sexta-feira, 13 de julho de 2012

Acertar contas na Suíça

Não é novidade, e já referi aqui no Obamatório, que a campanha de Barack Obama, por nada ter de positivo a defender, optou por fazer consecutivas críticas e acusações – pessoais e profissionais – a Mitt Romney. Até agora todas – «bully», «tax cheat», «outsourcer» – se revelaram falsas, mas isso não tem impedido os «burros» de persistirem e de insistirem em «atirar barro à parede» - ou lama, ou m*rd* - a ver se alguma coisa «pega».
A mais recente dessas (risíveis) tentativas tem «Suíça» como palavra-chave. Aparentemente, o candidato do Partido Republicano e/ou a sua família tem ou teve dinheiro em pelo menos uma conta de um banco daquele país europeu, alegadamente no valor de três milhões de dólares – o que, só por si, não significa, logicamente, qualquer comportamento criminal ou incorrecto. Porém, isso não tem impedido várias figuras de relevo do Partido Democrata e da lamestream media de lançarem as mais torpes insinuações. Matthew Yglesias, da Slate, «descobriu» que Adolf Hitler também tinha uma conta na Suíça – sim, é tão «original» comparar um conservador ao líder nazi. Robert Gibbs disse que «o autocarro (de Mitt Romney) provavelmente foi feito na Suíça» - embora, «estranhamente», não tenha falado no de Barack Obama, que foi feito (de certeza) no Canadá. Martin O’Malley, governador do Maryland, afirmou – na mesma ocasião em que a sua repetitiva lengalenga feita de ocos talking points foi estilhaçada pelos factos e números apresentados pelo seu homólogo do Louisiana Bobby Jindal – que Romney «apostou contra os EUA» ao abrir uma conta na Suíça; no entanto, melhor faria O’Malley em mudar ele próprio de políticas, em especial as fiscais, que estão a afastar investidores do seu Estado. E não podia faltar Debbie Wasserman Schultz que, justificando o seu «título» de «A mais estúpida de 2011» e tentando repeti-lo em 2012, declarou que o ex-governador do Massachusetts não está «comprometido com a América» por ter contas bancárias no estrangeiro, na Suíça e não só; todavia, vem a descobrir-se que… a própria «Dumb Debbie» colocou parte do seu dinheiro num fundo de reforma que investiu, entre outras instituições, no maior grupo bancário privado suíço! E em empresas de países como o Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, Índia, China e Japão!
Também não ajuda muito a credibilizar esta atoarda que George Clooney, não satisfeito com realizar jantares milionários de angariação de fundos para Barack Obama em Los Angeles, faça o mesmo… em Genebra. Enfim, que mais se pode dizer de tão deprimentes demonstrações de dualidade de critérios? Talvez que tais «quebras de memória» se devam a um excesso de consumo de queijo… suíço

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