(Uma adenda no final deste texto.)
Há ocasiões, há acontecimentos – incluindo os horríficos, os infelizes, os trágicos – que aconselham a que se espere algum tempo para mais e melhor se adquirir a (e reflectir sobre a) informação disponível antes de se fazer um comentário minimamente fundamentado. Há cerca de duas semanas, a 12 de Junho, aconteceu na Flórida, e mais concretamente em Orlando, aquele que foi o maior assassinato colectivo por armas de fogo na história dos Estados Unidos da América, e, ao mesmo tempo, o pior atentado terrorista no país desde 11 de Setembro de 2001…
Há ocasiões, há acontecimentos – incluindo os horríficos, os infelizes, os trágicos – que aconselham a que se espere algum tempo para mais e melhor se adquirir a (e reflectir sobre a) informação disponível antes de se fazer um comentário minimamente fundamentado. Há cerca de duas semanas, a 12 de Junho, aconteceu na Flórida, e mais concretamente em Orlando, aquele que foi o maior assassinato colectivo por armas de fogo na história dos Estados Unidos da América, e, ao mesmo tempo, o pior atentado terrorista no país desde 11 de Setembro de 2001…
…
Quando um individuo chamado Omar Mateen, cidadão norte-americano muçulmano de
origem afegã, matou 49 pessoas e feriu mais de 50 no Pulse, um clube homossexual
daquela cidade. Repare-se em como este criminoso constituía um autêntico «três
em um» do mal, do ódio, da perversão: durante o ataque ele telefonou para a
polícia reivindicando o atentado em nome do ISIS e jurando fidelidade ao líder
daquele, Abu Bakr Baghdadi: existem relatos, informações, de que Mateen seria ele próprio homossexual, embora não assumido; e, mas isto está confirmado, era um
democrata registado – repito, um democrata registado. Porém, quem é que a
esquerda, Partido Democrata, «liberais» e «progressistas», lamestream media,
culpam principalmente, se não exclusivamente, pelo ocorrido? «Obviamente», a
direita, Partido Republicano, cristãos e conservadores, a NRA. Por exemplo, é
ver, e vomitar, com o que ACLU, New York Times, Reddit, Rolling Stone, Salon,
afirmaram, escreveram, fizeram.
Espantoso?
Estranho? Indigno? Insólito? Revoltante? Sim, mas não surpreendente… pelo
menos, não para quem conhece de facto como é, como se processa, a politica
norte-americana das últimas décadas, e a relação de forças – e de fraquezas –
entre os seus protagonistas mais importantes. Ou para quem lê e consulta
regularmente o Obamatório…
O
que aconteceu em Orlando veio demonstrar que, infelizmente, pouco ou nada se
aprendeu com os anteriores ataques em São Bernardino e em Boston. Que o
«politicamente» («religiosamente», «culturalmente») correcto implementado,
imposto, por Barack Obama em todos os níveis da administração pública,
incluindo as forças policiais, tem causado graves danos, que se estendem
lamentavelmente à perda de inocentes vidas humanas. Os receios, e acusações, de
«islamofobia» têm feito com que muitos e variados «sinais de alarme» relativos
a certas pessoas e aos seus comportamentos não sejam detectados, e, se e quando
o são, não sejam valorizados. Na verdade, há anos que Omar Mateen «avisava» que
poderia um dia causar problemas graves, de que há a destacar: aquando do 9/11
celebrara os ataques e afirmara que a América os merecera; um colega dele já denunciara,
ao patronato da empresa de segurança (!) em que ambos trabalhavam, estranhas e
desagradáveis atitudes do futuro terrorista; o FBI já o havia investigado em 2013 e em 2014 e não o considerara uma ameaça; e, em Abril deste ano, o FBI foi
contactado por elementos do DisneyWorld (localizado em Orlando), que
suspeitaram de Mateen e a esposa depois de o casal ter visitado o famoso parque
de diversões…
Se
o «antes» do atentado já foi mau, o «depois» foi ainda pior. Como em outras
ocasiões semelhantes, os democratas não esperaram que os corpos das vítimas
arrefecessem para deles se aproveitarem de modo a reafirmar os seus habituais –
e errados – dogmas políticos. Porque obviamente que não iriam clamar por
maiores e melhores medidas contra o islamismo radical; o que eles querem, sim,é mais gun control, maior controlo de armas, uma diminuição da capacidade de os
cidadãos se defenderem. O Pulse – do qual Omar Mateen era, ao que consta, um cliente regular – é, como não podia deixar de ser e como não é difícil de
adivinhar, (mais) uma gun free zone. Pelo que os «burros» mais não fizeram do
que, simbolicamente, ou até literalmente, cuspir nos cadáveres de cinco dezenas
