton! Tinha de ser um democrata a instituir o gun control nas forças armadas… e os (trágicos) resultados estão à vista!     
Estas «zonas livres de armas» (in)devidamente delimitadas, demarcadas e divulgadas mais não são do que «zonas cinegéticas exclusivas», reservas de caça, campos de tiro, para predadores, psicopatas, homicidas de todos os tamanhos, cores e feitios. Os assassinos podem ser loucos – e, nos casos mencionados, todos eram – mas não são estúpidos… para o meio de uma rua, rodeados de pessoas desconhecidas (e das quais não se sabe o que têm escondido debaixo das roupas) é que normalmente eles não vão! É por isso que convém contabilizar e conhecer nove casos, nove situações em que um potencial massacre foi evitado por uma pessoa com bom carácter... e armada.
Numa coincidência curiosa… e infeliz, este múltiplo crime em Washington ocorreu poucos dias – quase uma semana – depois de, no Colorado, terem sido realizadas duas eleições especiais – as denominadas «recall» – que afastaram dos seus cargos dois senadores estaduais democratas por terem apoiado e aprovado (mais) normas de controlo de armas naquele Estado – que, ironicamente, os «burros» controlam, pois os actuais governador e (os dois) senadores federais são «azuis». Mas nem todo o esquerdismo em Denver foi suficiente para «aguentar» John Morse e Angela Giron, tendo esta, numa demonstração de mesquinho mau perder, alegado – sem apresentar provas – que a sua derrota se devera a «supressão de votos»… uma atoarda que Debbie Wasserman Schultz secundou – o que não surpreende, visto o «cadastro» de estupidez dela neste (e em outros) temas. Entretanto, na MSNBC, o «dia seguinte» foi difícil… pelo menos para Joe Scarborough e para Lawrence O’Donnell. Já na CNN, Don Lemon parece começar a aprender… ele não quer ser um sitting duck, «caçado como um pato» - e, aparentemente, depois cozinhado com limão.
(Adenda - O que haverá de mais ridículo do que um imigrante ilegal – que não obedece(u) a leis nem a avisos, sinais, que o impedem de entrar nos EUA se não pelos canais próprios – acreditar que um cartaz proibindo a utilização de armas num certo espaço evitará que um criminoso entre com elas naquele?) 
(Segunda adenda - Quem diria: mais um criminoso armado que não obedeceu à ordem de não entrar, armado, em mais uma gun free zone, neste caso, o campus da Universidade Central da Carolina do Norte!)  

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