sábado, 16 de julho de 2016

Nem as europeias

(Uma adenda no final deste texto.)
No passado dia 7 de Julho, em Dallas, cinco polícias foram mortos e nove foram feridos por Micah Johnson, um negro, veterano do Afeganistão, um autêntico racista - ao contrário do que ridiculamente afirmou Marc Lamont Hill - e genuíno terrorista, que, previamente, anunciara a sua vontade e intenção de matar brancos, e em especial agentes da autoridade. Numa cruel ironia, o crime ocorreu aquando de uma manifestação (que decorria pacificamente) naquela cidade do Texas contra as mortes, por elementos das polícias do Louisiana e do Minnesota, de mais dois cidadãos afro-americanos; ou seja, mais dois pretextos para os habituais demagogos e agitadores, que incluem Kamala Harris, procuradora-geral da Califórnia e candidata democrata ao Senado, alegarem irresponsavelmente que existe o objectivo deliberado, ou, pelo menos, uma tendência predominante, por parte de homens e mulheres em uniforme, de atirarem sobre, e matarem, negros – uma falácia persistente que foi recente e comprovadamente desmentida num estudo realizado por um académico afro-americano! Nos dois dias seguintes, nos Estados da Geórgia, do Missouri e Tennessee, outros polícias foram alvejados. Entretanto, na «terra dos dez mil lagos», elementos locais do «Black Lives Matter» exigiram, nem mais nem menos, do que o desmantelamento do departamento da polícia!
Joe Walsh, ex-representante do Illinois pelo Partido Republicano, e o New York Post foram acerbamente criticados (à esquerda) pelas suas reacções ao ataque em Dallas: o primeiro emitiu um tweet (que depois apagou, mas não a tempo de evitar que ficasse registado) em que afirmava «isto agora é guerra»; o segundo colocou, na sua capa do dia 8, as palavras «guerra civil». Que, efectivamente, existe nos Estados Unidos da América, e não é de agora, como afirmei em texto, aqui no Obamatório, publicado em Abril do ano passado, concretamente «uma segunda guerra civil, mais uma vez por culpa dos democratas, que, com as suas (más) posições em áreas e em assuntos fundamentais, têm vindo a colocar em causa seriamente a coesão, a integridade e o desenvolvimento da nação. Agora a luta não envolve literalmente canhões e espingardas mas outras armas, de outros tipos… políticos, judiciais, administrativos e burocráticos, económicos e demográficos.» Entretanto, a luta, de facto e infelizmente, passou mesmo a envolver armas de fogo. Não que, reitero-o, elas sejam indispensáveis na guerra que a «sinistra» norte-americana promove e pratica, e com posições, creio, em que nem as suas congéneres europeias, em particular a portuguesa, se revêem. Atrever-me-ia (e atrevo-me) a supor que quase todos os dirigentes e os militantes do PCP, do BE e do PS ignoram que no PD: se contesta e se combate a utilização obrigatória de cartões de identificação em eleições; se defende a imigração em larga escala, sem penalizações para os que entram ilegalmente no país, e, pelo contrário, a concessão àqueles de diversos benefícios, incluindo na segurança social e na educação; se propõe o silenciamento (não acesso aos órgãos de comunicação social e às escolas) e até mesmo a prisão dos que não acreditam na existência de «aquecimento global»; se enaltece e se estimula o aborto em qualquer fase da gravidez, incluindo no fim da gestação, aos nove meses, com a criança prestes a nascer…
… E, sabendo-se isto tudo, não é propriamente surpreendente que os «progressistas» norte-americanos, sempre na procura de novos limites de depravação e de loucura para superar, tenham decidido abrir uma nova «frente» na sua guerra permanente aos mais básicos conceitos e fundamentos civilizacionais: as casas de banho. Na sequência da votação e da aprovação, com acalorada discussão, de «leis de liberdade religiosa» em Estados como a Carolina do Norte e a Geórgia, propostas para tentar contrariar a imposição, pelo governo federal, da «agenda LGBT», a actual administração, através do Departamento de (Des)Educação, enviou uma carta a todas as escolas do país «sugerindo» - na verdade, exigindo – que as «pessoas transgénero» devem aceder ao lavabo (e ao balneário, e ao