(Uma adenda no final deste texto.)
Depois de muitos meses – na verdade, quase um ano – de anúncios, comícios, debates, especulações, intrigas, notícias e previsões, no passado dia 1 ocorreu, no Iowa, o primeiro momento de real relevância na campanha eleitoral para a presidência dos EUA em 2016: a primeira votação estadual nas primárias para os dois principais partidos. No Republicano, Ted Cruz venceu, seguido de Donald Trump e de Marco Rubio. No Democrata, Hillary Clinton e Bernie Sanders empataram – não se pode dizer, verdadeiramente, que a ex-secretária de Estado venceu ao ter ficado à frente por menos de dez votos e, em alguns casos, ter ganho por «moeda ao ar». Estes são os factos, o resto é conversa inútil. No Obamatório – e não é de agora – não se perde tempo e espaço a despejar caracteres em longas e ridículas divagações sobre o que acontecerá se o candidato A vencer em vez do B, e, por isso, o cenário X poder ser mais provável do que o Y. E, igualmente, aqui também não se dá importância a sondagens, que, mais uma vez, e para não variar, falharam agora em acertar nos resultados finais.
Depois de muitos meses – na verdade, quase um ano – de anúncios, comícios, debates, especulações, intrigas, notícias e previsões, no passado dia 1 ocorreu, no Iowa, o primeiro momento de real relevância na campanha eleitoral para a presidência dos EUA em 2016: a primeira votação estadual nas primárias para os dois principais partidos. No Republicano, Ted Cruz venceu, seguido de Donald Trump e de Marco Rubio. No Democrata, Hillary Clinton e Bernie Sanders empataram – não se pode dizer, verdadeiramente, que a ex-secretária de Estado venceu ao ter ficado à frente por menos de dez votos e, em alguns casos, ter ganho por «moeda ao ar». Estes são os factos, o resto é conversa inútil. No Obamatório – e não é de agora – não se perde tempo e espaço a despejar caracteres em longas e ridículas divagações sobre o que acontecerá se o candidato A vencer em vez do B, e, por isso, o cenário X poder ser mais provável do que o Y. E, igualmente, aqui também não se dá importância a sondagens, que, mais uma vez, e para não variar, falharam agora em acertar nos resultados finais.
Aqueles
que tanto esforço despendem em fazer constantes palpites sobre idas às urnas –
quase como se estivessem a apostar em competições desportivas – não costumam
mostrar, igualmente, vontade em relatar e em comentar o que realmente
interessa: as afirmações e as (in)acções políticas da administração de Barack Obama
(e, em menor grau, por culpa própria, dos membros do Congresso), que afectam
efectivamente a sociedade, a cultura e a economia dos EUA, e não as declarações
de um bilionário do imobiliário que nunca exerceu um cargo público. E enquanto quase todas as atenções se concentravam – e se distraíam! – nos
escrutínios no Iowa e no New Hampshire, o Sr. Hussein continuou a dizer e a
fazer das suas… (tentativas de) transformações fundamentais. Quase todas as
atenções, não todas: eu nunca deixei – nunca deixo – de estar atento ao
fundamental.
Por
onde começar? Pela visita que ele fez no dia 4 à mesquita da Sociedade Islâmica
de Baltimore, que pouco ou nada fez para diminuir as acusações, as insinuações…
e as gozações de que ele é, no fundo, um muçulmano. Na verdade, aquela
instituição corânica na maior cidade do Baltimore é (tristemente) conhecida por
nela se terem apoiado bombistas suicidas e condenado homossexuais, para além de
ter uma área separada, segregada, para as mulheres – algo que até fez com que no New York Times se criticasse a visita e o presidente! Porém, imperturbável, isso
não o impediu de afirmar que «o Islão sempre fez parte da América» (o que não é
verdade) e que muitos norte-americanos têm dos seus praticantes uma «impressão enormemente distorcida» resultante de igualmente «distorcidos retratos nos media» e de «retórica política inexcusável», e que, portanto, a crítica a eles não tem (não deve ter) lugar no país. No dia seguinte, durante o National Prayer
Breakfast, reiterou o seu peculiar proselitismo pró-Crescente, bizarro para quem se diz cristão, ao enaltecer o suposto «espírito pacífico do Islão».
