(Três adendas no final deste texto.)
Depois de duas semanas terríveis, com (mais de) três enormes escândalos a apoquentá-lo e aos seus capangas, em que todos os dias surgiam (e continuam a surgir) mais pormenores escabrosos sobre as ilegalidades, ou, pelo menos, incompetências que cometem, Barack Obama, como «resposta» ou como (tentativa falhada de) «manobra de distracção», não se lembrou de melhor do que propor, num discurso sobre política externa e militar proferido na Universidade da Defesa Nacional, em Washington, que os prisioneiros de Guantanamo sejam transferidos… para os EUA! Ou, então, soltá-los no Iémen! E isto um mês depois de dois imigrantes muçulmanos terem cometido um atentado terrorista em Boston! Isto já não é só amadorismo: é comportamento (politicamente) suicida!
Depois de duas semanas terríveis, com (mais de) três enormes escândalos a apoquentá-lo e aos seus capangas, em que todos os dias surgiam (e continuam a surgir) mais pormenores escabrosos sobre as ilegalidades, ou, pelo menos, incompetências que cometem, Barack Obama, como «resposta» ou como (tentativa falhada de) «manobra de distracção», não se lembrou de melhor do que propor, num discurso sobre política externa e militar proferido na Universidade da Defesa Nacional, em Washington, que os prisioneiros de Guantanamo sejam transferidos… para os EUA! Ou, então, soltá-los no Iémen! E isto um mês depois de dois imigrantes muçulmanos terem cometido um atentado terrorista em Boston! Isto já não é só amadorismo: é comportamento (politicamente) suicida!
Charles Krauthammer e Newt Gingrich utilizaram a mesma palavra para classificar esta
posição, e esta atitude, do presidente: naive (ingénua). Parece-me que foram ambos
demasiado… brandos. E, atenção, o discurso não se limitou a preconizar a saída
dos terroristas detidos na prisão da base norte-americana em Cuba. O Sr.
Hussein quer revogar a lei de 2001 que, na práctica, e na sequência dos ataques
a Nova Iorque e a Washington, iniciou, formalizou, a «guerra ao terror», e
também reduzir a utilização de drones – aparentemente, as queixas, à esquerda e
à direita, sobre o acumular de «danos colaterais» começam a ter consequências... Eric Holder admitiu que quatro norte-americanos foram eliminados. Porém,
e pior, alegou ainda que os EUA não sofreram «ataques em larga escala» desde há
12 anos! Mas, então, o que foram, precisamente, os atentados em Boston,
Benghazi e Fort Hood, que totalizaram 20 mortos e centenas de feridos? Como fez
notar Michael McCaul, há como que a vontade de regressar a um mundo «pré-11 de Setembro», e isso, evidentemente, já não é possível. Krauthammer fala também de
uma «visão adolescente» da guerra, em que bastaria um das «partes» - os EUA –
declararem que aquela estava terminada para que isso de facto acontecesse… o
que, claro, não seria verdade, e significaria sim, pelo contrário, um continuar
e até um exponenciar dos perigos. Por outras palavras, e um dia depois de
muçulmanos terem assassinado um soldado em Londres e cinco dias depois de outros muçulmanos terem
iniciado motins em Estocolmo, Obama preconiza que se baixe os braços quando aqueles não só não dão mostras de estarem
«pacificados» e «assimilados» como também, pelo contrário, evidenciam estarem
cada vez mais ousados e desafiantes. Trata-se de algo mais grave, e mais
perigoso, do que «violência insensata». Enfim, nos EUA como na Grã-Bretanha e
na Suécia não faltam os que acredita(ra)m (há) demasiado tempo na utopia, na
mania esquerdizante do «multiculturalismo», contra todas as evidências, contra
a mais elementar realidade.
