quinta-feira, 19 de julho de 2012

Um gajo simpático?

John McCain cometeu esse erro em 2008, e talvez tenha sido o principal da sua campanha: considerou Barack Obama «a nice guy», um gajo simpático, uma boa pessoa, um candidato responsável, em vez de o ter atacado com… a verdade, que se podia depreender do que já então se sabia: um político «educado» na «Escola de Chicago», com tudo o que isso implica de corrupção, crime, golpes baixos e troca de favores, e que recebeu (por vontade própria) «formação complementar» de uma «galeria de notáveis» extremistas, marxistas, racistas e terroristas.
Mitt Romney pareceu, em 2012, e até determinado momento, repetir o erro do seu predecessor. Mas isso não faria qualquer sentido nem teria qualquer justificação, antes de mais porque quase quatro anos de constantes afirmações e acções ofensivas e divisivas, não só contra o Partido Republicano mas também contra todo o país, desvaneceram qualquer dúvida que pudesse subsistir acerca do mau carácter e dos poucos escrúpulos do homem que se tornou – inacreditavelmente, porque não tinha competência, experiência e qualificações (pessoais e profissionais) para tal – o 44º presidente dos EUA. E, agora que os «cães de ataque» do Sr. Hussein, como David Axelrod, Debbie Wasserman Schultz, Rahm Emanuel e Stephanie Cutter lhe chamam, com a maior das calmas e a bênção e o beneplácito do chefe, «ou criminoso («felon») ou mentiroso», é provável que Romney se tenha convencido definitivamente de que o seu opositor não inspira nem merece respeito, confiança e (um resto de) benefício da dúvida.
E repare-se no «raciocínio» (retorcido) dos obamistas: acusa-se o «inimigo» apenas com insinuações, sem apresentar provas; e, se ele responder, protestar, negar, está a ser «queixinhas», ou, pior, racista. É claro que isto só funciona se houver a complacência, e a cumplicidade, d(e algum)a comunicação social, raramente ou nunca disposta a apontar as contradições, as duplicidades, as hipocrisias, com uma memória maior ou menor consoante as pessoas e os partidos em causa. Lá como cá: será apenas ignorância e ingenuidade, ou algo pior, que faz com que uma jornalista supostamente com experiência na área internacional escreva que «para o presidente, é uma estratégia arriscada porque quebra a imagem de pureza firmada nas eleições de há quatro anos: o candidato que não usava tácticas sujas contra os seus rivais.» Eis uma «notícia de última hora»: Barack Obama nunca foi «puro» na política; nas suas campanhas para o Senado e na primária democrata de 2008 não faltaram exemplos de «tácticas sujas» - e outras tantas queixas de Hillary Clinton contra aquelas.
Mitt Romney «exportou» empregos americanos para o estrangeiro? Não há certeza disso; mas é certo que Obama o fez, directamente com o «estímulo» às «energias limpas», e indirectamente através do seu amigo e conselheiro Jeffrey Immelt, da General Electric. O presidente e os seus capangas sugerem que Romney é um criminoso? Então, nada melhor do que apresentar uma lista dos dez maiores, e verdadeiros, criminosos (há mais) com quem BHO tem ou teve relações – aliás, a suspeita persiste de que o Sr. Hussein seja o maior criminoso de todos. O presidente e os seus capangas exigem que Romney divulgue mais declarações de rendimentos dos que as legalmente exigidas (o que ele já fez)? Então, nada melhor do que apresentar uma lista dos dez principais documentos (há mais) que Barack Obama ainda não divulgou… em que se destacam os relativos à sua educação (ou falta dela). Em Portugal discute-se muito, actualmente, o percurso académico de Miguel Relvas (e, retroactiva e comparativamente, o de José Sócrates), mas não seria surpreendente se viesse a descobrir-se que o de Obama foi ainda mais tortuoso.
Que ninguém se deixe enganar pela propaganda e pela histeria, papagueada, entre outros, pelo anedótico o(Bama)nanista Chris Matthews, que, depois talvez de mais um «arrepio pela perna» (e consequente molhar das calças), declarou, surpreendido e indignado pelo «ódio» e pelas críticas que os republicanos fazem a BHO (pois é, porque será?), que «ele é o pai perfeito, o marido perfeito, o americano perfeito». Na verdade… ele não presta. Nem enquanto americano (se de facto o é) nem enquanto presidente. Como pai talvez, mas não como irmão e sobrinho: George Obama (sobre)vive num bairro de lata em Nairobi, e Onyango Obama e Zeituni Onyango tornaram-se imigrantes ilegais nos EUA. O Nº 44 não poderia «redistribuir» um pouco da sua riqueza para ajudar os seus familiares? Ou, por via de mais uma ordem executiva, vai conceder-lhes uma amnistia?  

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