sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Trump não merece um Prémio Nobel da Paz...

... Porque, na verdade, merece mais do que um. Vários, até. Um por cada conflito ou guerra internacional que ajudou a terminar, em especial neste ano de 2025, e a lista inclui tanto cessar-fogos em breves (embora graves) escaramuças recentes como acordos de paz compreensivos em disputas já com anos e mesmo décadas de duração. Congo e Ruanda, Kosovo e Sérvia, Arménia e Azerbeijão, Índia e Paquistão, Cambodja e Tailândia, e, em especial, Israel com Irão e «Palestina» beneficiaram da competência e da insistência do Presidente dos Estados Unidos da América e da sua administração, em particular do Secretário de Estado (isto é, Ministro dos Negócios Estrangeiros) Marco Rubio. Nunca nenhuma entidade ou individualidade fez tanto em tão pouco tempo em prol da paz entre nações e no Mundo. Seria, pois, à partida, e em princípio, absolutamente óbvio, totalmente incontornável, que Donald Trump, em seu nome mas também em representação da sua equipa, fosse distinguido este ano pelo Comité Nobel norueguês com o seu galardão máximo...
... Mas não foi isso que aconteceu. O prémio de 2025 foi atribuído não a DJT mas sim à venezuelana Maria Corina Machado, uma das líderes da oposição ao regime ditatorial de Nicolas Maduro. E uma das primeiras acções dela depois de saber que havia sido ela a escolhida foi agradecer a Donald Trump todo o apoio que ele e os EUA têm dado ao combate contra os herdeiros de Hugo Chávez, dedicando-lhe, ao mesmo tempo, o galardão! Em última análise, se era para dá-lo a outra pessoa que não o Nº 47 esta foi certamente uma das melhores alternativas. Porém, e como é evidente, o valor de Machado, apesar de estimável, é inferior ao do comandante-em-chefe norte-americano. E este não terá ficado muito surpreendido com a «nega» vinda de Oslo porque há muito tempo que se sabe o que é que aquela «casa» gasta. Tal como muitas outras na Europa, e não só, está «inclinada» à esquerda, e a história tem mostrado que ela não tem tendência para escolher nomes mais à direita no espectro político. Sim, norte-americanos, políticos norte-americanos, e alguns que ocuparam as mais altas posições, foram escolhidos e homenageados pelo comité norueguês, mas todos eram, são, de esquerda. Nomeadamente, Jimmy Carter em 2002, este com alguma justificação pois efectivamente fez contributos para a resolução de conflitos, em especial a mediação no acordo de paz entre o Egipto e Israel em 1979. Al Gore em 2007, pelo combate às inexistentes, falsas, «alterações climáticas antropogénicas». E Barack Obama em 2009, pelos seus (cito a declaração oficial de então) «esforços extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre povos»...
... Apesar de, obviamente, o Sr. Hussein nenhuns reais esforços extraordinários ter desenvolvido, não só até 10 de Dezembro daquele ano, quando recebeu em Oslo o diploma e a medalha correspondentes ao prémio Nobel, mas também, e principalmente, até final de Janeiro do mesmo, data-limite para as nomeações e poucos dias depois de ter tomado posse. BHO foi distinguido, essencialmente, pela sua retórica grandiloquente e pelas esperanças e expectativas que suscitou, e que acabaram por se revelar infundadas. E é principalmente este «precedente» com o Nº 44 que acaba por constituir o principal argumento – e também facto – para anular todas e quaisquer desculpas para a não atribuição em 2025 do Nobel da Paz a Donald Trump. Supostamente, o prémio é dado por feitos acontecidos até, precisamente, ao final do primeiro mês do ano em que é entregue, pelo que, dizem alguns, todos os acordos de paz que DJT patrocinou durante os primeiros nove meses do seu segundo mandato não poderiam ser considerados na decisão anunciada em Outubro, «valendo» apenas, provavelmente, para 2026. Tretas! Os Prémios Nobel, não só o da Paz mas também todos os outros, incluindo, sim, o da Literatura, não são como os Óscares, os Tonys ou os Grammys, em que uma só obra, lançada e divulgada no ano anterior, é seleccionada; constituem reais prémios de carreira em que o que conta é o cumulativo das realizações, podendo, é certo, uma ou outra, mais notória, destacar-se. E Trump já havia sido nomeado pelos Acordos de Abraão assinados em 2020, no seu primeiro mandato, e que, na prática, expandiram o processo iniciado por Jimmy Carter 40 anos atrás, com a concretização de tréguas oficiais – que se espera(va)m duradouras – entre Israel, Emirados Árabes Unidos e Bahrain, acordos aos quais mais nações muçulmanas poderão aderir. Mais: os encontros de Donald Trump com Kim Jong Un, primeiro em Singapura em 2018 e depois no Vietnam em 2019, inéditos e surpreendentes considerando o histórico das (más) relações entre os EUA e a Coreia do Norte, seriam igualmente, se a sensatez sempre prevalecesse, motivos adicionais para sustentar a atribuição do prémio ao bilionário nova-iorquino.
É difícil de desmentir convincentemente que os noruegueses se cobriram de ridículo quando comunicaram a sua escolha a 10 de Outubro, dois dias depois de ter sido anunciado o acordo, mediado por Donald Trump e em consequência do seu plano, que estabelecia o cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns israelitas ainda vivos, assim pondo-se fim a um conflito que durava há mais de dois anos, causara milhares de mortos e originara manifestações frequentes um pouco por todo o Mundo, além de recorrentes manipulações (des)informativas. No entanto, será que é uma honra assim tão grande ser-se distinguido por aquele país, que, convém recordar, é a pátria de Vidkun Quisling, o notório colaboracionista que comandou um governo-fantoche durante a ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial? A 11 de Outubro último muitos dos seus «herdeiros» ideológicos protagonizaram «protestos» vergonhosos contra Israel e a sua selecção de futebol, dentro e fora do estádio, aquando do jogo com a congénere norueguesa no âmbito da qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026. Na Escandinávia não é só a Suécia que está sob crescente pressão de muçulmanos radicais, ou seja, de neo-nazis. 

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