No
Departamento de Estado, então, longe de se ter aprendido com o que aconteceu na
Líbia, continua-se a viver em pleno num mundo da fantasia, em autêntico estado
de negação. John Kerry, quando não está a provar e a elogiar as especialidades gastronómicas palestinianas, permite que na sua «casa» se expressem
preocupações com supostas violações dos direitos humanos… dos fundamentalistas islâmicos na Nigéria, e que não se preocupem com – e não condenem – a exclusão de mulheres em eleições no Irão. São comportamentos que quase convidam
a mais catástrofes… O mais grave é a impressão de que nem mesmo depois de «casa
roubada» se colocam «trancas na porta». Porém, e vá lá, membros da actual administração
vieram admitir, mesmo que a coberto do anonimato, que, no que respeita a
Benghazi, não foram (não são) criminosos, nem maliciosos nem mentirosos, mas
sim «apenas» incompetentes e idiotas. E, numa notável exercício de eufemismo,
Jay Carney reconheceu que foram feitas «críticas legítimas» ao modo como a Casa
Branca lidou com os escândalos em que se viu – e em que ainda se vê – envolvida.
Nunca
é demais repetir, no entanto, que a inabilidade, a inexperiência e o amadorismo que caracterizam esta administração mais não são do que o reflexo, por sua vez,
da inabilidade, da inexperiência e do amadorismo que caracterizam a sua figura
principal. Cem dias após o início do seu segundo mandato, já se falava, e
demonstrava, (d)a sua «agenda falhada» - e isto antes de estalarem as «broncas»
mais recentes! A propósito do seu segundo discurso de inauguração, fez-se uma
retrospectiva, e uma comparação, entre o que ele prometeu no primeiro (em 2009) e o que de facto foi cumprido… pouco ou nada. E não faltaram pretextos para
lembrar, e listar, as suas mais notórias citações e gaffes, com destaque
especial, entre as mais recentes, para as que cometeu na viagem que fez à Birmânia em Novembro de 2012. Todavia, não convém que ele se cale; pelo contrário,
há que incentivá-lo a continuar a falar para que restem cada vez menos dúvidas
quanto à sua inaptidão para o cargo. Ouçam-no a: «alertar» que certos políticos
(republicanos, claro) acabariam com os investimentos públicos em energia solar
(sim, porque os que ele fez – Solyndra, e não só – foram tão «úteis» e «rentáveis»);
«admitir» que as famílias americanas foram bastante «agredidas» nos últimos quatro anos; «apontar» o Congresso e o Serviço Secreto, e não ele, como
culpados da suspensão das visitas à Casa Branca; «garantir» que os EUA não têm uma crise imediata em termos de dívida… uma posição contrária à que tinha em 2006, quando o valor daquela era pouco mais de metade do de hoje; «desculpar» o
seu fracasso no controlo de armas por estar constrangido pelo sistema que os
pais fundadores da nação instituíram!
Enfim,
ele nada sabe, e, quando sabe, a culpa não é, nunca é, dele. Pelo que não
surpreende que, recentemente, numa conferência de imprensa no Nº 1600, um
jornalista – Jonathan Karl, da ABC – lhe tenha perguntado se ainda se sentia
com força – com «suficiente sumo» («enough juice») para concretizar a sua
agenda. O Sr. Hussein respondeu: «talvez fosse melhor fazer as malas e ir para casa». Sim, essa seria uma boa solução. Sempre poupava todo o
trabalho de uma impugnação.
(Adenda – É Moore e não Monroe. Enfim, mais uma gaffe «obamadorística» a juntar a muitas outras; muitas mais do que aquelas que George W. Bush alegadamente cometeu.)
(Segunda adenda - Pergunta Charles Krauthammer: «A estupidez é a melhor defesa deles?» Sim, é. Mas não será suficiente para os «safar».)
(Terceira adenda - Sem discurso à mão e sem teleponto... pronto, o Sr. Hussein é como uma criança perdida. Ou como um amador irrecuperável.)
(Adenda – É Moore e não Monroe. Enfim, mais uma gaffe «obamadorística» a juntar a muitas outras; muitas mais do que aquelas que George W. Bush alegadamente cometeu.)
(Segunda adenda - Pergunta Charles Krauthammer: «A estupidez é a melhor defesa deles?» Sim, é. Mas não será suficiente para os «safar».)
(Terceira adenda - Sem discurso à mão e sem teleponto... pronto, o Sr. Hussein é como uma criança perdida. Ou como um amador irrecuperável.)
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