segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Fala o psiquiatra

Charles Krauthammer não é apenas um analista, um comentador político brilhante, talvez o melhor nos EUA, respeitado, premiado, influente… e practicamente invencível: é um duplo diplomado, em ciência política e economia e em… medicina, tendo-se especializado em psiquiatria! Pelo que as suas opiniões têm sempre uma autoridade acrescida. É como se o Dr. Krauthammer colocasse o país – ou os seus principais protagonistas – no «divã» e dele(s) obtivesse os seus sonhos, os seus pensamentos, os seus impulsos mais (in)confessáveis…
… Que nem sempre são propriamente muito agradáveis. Barack Obama, em especial, tem sido um «paciente privilegiado» (para o qual é preciso muita paciência) às «mãos» do colaborador do Fox News Channel e do Washington Post. Que qualificou o discurso do presidente dado este ano em Berlim como «vazio, auto-indulgente, anacrónico e adolescente», o que ajuda a explicar, e a confirmar, que a Rússia e a China «nenhuma importância dão ao que Obama diz»; porque já há algum tempo que o Nº 44 passou «de imperador a circunstante», e não só nos assuntos domésticos… isso é igual e claramente visível nos negócios estrangeiros e, em especial, na atitude dos EUA perante os mais recentes acontecimentos no Egipto. Um resultado previsível, afinal, da aposta desta administração numa política de apaziguamento
… Que mais não é, no fundo, do que o reflexo, a consequência inevitável da sua figura cimeira e das contradições que a caracterizam: Barack Obama é, tornou-se, «a essência exacta de um sistema que ele denunciou e que messianicamente prometera redimir»; nesta perspectiva percebem-se melhor as diversas ocasiões em que tentou – e provavelmente conseguiu – ameaçar, intimidar, o Supremo Tribunal, os vários casos de – ilegal e inconstitucional – abuso regulatório, e a opção em «gastar (cada vez mais) porque ele quer um Estado expandido». Uma atitude, uma ideologia, uma estratégia, que explicam igualmente os comportamentos dos seus principais subordinados; como Susan Rice e as mentiras que ela disse sobre o atentado na Líbia que custou a vida de quatro norte-americanos… e a opinião pública continua sem poder ouvir (porquê?) as testemunhas do ataque a Benghazi; e como Kathleen Sebelius, cujas negociatas com entidades privadas para promover o «ObamaCare» podem constituir, para os democratas, o equivalente ao escândalo «Irão-Contras» - «ObamaCare», aliás, que representa também «uma transferência maciça de riqueza dos mais novos para os mais velhos».           
Perante tantas demonstrações de raciocínio inteligente, de argumentos baseados em factos, que resta aos detractores? Pouco mais do que o recurso ao insulto imbecil… como fez Martin Bashir, que chegou a pedir desculpas aos espectadores mais novos (se é que estes existiam) do seu programa que teriam eventualmente ficado assustados ao verem o rosto de Charles Krauthammer; o «bife» da MSNBC não costuma, claramente, ver-se ao espelho. 

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