Já antes aqui se constatou: quando Jon Stewart satiriza Barack Obama em particular e/ou os democratas em geral é porque a situação é, ou está, mesmo, mas mesmo, má. E, numa das suas recentes diatribes televisivas, o Sr. Leibowitz começou por ridicularizar o «surpreendente» anúncio, por parte do actual presidente, de que vai tentar a reeleição – aproveitando de passagem para notar o pouco entusiasmo, ou até conformismo, de alguns dos seus apoiantes...
Porém, a (continuação da) campanha eleitoral de BHO nem foi dessa vez o tema principal da paródia do apresentador do «The Daily Show» mas sim o não cumprimento de mais uma das várias promessas do Nª 44: o aumento da «transparência» na governação. E, com efeito, não faltam diversas confirmações e exemplos de que a «opacidade» nos assuntos públicos tratados na Casa Branca, ao contrário de diminuir, até aumentou. Entretanto, os encontros secretos com representantes de grupos de interesses (lobbyists) continuam – o que, para Jay «foi-para-isto-que-deixei-a-Time?» Carney, nada mais é do que «rotina». Enfim, é uma «lógica» de pensamento que explica igualmente que Barack Obama tenha recebido um prémio de «transparência»... à porta fechada e sem a presença de elementos da imprensa!
Charles Krauthammer, com a habitual perspicácia, salientou que este galardão poderia ser o «equivalente doméstico» ao Prémio Nobel da Paz – porque, em ambos os casos, Barack Obama foi distinguido com pouco ou nada que o justificasse. Por seu lado, Andrew Breitbart chamou a atenção para o facto de um registo aparentemente tão anódino como a lista de visita(nte)s do Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia poder esconder mais do que revela. E, na verdade, quando indivíduos tão obscuros – no sentido mafioso do termo – como os «patrões sindicais» Richard Trumka (sempre a «truncar» a verdade) da AFL-CIO e Andy Stern da SEIU estão entre os que mais vezes vão à Casa Branca, compreende-se que haja vergonha em admiti-lo.
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