vestiário) que corresponda(m) à sua «identidade de género escolhida» - ou seja, mesmo sem ter efectuado qualquer cirurgia, qualquer homem que diga ser mulher (e vice-versa) deve poder penetrar… onde quiser. E porquê? Porque, para os «liberais» do outro lado do Atlântico, e tal como foi expresso por Loretta Lynch, «discriminar» (a entrada em determinadas instalações) por sexo é tão grave e condenável como discriminar por raça ou etnia! Mais uma vez, é a «homossexualização» forçada da sociedade a ser implementada sob a forma de oposição à «heteronormatividade»: se a existência de machos e de fêmeas é geradora de conflitos, então que cada um(a) passe a ser um ou outro onde e quando quiser, ou qualquer outra das muitas (?) coisas que ficam entre os dois
É um novo cúmulo da hipocrisia o facto de praticamente as mesmas pessoas que ainda recentemente alertavam para a existência (não demonstrada) de uma «cultura da violação» («rape culture») nas universidades (e não só) dos EUA estejam agora a favorecer a propagação, a outros níveis, dessa «cultura», a criar as condições para que aquela realmente exista! Porque, obviamente, nunca faltaram nem faltarão os tarados, criminosos, que, aproveitando mais esta «mudança de mentalidades» e alegando que são «mulheres», mais facilmente conseguirão os seus intentos… a não ser que sejam apanhados e impedidos a tempo. Casos documentados e noticiados não faltam: é um aqui, outro ali, cinco cá, vinte e cinco acolá… Para além disso, o que também já não espanta, não houve escassez de políticos, «artistas» e até organizações que não só manifestaram o seu apoio ao «direito» de se escolher a retrete onde se quer urinar e defecar mas também, incrivelmente, ameaçaram ou concretizaram mesmo boicotes aos Estados onde isso estava a ser posto em causa. Porém, várias dessas individualidades e instituições mostraram ter «telhados de vidro» porque, enquanto se insurgem contra a falsa homofobia de cristãos, seus compatriotas, que apenas não querem participar em casamentos contra-natura e em outras manias desviantes, não se lhes conhece um protesto contra a verdadeira homofobia de (países) muçulmanos e comunistas, que assassinam LGBT’s só por o serem, e junto dos quais actuam e fazem negócios. Destacam-se, nessa autêntica galeria da infâmia, Andrew Cuomo, Bryan Adams, Cirque du Soleil, Javier Gonzales, Marvel, NBA, PayPal e Walt Disney.
É degradante, deprimente, e mais um indicador do quanto os EUA foram «transformados fundamentalmente», que várias e importantes entidades do país sejam dirigidas, aparentemente, não por gestores competentes mas sim por «guerreiros da justiça social» incoerentes. No entanto, se eles não hesitam em fazer das empresas como que «máquinas de guerra» que tomam (parte d)os consumidores como alvos, então estes devem ripostar recorrendo às melhores «armas» que têm: as suas carteiras.
(Adenda – Ontem, 18 de Julho, os noticiários das 13 horas na RTP e na SIC (não me foi possível verificar se aconteceu o mesmo no da TVI) passaram reportagens sobre o início da Convenção do Partido Republicano, que decorre este ano em Cleveland; em ambas foi dado «tempo de antena» aos manifestantes, esquerdistas, democratas, que já se encontram naquela cidade, contra o PR e contra Donald Trump, para expressarem as suas «opiniões»… e em ambas não se ouviu um único apoiante de um e de outro. Também nos dois noticiários se fez referência a mais um ataque a polícias, desta vez em Baton Rouge, no Louisiana, que causou três mortos – soube-se depois que o atirador foi membro dessa «tolerante», muçulmana, «nada radical» organização que é a Nação do Islão. Entretanto, verificaram-se outros ataques, em Milwaukee e em Kansas City, tendo dois agentes da autoridade ficado feridos. É evidente que nunca ocorreria a certos «jornalistas» das televisões portuguesas apontar o facto de que muitos dos que protestam contra os «elefantes» também incitam à violência contra polícias, e até «justificam» os assassinatos destes – como é o caso de um «redactor» do ThinkProgress, organização que, nunca é de mais lembrar, é financiada por George Soros.)     

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