Em
Portugal foi publicado neste mês de Novembro um livro com o sugestivo – e
enganador – título «Isto Não é Bem um Presidente dos EUA», apenas o mais
recente numa série de obras que abordam a política na grande nação do outro
lado do Atlântico numa perspectiva enviesada, esquerdista, incompleta,
deturpada, contra a Direita, os conservadores, o Partido Republicano – isto
enquanto o meu, que funciona(ria) como um útil e até indispensável contraponto, continua por editar. O autor daquele tornou-se um notório propagandista ao
longo dos anos e conquistou um acesso quase constante a estações de rádio e de
televisão; curiosamente, o seu livro anterior, lançado em 2016, dava como
adquirido o triunfo de Hillary Clinton na eleição presidencial daquele ano. Tal
fiasco, porém, não obstou a que continuasse a ter credibilidade junto dos meios
jornalístico e editorial nacionais…
…
E não poderia ser mais evidente a intenção daquela afirmação: «pintar» Donald
Trump como uma anomalia – negativa – na história presidencial norte-americana,
talvez mesmo alguém que destoa(ria) – negativamente – numa «galeria» com quase
250 anos até agora irrepreensível, ou quase. O que é, evidentemente, ridículo,
e em que só os ignorantes do passado… e do presente poderão acreditar. Não
faltam exemplos de presidentes que se comportaram deploravelmente durante os
seus mandatos. Apenas três exemplos: houve um que (re)segregou toda a
adminstração pública, como que anulando todos os progressos das décadas
anteriores; houve outro que rejeitou a entrada no país de imigrantes judeus
fugidos do nazismo e que mandou prender em campos de concentração cidadãos,
compatriotas de ascendência japonesa; e ainda outro que autorizou a detonação
não de uma mas de duas bombas atómicas sobre cidades japonesas. Eles foram, respectivamente, Woodrow Wilson, Franklin Roosevelt e Harry
Truman. O
que têm eles em comum? Eram todos membros do Partido Democrata…
…
E constituem apenas os mais infames casos de «burrices» na Casa Branca no
século XX… e, se forem precisos, também há exemplos no XIX. Os seus erros,
«pecados» e até crimes fazem da – inegável – rudeza do Nº 45, em comparação, um
modelo de virtudes. Afirmo-o mais uma vez, em especial para os subdesenvolvidos
emocional e intelectualmente, para os papalvos que acreditam em
todas as parvoíces que lêem e ouvem desde que lhes «confirmem» os preconceitos:
até agora nada há que demonstre que Donald Trump, tanto na campanha como na
presidência, tenha cometido qualquer violação da Constituição e/ou das outras
leis dos EUA. O que ele tem feito – sendo isso que irrita quase até à loucura
os seus críticos e opositores – é… cumprir o que prometeu, concretizar um
programa de Direita que suspende e até reverte os «avanços» que os adeptos do
suposto «progresso» já davam como definitivos. A sua lista de sucessos em menos de dois anos é notável, quiçá extraordinária. E é a isto o que os seus
admiradores, apoiantes, votantes dão, correctamente, mais importância e valor,
e não a eventuais subtilezas de trato que, tantas vezes, mais não são do que
disfarces para a incompetência.
O
desassombro, a frontalidade, e mesmo, porque não, a violência verbal – que
acaba por traduzir-se, curiosamente, numa inesperada e inédita
transparência – de Donald Trump invariavelmente surgem em resposta a ataques
injustos, a insultos soezes, a mentiras ridículas, que os políticos democratas
e os seus aliados na comunicação social expelem contínua e incansavelmente. A
eles, e também a todos os que no estrangeiro alinham na demonização do actual
presidente, nunca é de mais dizer: o milionário nova-iorquino está agora na
Casa Branca também porque, em 2012, Mitt Romney, quase de certeza o mais competente,
experiente, qualificado – e com a melhor personalidade (é praticamente um
escuteiro!) – candidato presidencial de sempre foi, além de (injustamente)
derrotado, também vilificado, vilipendiado… como, aliás, todos os membros do
GOP são. Os eleitores conservadores (e não só) tomaram nota, e muitos decidiram que da próxima
vez apostariam em alguém que responderia, que não se limitaria a «comer e calar».
Os
defensores do decoro, principalmente o do comandante-em-chefe dos EUA, se não forem irremediavelmente uns
hipócritas devem apontar e criticar o comportamento de Barack Obama desde que
deixou o Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia em Washington… e, inclusivamente, previamente. Antes, nos oito anos dos seus dois mandatos, raramente perdeu uma
oportunidade para, imaturamente, culpar o seu antecessor pelos problemas que enfrentava.
Depois, com o maior dos atrevimentos, não tem hesitado em acusar o seu
sucessor, em espantosos exercícios de projecção, de actos, atitudes,
comportamentos, falhas, que ele, sim, é que teve… excepto quando se trata de reclamar
para si, com desfaçatez, a (co-)responsabilidade pela excepcional situação
económica que os EUA agora atravessam. O Sr. Hussein continua, pois, a demonstrar
que não tem, nem nunca teve, categoria, classe, para o cargo que ocupou. Sem
vergonha de atacar o seu antecessor, sem vergonha de atacar o seu sucessor,
algo que, para só mencionar a história mais recente, nem os Bush (pai e filho)
nem Bill Clinton alguma vez fizeram…
… E também nunca aqueles
ex-presidentes regressaram, pouco tempo depois de deixarem o cargo, ao combate
partidário como BHO agora fez aquando das eleições intercalares no país,
participando em comícios a favor de diversos candidatos «azuis»… embora, depois
de contados os votos, o impacto do Nº 44 deverá ter sido mais negativo do que positivo – em termos de comparação, DJT ganhou mais nas «apostas» directas que
fez. Não ajudou o facto de Obama, por exemplo, ter apelado aos eleitores no Michigan a votarem cedo, isto é, antes do dia da eleição – algo que, naquele Estado, não é permitido. O que
demonstra o quanto ele «conhece» o país do qual foi o responsável máximo.
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