de membros de uma comunidade – a LGBT – de qual se proclamam como os principais
defensores…
…
Embora, na realidade, não o sejam. Demonstrando, novamente, que são, sim, mais
do que hipócritas, uns demagogos sem vergonha, vários representantes do PD na
Casa decidiram organizar uma «festa temática» cujo tema foram os anos 60… nada
mais, nada menos do que um «sit in» em que, literalmente, se sentaram no chão
daquela câmara do Congresso de modo a exigirem à maioria republicana – que, vá
lá, não alinha em todas as depravações azuis – que retirasse direitos
constitucionais, isto é, os conferidos pela Segunda Emenda, a todos os cidadãos
que, muitas vezes arbitrariamente e sem conhecimento dos próprios, têm os seus
nomes colocados em «listas negras» - como a «no fly list» e a «terror watch
list» - elaboradas por organismos do governo federal; não se tratou, como eu
ouvi a mais do que um órgão de comunicação social português, de implementar e
de expandir background checks, verificações de segurança e tempos de espera,
que aliás já se aplicam em muitos Estados (e que raramente têm efeitos
positivos), mas sim de negar a cidadãos o due process, o direito de terem os
seus casos dirimidos em tribunais. Pormenor particularmente ridículo em toda esta palhaçada? O de John Lewis, um dos líderes deste quase shutdown, já ter estado igualmente numa dessas famigeradas listas, e de o seu mentor e líder da
campanha dos afro-americanos pela igualdade, Martin Luther King (que usava
armas!), também!
Saúde-se
ao menos, e desta vez, a honestidade de um colega de bancada de John Lewis,
Charles Rangel, que admitiu acreditar que eles, representantes do povo, merecem mais ser
protegidos por armas e por homens armados do que o povo que representam! Povo que,
para a actual administração, mais não é do que uma maralha ignorante e
facilmente influenciável e manobrável, porque, através do Departamento de (in)Justiça,
decidiram publicar a transcrição das comunicações de Omar Mateen com a polícia…
mas na quais todas as referências ao ISIS foram apagadas! A gozação foi tanta e tão feroz que os obamistas lá divulgaram depois a versão integral, não «corrigida», da transcrição… Evidentemente, esta não foi a primeira vez que os
patéticos «pajens» do Nº 44 se serviram da censura para (tentar) ocultar
a «verdade inconveniente» da existência do terrorismo islâmico e da violência
agravada e generalizada que lhe é inerente. Contudo, qual é a surpresa? Os (maus) exemplos vêm de cima, e o «chefe» deles é, além de um incompetente com mau
carácter, um ideólogo vil que cresceu e se formou rodeado de comunistas e de
muçulmanos. Os cerca de seis meses que faltam para ele sair da Casa Branca vão
custar mesmo muito a passar.
(Adenda – Não é novidade que a «comunidade LGBT» não prima propriamente pela consistência e pela inteligência quando se trata de mostrar o seu «orgulho»; nem, frequente e ironicamente, pela coragem. Na recente parada «arco-íris» em Nova Iorque, realizada duas semanas após o ataque em Orlando, podia ler-se numa enorme faixa: «ódio republicano mata». Repito uma segunda vez: era democrata, além de muçulmano, o autor do atentado… Aliás, antes, activistas homossexuais já haviam protestado contra Donald Trump às portas da sua «torre» na «Grande Maçã»… não é curioso eles nunca se manifestarem frente a mesquitas? Entretanto, bem que podiam pedir protecção àqueles democratas no Congresso que, apesar de exigirem, até com «birras» indignas de adultos, (mais) controlo ou mesmo confiscação de armas, não deixam de ter as suas…)
(Adenda – Não é novidade que a «comunidade LGBT» não prima propriamente pela consistência e pela inteligência quando se trata de mostrar o seu «orgulho»; nem, frequente e ironicamente, pela coragem. Na recente parada «arco-íris» em Nova Iorque, realizada duas semanas após o ataque em Orlando, podia ler-se numa enorme faixa: «ódio republicano mata». Repito uma segunda vez: era democrata, além de muçulmano, o autor do atentado… Aliás, antes, activistas homossexuais já haviam protestado contra Donald Trump às portas da sua «torre» na «Grande Maçã»… não é curioso eles nunca se manifestarem frente a mesquitas? Entretanto, bem que podiam pedir protecção àqueles democratas no Congresso que, apesar de exigirem, até com «birras» indignas de adultos, (mais) controlo ou mesmo confiscação de armas, não deixam de ter as suas…)
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