No meu artigo
«Euro “festivais”», publicado no (sítio na Internet do) jornal Público no
passado dia 30 de Maio, saudei a presença e a actuação de Madonna na final do
Festival Eurovisão da Canção deste ano, realizado em Tel Aviv (por ter sido uma
cantora israelita a vencedora na edição do ano passado, realizado em Lisboa),
assim não aderindo – tal como, aliás, todos os artistas representantes das
nações europeias… e da Austrália – ao boicote contra o evento promovido pela
súcia de anti-semitas que fazem da (tentativa de) fragilização e até da
destruição da nação hebraica o principal objectivo, a grande causa, das suas
patéticas vidas. Entre os mais (tristemente) famosos desses anti-semitas está
um cada vez mais enlouquecido Roger Waters, que quando não está a expressar ódio contra judeus ao ponto de os comparar a… extra-terrestres (!!) condena os EUA e
o seu actual presidente por exigirem que o ditador Nicolás Maduro e a sua «corte» corrupta abandonem o poder na Venezuela.
Esta atitude
coerente e, sim, corajosa por parte da cantora de «Like a Virgin» contrasta com
a(s) que tomou a seguir à vitória de Donald Trump na eleição presidencial de
2016. Tal como muitas outras «celebridades», «estrelas» do entretenimento e da
«cultura», das artes e dos espectáculos, entrou em crises de histeria que a levaram a declarar que tinha pensado muito em fazer explodir a Casa Branca… e isto
depois de, ainda antes da votação de Novembro daquele ano, ter prometido sexo
oral aos homens que votassem em Hillary Clinton – e, sem surpresa, não cumpriu essa
promessa. A boa acção que sem dúvida fez agora compensa as más palavras que
então disse? Os leitores – e ouvintes – que decidam. É igualmente interessante
apontar que Madonna, ao contrário de muitos dos seus colegas de ofício
audio-visual, cumpriu, pode dizer-se, uma outra promessa: a de deixar de viver
nos EUA se o bilionário do imobiliário se tornasse no comandante-em-chefe. Veio
para Portugal em 2017, e não faltaram a partir daí as notícias e as reportagens
sobre a sua vida e as dos seus filhos no nosso país, algumas nem sempre
favoráveis para ela e/ou para nós.
O mais recente nessa série de destaques
mediáticos é uma entrevista que deu ao New York Times, a propósito
principalmente do seu novo álbum, «Madame X», mas também dos 60 anos de idade
que completou em Agosto de 2018. A sua afirmação de que achou (acha?) Lisboa
algo «fechada» e até «medieval» não deixou de causar, como seria de esperar, controvérsia,
mas interessou-nos mais outra: a de que Donald Trump está entre os actuais líderes
mundiais notórios que estão, supostamente, a «remover sistematicamente todas as nossas liberdades individuais». Outra justificação para, talvez em breve,
ir mesmo tentar fazer explodir a Casa Branca? O Serviço Secreto que se acautele…
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