quarta-feira, 17 de junho de 2015

O «oposto da sua intenção anunciada»

Outro dos comentadores preferidos do Obamatório, e uma presença constante neste desde o início, é Andrew Klavan. Escritor de policiais de profissão (dois dos seus livros foram adaptados ao cinema, um protagonizado por Clint Eastwood e outro por Michael Douglas), a argúcia, coragem e humor tornam as suas intervenções sobre a actualidade política, social e cultural particularmente marcantes e relevantes, em especial quando apresentadas sob a forma audiovisual…
… E, tal como aconteceu em relação a Ben Shapiro, escreveu recentemente um – importante – artigo em que, de forma sucinta e perspicaz, descreve quase na perfeição o carácter (ou falta dele) dos esquerdistas-liberais, e as características e as consequências das suas ideologias e objectivos. Intitulado «”Sim” significa opressão», começa por referir que «durante anos, os supostos liberais foram-no a respeito de apenas uma coisa. Eles não eram liberais a respeito das ideias que você tinha, não eram liberais a respeito das palavras que você falava, não eram liberais a respeito de quanto dinheiro você ganhava ou de como você decidia gastá-lo… e isto porque eles queriam tirar o seu dinheiro através da força do governo para eles poderem decidir como iriam gastá-lo. Eles não eram liberais, de facto, a respeito de nada… com excepção do sexo.»
Porém, até essa excepção, aparentemente, parece estar à beira da extinção: Andrew Klavan aponta, como justificação, uma decisão tomada nos Estados da Califórnia e do Connecticut que impõe a obrigatoriedade de (d)o(i)s estudantes universitários estabelecerem um «acordo afirmativo, consciente e voluntário» antes de terem relações sexuais – como forma de «prevenir», de evitar, eventuais acusações posteriores de assédio e/ou assalto. Por outras palavras, «segue uma “clássica” progressão liberal desde a crise falsa até à opressão. Neste caso, a crise falsa é a epidemia de violações nos campus (universitários).» Conclusão? «Tudo o que os progressistas fazem – tudo, realmente – produz o oposto da sua intenção anunciada. O seu apelo à liberdade sexual levou à opressão sexual. Os seus programas sociais fecharam os pobres numa pobreza geracional. As suas tentativas de tornarem as mulheres fortes e independentes criaram raparigas “flocos de neve” trémulas encolhidas em “espaços seguros” com medo de serem detonadas. As suas campanhas anti-racistas aumentaram o racismo em ambos os lados. As suas tentativas de melhorar as vidas dos negros através do condicionamento da polícia mergulhou os bairros negros em crime e violência crescentes. Os seus esforços de aumentar a igualdade económica criaram uma classe de super-ricos de elite ao mesmo tempo que congelaram os outros. Os seus ataques à religião levaram ao aumento da opressão religiosa. Os seus esforços para trazer a paz espalharam a guerra.»
Andrew Klavan inseriu ligações para fontes, textos, notícias, que são demonstrações das suas asserções. O que, aliás, não é difícil. Exemplos não faltam, e têm aumentado assustadoramente desde que Barack Obama é presidente. O Nº 44, aliás, é como que uma personificação das (auto?) ilusões que a esquerda norte-americana (e não só) constantemente constrói e, depois, deixa cair. AK, em outro artigo, reflecte sobre como no filme «A Entrevista» se estará talvez a tentar, inconscientemente, subliminarmente, «corrigir», aperfeiçoar (virtualmente) o actual ocupante da Casa Branca. Outros são menos sofisticados, subtis… e bem-humorados: para Charles Hurt, Obama age como um criado («valet») que «trabalha» para comunistas, terroristas e cantores de playback.
Excessivo? Não, se nos lembrarmos, com a ajuda de (novamente) Ben Shapiro e de W. James Antle III, que o Sr. Hussein classificou de «aleatórios» («random») os ataques, em Janeiro, de muçulmanos extremistas a um jornal satírico e uma loja judaica em Paris, cidade a que, posteriormente, não compareceu para se juntar a outros líderes mundiais numa manifestação de repúdio pelo terrorismo, preferindo, como notou Joel B. Pollak, ficar a ver futebol pela televisão - uma ausência, e uma decisão, que, para Byron York, não foi um lapso. Enfim, a ideia de que ele é o «primeiro presidente judeu» (!) só poderá ser, se não uma piada (de mau gosto), então a expressão de mais uma «(boa) intenção» que terá – ou já está a ter – um resultado oposto. E que, com as outras, estarão a «encher» um «Inferno» particular: o dos desastres - nos EUA e no Mundo - causados pelos democratas.  

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