Um
pouco mais tarde do que tem sido habitual, o que se deve não só ao novo «ritmo»
do Obamatório depois de Barack Obama ter deixado de ser presidente dos EUA mas
também ainda à disrupção causada pela censura de que fui alvo num artigo escrito originalmente para o Público sobre os EUA no início da «era Donald Trump», eis finalmente a minha
retrospectiva (mais ou menos) anual dos meus comentários em outros blogs
relativamente à situação na grande nação do outro lado do Atlântico…
…
Feitos, concretamente, nos seguintes espaços: Aventar (um, dois, três, quatro,
cinco); Delito de Opinião (um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito,
nove, dez, onze, doze, treze, quatorze, quinze, dezasseis, dezassete); Escrever
é Triste (um, dois); Era uma Vez na América; Corta-Fitas; Estado Sentido; Horas Extraordinárias. Os
temas incluiram: (des)controlo de armas; (falsas) «alterações climáticas»; violência
dos «democratas» e «progressistas»; (falsos) «crimes de ódio»; presença
americana no Iraque; o desenrolar das eleições presidenciais; (diferentes)
«balanços» da presidência de Barack Obama; terrorismo islâmico; (deficiente)
cobertura jornalística dos EUA em Portugal; hipocrisia dos «activistas
ecológicos»; quem é que, de facto, mostrou-se «flexível» com a Rússia; Nixon
perante a China, Obama perante o Irão; início da presidência de Donald Trump; a
«cultura», ou falta dela, do anterior presidente dos EUA.
Mesmo
tratando-se de blogs, e/ou de colaboradores de blogs, que possam eventualmente
ter opiniões, posições, diferentes das que eu expresso nestes e noutros
comentários, o certo é que – e isso é sempre de louvar – aqueles permitem que esses
comentários (meus e de outros) sejam publicados, e frequentemente proporcionam discussões…
mais ou menos pacíficas. Porém, que
dizer daqueles espaços na Internet que abordam igualmente, entre outros, temas
relativos aos EUA, mas que não permitem comentários? Já os referi mais do que
uma vez, e em especial um… o Sound + Vision de João Lopes. Ainda em Novembro passado mencionei o seu «esquecimento» de graves, reprováveis, afirmações de
Madonna… Depois disso, as «postas» contra Donald Trump e o Partido Republicano
têm-se sucedido com alguma regularidade… embora nem sempre com relevância. Na mais
recente mensagem que lhe enviei, a 18 de Janeiro último (e que, como quase
sempre aconteceu, não teve resposta), escrevi o
seguinte: «nem sempre
considero justificado contactar os autores do Sound + Vision por causa de
textos nele publicados, embora vários me suscitem regularmente dúvidas e mesmo
desacordos. Porém, posso abrir excepções com aqueles em que os disparates são
evidentes, como este... Que começa logo por ter um título... insólito - não
tenho ideia de alguma vez o próximo presidente dos EUA ter tentado ser crítico
musical. E passo por cima de expressões pueris como “pior banda do Mundo” e “sensibilidade
rastejante” para me focar no que é, aqui, essencial - a afirmação “ficamos com
uma certeza: durante quatro anos, a Casa Branca vai empenhar-se em alhear-se
das dinâmicas da cultura pop”. Duas questões (que me vejo forçado a colocar,
novamente, por mensagem electrónica, já que o vosso blog continua a
não aceitar comentários)… Primeira, como é que ficaram com essa certeza? Alguma
fonte da equipa de Donald Trump vos garantiu isso? Ou têm a capacidade de
adivinhar o futuro? Segunda, porque é que a Casa Branca não deve “alhear-se das
dinâmicas da música pop”? Acaso não há assuntos mais importantes a tratar por
parte do governo federal norte-americano? Que prejuízos graves adviriam desse
suposto “alheamento”? É certo que Barack Obama não se alheou da cultura pop -
tanto que até acolheu na Casa Branca artistas com linguagem tão ou mais
desagradável do que aquela demonstrada por Donald Trump. E se este (e/ou a sua
equipa) não conseguiu assegurar mais artistas famosos para a sua inauguração e
terá de se “contentar” com os 3 Doors Down, tal se deveu principalmente - como
talvez o senhor saiba - ou a divergências ideológicas por parte de uns
artistas, ou a outros terem sido insultados e/ou ameaçados de morte quando se
soube que haviam sido convidados e/ou haviam aceite o convite - são os casos de
Andrea Bocelli e de Jennifer Holliday. Vai o João Lopes, no S + V e/ou no
Diário de Notícias, referir e condenar tais actos? Pouco provável, dado
que, até agora, nunca mencionou o (muito desagradável) facto de Madonna ter
feito a promessa - que depois não cumpriu - de fazer um fellatio a
todos os homens que votassem em Hillary Clinton.»
Muito
pior, no entanto, do que não admitir comentários num blog é admiti-los…
selectivamente. Foi o que aconteceu no Escrever é Triste, e, mais
concretamente, com um dos seus colaboradores, Manuel S. Fonseca; ao contrário
de Guiherme Godinho e de Pedro Norton, outros dois «blogueiros» do EeT, que
publicaram comentários meus e comigo estabeleceram diálogos cordiais (ambos,
aliás, são mencionados na lista acima), o editor da Guerra & Paz está desde
7 de Fevereiro (!) por publicar o
seguinte comentário meu a este seu texto: «”Donald Trump não é capaz de um pingo de
bondade. (…) Donald Trump rejeita de forma liminar e revolucionária a ideia de amar
o próximo como a si mesmo.” Bastou uma rápida pesquisa para encontrar exemplos que desmentem estes
disparates. Por exemplo, aqui… Ou aqui… Ou ainda aqui… É verdade: não há pior cego do que aquele que
não quer ver. Há pessoas que preferem aos factos as (suas) fantasias, os (seus)
preconceitos…. e por isso mais facilmente acreditam nas “fake news”». Uma
constatação que, evidentemente, não se aplica someste a este caso. E que explica
igualmente porque é mais provável que essas pessoas façam censura.
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