Mais
um dia 11 de Setembro que vem e vai no calendário, o que significa mais um
(infeliz) aniversário do mais grave atentado terrorista da História; e também
mais uma ocasião, mais um pretexto, como se tal ainda fosse necessário, para
alertar contra o recorrente risco, o permanente perigo que constitui o
extremismo islâmico. Antes daquela data em 2001 outros ataques perpetrados por
seguidores de Maomé aconteceram, depois outros (mais ainda) aconteceram. Porém,
muitos talvez não se apercebam de que os crimes cometidos por muçulmanos não se
limitam às grandes mortandades, tentadas e/ou concretizadas, como as de Barcelona,
Berlim, Bruxelas, Londres, Manchester, Moscovo, Nice, Paris… e, fora da Europa,
as que regularmente ocorrem no Afeganistão, no Paquistão, em Israel, e não só.
Em praticamente todos os dias se sucedem no Velho Continente desobediências,
insultos, agressões, violações e homicídios «simples» perpetrados por
obedientes ao Corão. A lista desses «incidentes» (que eu tenho vindo a
compilar) é cada vez maior, mas raramente ou nunca eles são objecto de notícia
na comunicação social (portuguesa, e não só).
A
«fase moderna», mais recente, da «guerra santa», da jihad, declarada pelos
adoradores de Alá contra o Ocidente judaico-cristão, começou em 1979 no Irão
com o derrube do regime monárquico do xá Reza Pahlavi e a ascensão ao poder do ayatollah Ruhollah Khomeini e do seu bando de clérigos fanáticos. A então nova
«república islâmica» não demorou a demonstrar as suas intenções, com o assalto
à embaixada dos EUA, a fatwa contra Salman Rushdie e o apoio a organizações
terroristas como o Hezbollah a caracterizarem um «modelo» de actuação que,
infelizmente, vários viriam a adoptar e a expandir. Nos quase 40 anos que desde
então passaram nenhuma administração norte-americana fez tudo o que podia – e
devia – para combater e até destruir a ameaça vinda de Teerão. Porém, a inacção
e a incompetência foram substituídas, nos mandatos de Barack Hussein Obama, por
apologia e até colaboracionismo. A sua presidência ficou também marcada, no
início, pelo desprezo demonstrado pelos que em 2009 se manifestaram no Irão contra o obscurantismo, e, no término, pelo «acordo» que, supostamente, suspenderia e até cessaria o programa nuclear dos «ai-as-tolas» - «acordo» esse
que implicou o pagamento, por Washington, de quase dois biliões de dólares em
«dinheiro vivo», isto é, em notas (carregadas em caixotes)!..
…
E, como qualquer pessoa minimamente sensata (ou seja, sem ser de esquerda)
seria capaz de prever, tal não diminuiu os ímpetos belicistas na ancestral
terra persa. Em Janeiro de 2016, John Kerry garantiu que todas as vias de
obtenção, por parte dos iranianos, de armas atómicas estavam «fechadas»; mas um
ano e meio depois, e num «desafio directo» a Donald Trump, Teerão assegurou que
poderia, se quisesse, retomar «em horas» o seu programa nuclear. Entretanto, no
inicio deste mês, testou o seu sistema de «defesa» por mísseis de longo alcance, o que é considerado uma «prioridade de topo» pelos xiitas… também,
presume-se, por aqueles poderem atingir Tel-Aviv em apenas sete minutos; e três
cidadãos norte-americanos viram confirmadas as suas sentenças de dez anos de prisão, do que se pode deduzir que o dinheiro do «resgate» pago por Obama
não chegou para libertar todos… mas talvez tenha sido suficiente para parar com
os ataques informáticos ao Departamento de Estado. A semelhança
entre o que acontece actualmente com o Irão e o que aconteceu com a Coreia do Norte há duas décadas não é totalmente coincidência: então também um presidente
democrata (Bill Clinton) acreditou que seria possível «comprar» o bom
comportamento de uma ditadura, e agora vê-se o que a dinastia Kim consegue
fazer: nada mais nada menos do que detonar bombas de hidrogénio e disparar
mísseis sobre o Japão. E – pormenor tragicamente ridículo – algumas das pessoas que «negociaram» com Pyongyang também «negociaram» com Teerão! Pior, os dois países estarão a colaborar um com o outro!
Se
e quando o Irão fizer explodir uma bomba nuclear todos deverão dizer «obrigado,
Obama!»… tal como se disse – e, se não, deveria-se ter dito - «obrigado,
Clinton!» pela nuclearização da Coreia do Norte e por Osama Bin Laden não ter
sido neutralizado antes de 2001. Ao Nº 44 devemos igualmente «agradecer»: no
plano nacional, o agravamento das tensões raciais para níveis nunca vistos desde
a década de 60; e, no internacional, a
destruição do Estado líbio que causou o ataque mortal ao consulado de Benghazi (cujo aniversário, nunca esquecer, também se assinala hoje) e a invasão da Europa por milhares de imigrantes ilegais (entre os quais se
esconde(ra)m bastantes terroristas), e os graves danos na saúde sofridos por funcionários da embaixada dos EUA em Havana, primeiro «benefício» assinalável
do restabelecimento das relações diplomáticas com o regime castrista cubano.
Não que o senhor Hussein reconheça e se arrependa do que (não) fez: na semana
passada criticou o seu sucessor por este ter suspendido a aplicação da DACA –
decisão completamente justificada porque aquela foi uma ordem executiva
inconstitucional – e assim ter «devolvido» o assunto (reforma da politica de
imigração) aos que têm legitimidade para tratar dele, ou seja, os congressistas
na Casa e no Senado. O atrevimento, o descaramento de BHO é ainda de assinalar
por, previamente, e várias vezes, ter declarado não ter autoridade legal para
fazer… o que acabou por fazer, e, quando o fez, ter notado que se tratava de
uma solução temporária!
A
constante reversão de opiniões e de posições, a permanente hipocrisia, não é de
admirar para quem acompanhou com atenção a política norte-americana entre 2009
e 2017. Afinal, o anterior presidente «destruiu a vergonha enquanto ferramenta política», viu «a realidade vencê-lo» e tem um «universo moral desequilibrado»;
deixou atrás de si um «legado de mentiras e de morte» que «diminuiu a América»
e que «quebrou (em pelo menos dez maneiras)» o seu sistema, ao liderar uma
administração em que abundaram os escândalos, resultantes do abuso do poder estatal, em especial o recrudescimento da vigilância sobre os cidadãos. No
entanto, para a posteridade ficarão igualmente afirmações como a de a chamada
muçulmana para a oração ser «um dos mais bonitos sons da Terra» e a de que «o
futuro não deve pertencer aos que caluniam o profeta do Islão». Palavras para
recordar enquanto se reverem as imagens dos aviões a colidirem com as torres do
World Trade Center.
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