Charles
Krauthammer não é apenas um analista, um comentador político brilhante, talvez
o melhor nos EUA, respeitado, premiado, influente… e practicamente invencível:
é um duplo diplomado, em ciência política e economia e em… medicina, tendo-se
especializado em psiquiatria! Pelo que as suas opiniões têm sempre uma autoridade
acrescida. É como se o Dr. Krauthammer colocasse o país – ou os seus principais
protagonistas – no «divã» e dele(s) obtivesse os seus sonhos, os seus
pensamentos, os seus impulsos mais (in)confessáveis…
…
Que nem sempre são propriamente muito agradáveis. Barack Obama, em especial,
tem sido um «paciente privilegiado» (para o qual é preciso muita paciência) às
«mãos» do colaborador do Fox News Channel e do Washington Post. Que qualificou o
discurso do presidente dado este ano em Berlim como «vazio, auto-indulgente, anacrónico e adolescente», o que ajuda a explicar, e a confirmar, que a Rússia
e a China «nenhuma importância dão ao que Obama diz»; porque já há algum tempo
que o Nº 44 passou «de imperador a circunstante», e não só nos assuntos
domésticos… isso é igual e claramente visível nos negócios estrangeiros e, em
especial, na atitude dos EUA perante os mais recentes acontecimentos no Egipto.
Um resultado previsível, afinal, da aposta desta administração numa política de apaziguamento…
…
Que mais não é, no fundo, do que o reflexo, a consequência inevitável da sua
figura cimeira e das contradições que a caracterizam: Barack Obama é,
tornou-se, «a essência exacta de um sistema que ele denunciou e que messianicamente prometera redimir»; nesta perspectiva percebem-se melhor as
diversas ocasiões em que tentou – e provavelmente conseguiu – ameaçar, intimidar, o Supremo Tribunal, os vários casos de – ilegal e inconstitucional –
abuso regulatório, e a opção em «gastar (cada vez mais) porque ele quer um Estado expandido». Uma atitude, uma ideologia, uma estratégia, que explicam
igualmente os comportamentos dos seus principais subordinados; como Susan Rice e as mentiras que ela disse sobre o atentado na Líbia que custou a vida de
quatro norte-americanos… e a opinião pública continua sem poder ouvir (porquê?) as testemunhas do ataque a Benghazi; e como Kathleen Sebelius, cujas negociatas com entidades privadas para promover o «ObamaCare» podem constituir, para os
democratas, o equivalente ao escândalo «Irão-Contras» - «ObamaCare», aliás, que
representa também «uma transferência maciça de riqueza dos mais novos para os mais velhos».
Perante tantas demonstrações de raciocínio
inteligente, de argumentos baseados em factos, que resta aos detractores? Pouco
mais do que o recurso ao insulto imbecil… como fez Martin Bashir, que chegou a
pedir desculpas aos espectadores mais novos (se é que estes existiam) do seu
programa que teriam eventualmente ficado assustados ao verem o rosto de Charles
Krauthammer; o «bife» da MSNBC não costuma, claramente, ver-se ao espelho.
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