Entretanto, soube-se que, em 2015, 81 muçulmano-americanos estiveram associados a actos de terror (tentados ou concretizados) nos EUA, o maior número desde o 11
de Setembro de 2001, e que representa, neste (desagradável) âmbito, uma enorme desproporção
daquela comunidade em relação a outras…
No
entanto, e infelizmente, a passividade e mesmo a simpatia para com os
seguidores de Maomé não é apenas para «consumo caseiro». Pior é a (continuada)
atitude da Casa Branca perante todos os que se curvam para Meca, em especial no
estrangeiro. O Irão tem beneficiado ultimamente de uma bizarra bonomia: John
Kerry admitiu (que «surpresa»!) que algum do dinheiro que Teerão irá receber
(cerca de 150 biliões de dólares) com o fim das sanções será para apoiar grupos terroristas; há a suspeita de que se terá pago 1,7 biliões de dólares aos iranianos para libertar os norte-americanos detidos; e nenhuma referência foi
feita ao regime dos «ai-as-tolas», e à negação da Shoah feita por aqueles, pelo
Sr. Hussein quando discursou no Dia Internacional de Lembrança do Holocausto,
onde teve o descaramento de se assumir como líder global contra o anti-semitismo! Enquanto isso, continua a desvalorizar o ISIS: em meados de
Dezembro último insistia em tentar impingir a ideia de «contenção», afirmando
no Pentágono que o Daesh «desde o Verão não teve uma só operação ofensiva com sucesso no chão do Iraque e da Síria» - pois não… mas teve no chão de França
(Paris) e dos EUA (São Bernardino); e culpou – uma e outra vez – a comunicação
social, na sua ânsia de obter audiências, pelo medo que as populações têm dos
«soldados de negro», o que pode «explicar» a reacção algo alheada («tone deaf»)
notada e admitida até por David Axelrod. Ou então é a faceta «no drama» de Barack
Obama, que também pode «explicar» que tenha ido jogar golfe depois de saber que seis soldados haviam sido mortos no Afeganistão por mais um bombista suicida
dos talibãs… os mesmos talibãs que receberam cinco dos seus líderes em troca da
libertação de Bowe Bergdahl, que, como era previsível, vai mesmo ser julgado por deserção; libertado – de Guantánamo - também foi o inventor do «sapato-bomba», elogiado por Osama Bin Laden…
…
E que foi apenas um dos muitos foras-da-lei que a actual administração mandou
soltar das prisões norte-americanas nos últimos meses. Antes de partir para o
Havai nas férias de Natal, Barack Obama decidiu dar uma grande «prenda» à
comunidade criminal nacional: comutou as sentenças de quase 100 presidiários
condenados por crimes graves, em especial tráfico de droga – mais uma parcela dos
cerca de seis mil que foi decidido soltar no ano passado. Entretanto, de
Washington continuam a vir ordens para os agentes deixarem entrar e/ou não perseguir e/ou não deter imigrantes ilegais – e é de crer de que a
reprovação, pelo Tribunal de Apelos do Quinto Circuito, da ordem executiva do
Sr. Hussein que expandiu a amnistia não tenha grande impacto nas tentativas
constantes dos «burros» de aumentar os «democratas não documentados». Neste
contexto de subida (induzida por eles) do número de bandidos em circulação, que
fazem o Nº 44 e os seus cúmplices para «melhorar» a segurança dos seus
concidadãos? Duas coisas. Primeira, insistem cada vez mais n(a falsa solução d)o «gun control», ou seja, na progressiva restrição da posse e uso de arma, indo talvez à confiscação e, logo, na (drástica) diminuição da capacidade
de auto-defesa. Segunda, enfraquecem – moralmente, se não mesmo materialmente –
a acção da(s) polícia(s): quão hipócrita é alguém que, depois de condenar
aqueles que fazem dos agentes da lei «bodes expiatórios pelos falhanços da sociedade e do sistema de justiça criminal», alega que a actividade do
movimento «Black Lives Matter» – de que muitos membros advogam a violência contra, e até
a morte, (d)aqueles agentes – é um sinal de «progresso», apesar de «um pouco desconfortável». Não surpreende que o actual presidente admita que espera que o
seu sucessor se preocupe tanto como ele com os «assuntos da disparidade e da (in)justiça racial» - o que não é de admirar porque ele é um democrata, logo, racista…
…
E um impenitente narcisista ainda com adoradores suficientes para manterem um
«culto da personalidade» que, embora atenuado, ainda vai registando episódios
insólitos, se não ridículos, como: ter sido o primeiro presidente em exercício
a aparecer (autorizado pelo próprio) na capa de uma publicação LGBT – e isto
