... Porque, na verdade, merece mais do que um. Vários,
até. Um por cada conflito ou guerra internacional que ajudou a terminar, em
especial neste ano de 2025, e a lista inclui tanto cessar-fogos em breves
(embora graves) escaramuças recentes como acordos de paz compreensivos em
disputas já com anos e mesmo décadas de duração. Congo e Ruanda, Kosovo e
Sérvia, Arménia e Azerbeijão, Índia e Paquistão, Cambodja e Tailândia, e, em
especial, Israel com Irão e «Palestina» beneficiaram da competência e da
insistência do Presidente dos Estados Unidos da América e da sua administração,
em particular do Secretário de Estado (isto é, Ministro dos Negócios
Estrangeiros) Marco Rubio. Nunca nenhuma entidade ou individualidade fez tanto
em tão pouco tempo em prol da paz entre nações e no Mundo. Seria, pois, à
partida, e em princípio, absolutamente óbvio, totalmente incontornável, que
Donald Trump, em seu nome mas também em representação da sua equipa, fosse
distinguido este ano pelo Comité Nobel norueguês com o seu galardão máximo...
... Mas não foi isso que aconteceu. O prémio de 2025
foi atribuído não a DJT mas sim à venezuelana Maria Corina Machado, uma das
líderes da oposição ao regime ditatorial de Nicolas Maduro. E uma das primeiras
acções dela depois de saber que havia sido ela a escolhida foi agradecer a Donald Trump todo o apoio que ele e os EUA têm dado ao
combate contra os herdeiros de Hugo Chávez, dedicando-lhe, ao mesmo tempo, o galardão! Em última análise, se era para
dá-lo a outra pessoa que não o Nº 47 esta foi certamente uma das melhores
alternativas. Porém, e como é evidente, o valor de Machado, apesar de
estimável, é inferior ao do comandante-em-chefe norte-americano. E este não
terá ficado muito surpreendido com a «nega» vinda de Oslo porque há muito tempo
que se sabe o que é que aquela «casa» gasta. Tal como muitas outras na Europa,
e não só, está «inclinada» à esquerda, e a história tem mostrado que ela não
tem tendência para escolher nomes mais à direita no espectro político. Sim,
norte-americanos, políticos norte-americanos, e alguns que ocuparam as mais altas
posições, foram escolhidos e homenageados pelo comité norueguês, mas todos
eram, são, de esquerda. Nomeadamente, Jimmy Carter em 2002, este com alguma justificação
pois efectivamente fez contributos para a resolução de conflitos, em especial a
mediação no acordo de paz entre o Egipto e Israel em 1979. Al Gore em 2007, pelo
combate às inexistentes, falsas, «alterações climáticas antropogénicas». E
Barack Obama em 2009, pelos seus (cito a declaração oficial de então) «esforços
extraordinários para fortalecer a diplomacia internacional e a cooperação entre
povos»...
... Apesar de, obviamente, o Sr. Hussein nenhuns
reais esforços extraordinários ter desenvolvido, não só até 10 de Dezembro
daquele ano, quando recebeu em Oslo o diploma e a medalha correspondentes ao
prémio Nobel, mas também, e principalmente, até final de Janeiro do mesmo, data-limite
para as nomeações e poucos dias depois de ter tomado posse. BHO foi distinguido,
essencialmente, pela sua retórica grandiloquente e pelas esperanças e expectativas
que suscitou, e que acabaram por se revelar infundadas. E é principalmente este
«precedente» com o Nº 44 que acaba por constituir o principal argumento – e também
facto – para anular todas e quaisquer desculpas para a não atribuição em 2025
do Nobel da Paz a Donald Trump. Supostamente, o prémio é dado por feitos
acontecidos até, precisamente, ao final do primeiro mês do ano em que é
entregue, pelo que, dizem alguns, todos os acordos de paz que DJT patrocinou durante
os primeiros nove meses do seu segundo mandato não poderiam ser considerados na
decisão anunciada em Outubro, «valendo» apenas, provavelmente, para 2026. Tretas!
Os Prémios Nobel, não só o da Paz mas também todos os outros, incluindo, sim, o
da Literatura, não são como os Óscares, os Tonys ou os Grammys, em que uma só
obra, lançada e divulgada no ano anterior, é seleccionada; constituem reais prémios
de carreira em que o que conta é o cumulativo das realizações, podendo, é
certo, uma ou outra, mais notória, destacar-se. E Trump já havia sido nomeado
pelos Acordos de Abraão assinados em 2020, no seu primeiro mandato, e que, na
prática, expandiram o processo iniciado por Jimmy Carter 40 anos atrás, com a concretização
de tréguas oficiais – que se espera(va)m duradouras – entre Israel, Emirados
Árabes Unidos e Bahrain, acordos aos quais mais nações muçulmanas poderão
aderir. Mais: os encontros de Donald Trump com Kim Jong Un, primeiro em
Singapura em 2018 e depois no Vietnam em 2019, inéditos e surpreendentes
considerando o histórico das (más) relações entre os EUA e a Coreia do Norte,
seriam igualmente, se a sensatez sempre prevalecesse, motivos adicionais para sustentar a atribuição do prémio ao bilionário
nova-iorquino.
É difícil de desmentir convincentemente que os noruegueses se cobriram de ridículo quando comunicaram a sua escolha a 10
de Outubro, dois dias depois de ter sido anunciado o acordo, mediado por Donald
Trump e em consequência do seu plano, que estabelecia o cessar-fogo em Gaza e a
libertação dos reféns israelitas ainda vivos, assim pondo-se fim a um conflito
que durava há mais de dois anos, causara milhares de mortos e originara
manifestações frequentes um pouco por todo o Mundo, além de recorrentes manipulações (des)informativas. No entanto, será que é uma honra assim tão
grande ser-se distinguido por aquele país, que, convém recordar, é a pátria de Vidkun Quisling, o notório colaboracionista que comandou um governo-fantoche durante a
ocupação alemã na Segunda Guerra Mundial? A 11 de Outubro último muitos dos
seus «herdeiros» ideológicos protagonizaram «protestos» vergonhosos contra Israel e a sua selecção de futebol, dentro e fora do estádio, aquando do jogo com a congénere norueguesa no âmbito da qualificação para o Campeonato do Mundo de 2026.
Na Escandinávia não é só a Suécia que está sob crescente pressão de muçulmanos
radicais, ou seja, de neo-nazis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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