terça-feira, 10 de janeiro de 2017

A mais estúpida de 2016

Que fique desde já informado, esclarecido, anunciado: é de Barack Obama a frase mais estúpida de 2016. E não é apenas por neste último ano da sua presidência eu ter decidido que ele, retoricamente, se iria despedir, «em beleza»… na verdade, mais «em tristeza»: de facto, é mesmo dele a afirmação mais absurda, mais ilógica, mais ofensiva, que foi proferida, no ano passado, no âmbito da actualidade política dos EUA. E como foram várias, para além da «vencedora», as inanidades que ele proferiu, a sexta e última (?) edição desta rubrica no Obamatório, desde 2012 a abrir Janeiro neste blog, vai ser inteiramente dedicada ao (ainda) comandante-em-chefe, a apenas 10 dias de abandonar, finalmente, a Casa Branca (mas não Washington)…
… E pode-se começar por aquelas que, em si mesmas, literalmente, não são efectivamente tão ridículas assim, mas que acabam por o serem ao denotarem e defenderem qualidades e valores que ele próprio não tem e/ou não segue. Algumas das mais descaradas nesse âmbito foram ditas durante a campanha presidencial, e já haviam sido aqui referidas. Barack Obama instou a que os republicanos «pagassem o preço» de causarem «bloqueio» («gridlock»), ou seja, de exercerem os seus normais direitos de oposição; acusou DJT, imagine-se, de não respeitar a Constituição por (supostamente) ameaçar encerrar jornais que não dizem o que ele gosta, prender oponentes ou discriminar pessoas de diferentes crenças – tudo actos, note-se, que ele próprio e a sua administração fizeram, ou tentaram fazer, nos últimos oito anos. Segundo o Sr. Hussein, o seu sucessor não conhece verdadeiramente o documento fundamental do país, e empola a sua própria capacidade em relação à dos seus colaboradores – algo de que BHO também é «culpado». Sobre a intervenção de James Comey e do FBI durante a campanha, o (ainda) comandante-em-chefe assegurou que «não operamos com base em insinuações» (a sério?!). Garantiu que nunca pensou que a república estaria em risco se John McCain ou Mitt Romney tivessem sido eleitos – embora a propaganda dos democratas em 2008 e em 2012  desse a entender o contrário. Queixou-se de que Donald Trump «gasta(va)» muito tempo junto de celebridades» (acaso não há outro homem - um presidente ainda em funções – notório por isso?); alvitrou que Vladimir Putin é «compincha («buddy») daquele – mas quem é que prometeu maior «flexibilidade» ao actual presidente da Rússia?
… O que é incorrecto, não só por existirem, efectivamente, verdadeiras ameaças existenciais, mas também por Barack Obama e os seus apaniguados terem passado quase todo o período da sua presidência a alertarem para uma «ameaça existencial»… inexistente: as «alterações climáticas». Obsessão que também proporcionou algumas bem estúpidas «flores de retórica»: «se tu vês o oceano a subir pelas ruas como podes negar o que está em frente de ti?» (sobre uma eventual, ou inexistente, inundação em Miami, que sem dúvida o «Messias» conseguiria parar, pois foi o que prometeu quando foi eleito em 2008); «quando os cientistas nos dizem que o planeta está a ficar mais quente, vamos fazer algo quanto a isso, porque não queremos que Manhattan fique debaixo de água» (BHO a pensar que o filme «O Dia Depois de Amanhã» era um documentário); «nós podemos curar o cancro, mas se as temperaturas subiram dois, três graus à volta do planeta, quatro graus, e os oceanos estão a subir, vamos ter mais problemas do que aqueles que a ciência médica pode curar».
Para aqueles que pensam que a frase mais estúpida só pode ser uma em que se diz que uma eventual cura do cancro seria irrelevante no contexto (imaginativo) de um aumento de temperatura e de uma subida de marés, eu digo… que estão enganados. A declaração mais estúpida de 2016, dita por Barack Obama, tem como tema outra obsessão muito cara (em mais do que um sentido) e muito querida dos democratas: o controlo de armas. «Apreciem-na» na sua «plenitude», em todo o seu «esplendor» de falta de inteligência, de insulto à sensatez, e de pura e simples mentira: «nós inundamos as comunidades com tantas armas que é mais fácil para um adolescente comprar uma Glock do que pôr as mãos num computador, ou mesmo num livro». É de acrescentar que tal «monumento» à demagogia mais descarada foi «erigido», para agravar a situação, numa cerimónia de homenagem, realizada em Dallas a 12 de Julho, a cinco polícias mortos por um só assassino, e onde o Sr. Hussein se mostrou prolífico em falsas asserções e comparações. Aliás, ele reconheceu recentemente que o seu maior «falhanço» enquanto presidente foi não ter assegurado um maior (ou o completo?) gun control. E ainda bem! 

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