enquanto outras, e mais relevantes, «primeiras vezes» para políticos do GOP não são igualmente destacadas; ter o seu nome dado a uma estrada numa cidade da Flórida em substituição da expressão «Old Dixie» evocativa da Confederação
esclavagista - ou seja, manteve-se a «toponímia democrata». E, como que para
comprovar a sua imagem de – segundo o «moderado» Van Jones – de «pessoa mais fixe («cool») alguma vez nascida» (algo que até em Portugal se acredita, como
referi aqui antes), acusa os republicanos de serem «sombrios, eles são como o Gato Rabugento». Porque, na verdade, com
Barack Obama é «só» alegria, boa disposição, optimismo, riso, arcos-íris… ;-)
…
E por isso não surpreende que ele tenha participado no programa de Jerry
Seinfeld «Comediantes em Carros Tomando Café»; pelo contrário, faz todo o
sentido… porque, afinal, ele é um comediante! Tão ou mais do que o seu «camarada» Harry Reid! Demonstram-no, por exemplo, e
além dos seus «brilhantes» desempenhos nos jantares anuais dos correspondentes
da Casa Branca, a preferência por aparecer em bizarros, excêntricos programas
de… entretenimento (alguns só na Rede) e a relutância e até desagrado em
responder a perguntas difíceis feitas por jornalistas, algo que tanto James Corden como Rick Santorum fizeram notar. E, no seu «reportório» recente, há
«piadas» como: assegurar que «não se faz a mudanças através de lemas», ou, numa
palavra, «sloganeering» (olha quem fala!); dar Chicago como um (bom) exemplo na luta contra a corrupção (!); e asseverar que ter seguro de saúde, em especial com o
«ObamaCare», proporciona «paz de espírito» - os milhares, ou mesmo milhões, de
norte-americanos que viram as suas despesas médicas aumentarem e/ou que
perderam a cobertura e/ou o(s) médico(s) que preferiam devem «concordar». Enfim,
é só gargalhadas. O que vem mesmo a calhar neste fim-de-semana «prolongado» de Carnaval... embora, neste caso, exista quem leve a mal.
(Adenda – E ele continua a dizer «anedotas»… sem propriamente muita graça. Por exemplo, que «nos últimos sete anos fizemos investimentos históricos em energia limpa que ajudaram companhias do sector privado a criar dezenas de milhares de bons empregos». Na verdade, quase todos esses «investimentos» foram desperdícios de dinheiros públicos, pagamentos de favores a amigos, e quase todos – nomeadamente os feitos na famigerada Solyndra – acabaram por resultar em relativamente poucos empregos criados… e em falência; o que, a juntar à «guerra ao carvão» feita pela actual administração através da EPA, se traduziu, na práctica, pelo aumento do desemprego. Outra «anedota», de tão «complicada», só mais de seis anos depois teve a sua «punch line»: em 2009 Joe Wilson acusou de mentiroso Barack Obama por este assegurar que imigrantes ilegais não seriam beneficiados pelo «ObamaCare»… e agora foi confirmado que aquele republicano estava certo; não é de esperar que todos aqueles que então criticaram e condenaram severamente o representante da Carolina do Sul pelo seu comportamento alegadamente incorrecto reconheçam que, afinal, ele tinha razão. Mas bem se pode dizer que quem ri por último...)
(Adenda – E ele continua a dizer «anedotas»… sem propriamente muita graça. Por exemplo, que «nos últimos sete anos fizemos investimentos históricos em energia limpa que ajudaram companhias do sector privado a criar dezenas de milhares de bons empregos». Na verdade, quase todos esses «investimentos» foram desperdícios de dinheiros públicos, pagamentos de favores a amigos, e quase todos – nomeadamente os feitos na famigerada Solyndra – acabaram por resultar em relativamente poucos empregos criados… e em falência; o que, a juntar à «guerra ao carvão» feita pela actual administração através da EPA, se traduziu, na práctica, pelo aumento do desemprego. Outra «anedota», de tão «complicada», só mais de seis anos depois teve a sua «punch line»: em 2009 Joe Wilson acusou de mentiroso Barack Obama por este assegurar que imigrantes ilegais não seriam beneficiados pelo «ObamaCare»… e agora foi confirmado que aquele republicano estava certo; não é de esperar que todos aqueles que então criticaram e condenaram severamente o representante da Carolina do Sul pelo seu comportamento alegadamente incorrecto reconheçam que, afinal, ele tinha razão. Mas bem se pode dizer que quem ri por último...)
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