A cerimónia de atribuição dos prémios da Academia
das Artes e das Ciências Cinematográficas de Hollywood em 2022, relativa a
filmes estreados em 2021, deveria preferencialmente ter-se caracterizado, e
ficado para a memória e para a História, como (mais) uma ocasião em que se
reconhece e que se distingue o melhor que a «sétima arte» faz, e,
particularmente, os filmes e as pessoas que neles trabalharam. Porém, neste
ano, e além de, novamente, existirem de facto sérios motivos para duvidar de que as melhores obras e os melhores profissionais tenham recebido o maior número de e/ou os mais importantes galardões, e vários dos premiados – no que
já se tornou um (mau) hábito que contribui para o progressivo declínio das
audiências – terem aproveitado a ocasião para proferirem ridículas declarações
ideológicas, aquilo que será unicamente, ou quase, recordado do mais recente
espectáculo é a agressão de Will Smith a Chris Rock...
... E, três semanas depois daquele infeliz
incidente, ainda não cessaram os «ecos» da bofetada dada por um apoiante de
Barack Obama e dos democratas a outro apoiante de Barack Obama e dos
democratas. Ou, dito de outra forma, mais um caso de «black on black violence»
que, pelo menos, não implicou o uso de armas de fogo e consequências (para a
saúde dos envolvidos) mais graves, como costuma acontecer em Detroit, Nova
Iorque e Baltimore. Seria de esperar que, dadas as inclinações ideológicas dos
protagonistas do caso, ambos «progressistas», não haveria maneira de ligar
aquele a conservadores, republicanos, apoiantes de Donald Trump, certo? Não,
errado! Em mais uma demonstração de que não há limite para a degenerescência
mental à esquerda e que vale tudo, incluindo os maiores disparates, para
«marcar pontos», logo surgiram alegações, feitas nomeadamente por pessoas tão
«credíveis» como Asha Rangappa, Howard Stern, Joy Behar, Rosie O’Donnell e
Steve Schmidt, de que o Nº 45 era o culpado, indirecto ou mesmo directo, pela
agressão! No que estão de acordo com a feia e fracassada fufa Lori Lightfoot,
mayor de Chicago, que, apesar de estar protegida em permanência por mais de 70
agentes (!) não obstante ter proposto diminuir o orçamento do departamento de
polícia daquela cidade – uma das mais perigosas dos EUA em resultado de décadas
de displicência democrata em relação ao crime – em 80 milhões de dólares, não
hesitou em responsabilizar DJT pelas ameaças que ela recebe regularmente.
Não se deve acreditar
nos «liberais» norte-americanos, incluindo aqueles que dirigem a Academia de Hollywood, quando dizem que condenam a violência. Na verdade, só a condenam verdadeiramente,
sinceramente, se, seja real ou imaginária, tiver como alvos os seus «camaradas».
Contra os outros, os seus rivais, opositores, inimigos, vale tudo ou quase;
para eles há bofetadas «más» e bofetadas «boas», e estas são as que deviam ser
dadas, segundo Stephen Colbert e Jimmy Kimmel, a, respectivamente, Peter Doocy,
jornalista da Fox News (por fazer perguntas incómodas a Jen Psaki, porta-voz de
Joe Biden e mentirosa compulsiva e desavergonhada), e Marjorie Taylor Greene,
representante da Geórgia pelo Partido Republicano (por se opor à nomeação de Ketanji
Brown Jackson como juíza do Supremo Tribunal); sim, é isto que actualmente passa por
«humor» em duas das mais importantes estações televisivas dos EUA.
Sem comentários:
Enviar um comentário