Hoje
é dia de desejar um feliz aniversário a Willard Mitt Romney, que completa 66 anos de idade. E os EUA também estariam de parabéns se ele o celebrasse
enquanto presidente…
…
Porque, descontados todos os exageros partidários e apagadas todas as mentiras
eleitorais, nunca existiram quaisquer dúvidas, antes e depois de 6 de Novembro
último (uma data que, como foi revelado aqui no Obamatório, tinha para o filho
de George Romney uma carga simbólica acrescida), sobre quem, de entre ele e
Barack Obama, era – e é – o mais competente para o cargo. Uma dessas mentiras,
aliás, veio a ser posteriormente esclarecida: um dos anúncios de Mitt Romney
havia feito a alegação de que veículos Jeep iriam ser produzidos na China… e,
afinal, longe de ser a «lie of the year», era mesmo verdade. Também houve quem
reparasse que as «pastas cheias de (currículos de) mulheres» a que o
ex-governador do Massachusetts recorreu para formar a sua equipa em Boston
teriam sido úteis a Barack Obama numa Casa Branca em que a diversidade, apesar
das aparências, não é efectiva; e que o candidato do Partido Republicano tinha
conhecimento, durante a campanha, do conflito no Mali e das suas (previsíveis)
consequências negativas, comprovando a sua atenção e capacidade em política externa.
Aliás, neste domínio, uma das pessoas que mais terá lamentado a derrota de
Romney é o primeiro-ministro de Israel: não serão muitos os que sabem que os
dois foram colegas de trabalho e são amigos há quase 40 anos. Não, Benjamin
Netanyahu não apostou no «homem errado»…
…
E quem o fez foram outros. Vários têm sido os indícios, os sinais de buyer’s
remorse, de «remorso de comprador», de arrependimento por parte de (bastantes) eleitores. É evidente que, em «contrapartida», existem sempre aqueles que pensam – e escrevem – que o candidato derrotado tem alguma obrigação de
continuar na política activa e de como que contribuir para sucesso do seu
opositor e vencedor… Mas não, não tem. Barack Obama que trate de resolver – se quiser
e puder – o fiscal cliff e outros cliffs e sequesters que se lhe apresentem (e de que ele tem culpa). Queriam
aproveitar as capacidades de Mitt Romney? Os norte-americanos que o elegessem! Não
tendo isso acontecido, ele tem todo o direito de voltar à esfera privada, tanto
familiar como profissional, e até inclusivamente, de certo modo, conjugando as
duas, ao assumir um cargo de chefia na empresa de um dos seus filhos. Ele já
havia declarado: «Não me vou embora»… o mesmo é dizer, vai continuar a andar
por aí…
…
E está de consciência tranquila, como ficou comprovado pela entrevista que deu (a primeira depois da eleição), juntamente com a esposa Ann, há cerca de duas semanas a Chris Wallace e à Fox News. Os dois confirmaram que acreditavam,
sentiam, que iam ganhar; e, depois da desilusão da derrota, a maior frustração é não estar na Sala Oval para poder agir de um modo diferente, e melhor;
comportando-se como um adulto e não como uma criança mimada e birrenta em
campanha eleitoral permanente, que é o que o actual presidente faz – e que,
assim, e inevitavelmente, hostiliza os opositores e inviabiliza qualquer acordo
com eles. E ambos não deixaram de reconhecer a óbvia, e indesmentível,
desigualdade de tratamento por parte da comunicação social em geral, que, na
práctica, ampliou a estratégia de destruição de carácter seguida pela equipa de
Barack Hussein Obama. Os Romney têm todas as razões para se queixarem e para estarem «amargos» - à semelhança de John e de Cindy McCain há quatro anos.
Porém, Mitt e Ann também reconhece(ra)m erros e insuficiências do seu lado. E, apesar de não o terem nomeado especificamente, uma das maiores falhas, se não a principal, terá sido o próprio «estrategista principal» de Romney, Stuart Stevens. Uma demonstração da sua incompetência foi dada recentemente: negou que os media estivessem «in the tank» (digamos, a «fazer… panelinha») com Barack Obama. Com «amigos» destes quem precisa de inimigos? É pouco provável que quem se recusa a ver, a reconhecer, a realidade esteja em condições de dar bons conselhos e de delinear e de desenvolver uma estratégia vencedora; e também não é muito abonatório que essa mesma pessoa tenha uma relação próxima com George Clooney, que é «apenas» um dos maiores apoiantes de Obama! Curiosamente, John McCain também passou por uma situação algo semelhante: o seu estrategista principal em 2008, Steve Schmidt, que agora anda a dizer que o GOP tem uma «postura anti-gay», também teve um desempenho deficiente que depois tentou disfarçar, e desculpabilizar, responsabilizando Sarah Palin pelo fracasso. Fica uma sugestão para os próximos candidatos republicanos: escolham melhor os vossos principais conselheiros e, pelo sim pelo não, evitem os que se chamam Steve(n)…
Porém, Mitt e Ann também reconhece(ra)m erros e insuficiências do seu lado. E, apesar de não o terem nomeado especificamente, uma das maiores falhas, se não a principal, terá sido o próprio «estrategista principal» de Romney, Stuart Stevens. Uma demonstração da sua incompetência foi dada recentemente: negou que os media estivessem «in the tank» (digamos, a «fazer… panelinha») com Barack Obama. Com «amigos» destes quem precisa de inimigos? É pouco provável que quem se recusa a ver, a reconhecer, a realidade esteja em condições de dar bons conselhos e de delinear e de desenvolver uma estratégia vencedora; e também não é muito abonatório que essa mesma pessoa tenha uma relação próxima com George Clooney, que é «apenas» um dos maiores apoiantes de Obama! Curiosamente, John McCain também passou por uma situação algo semelhante: o seu estrategista principal em 2008, Steve Schmidt, que agora anda a dizer que o GOP tem uma «postura anti-gay», também teve um desempenho deficiente que depois tentou disfarçar, e desculpabilizar, responsabilizando Sarah Palin pelo fracasso. Fica uma sugestão para os próximos candidatos republicanos: escolham melhor os vossos principais conselheiros e, pelo sim pelo não, evitem os que se chamam Steve(n)…
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