quarta-feira, 19 de junho de 2013

«D» de degenerescência

(Duas adendas no final deste texto.)
Não vale a pena perder tempo manifestando surpresa, ou até indignação, pelo facto de os mesmos democratas que antes diabolizaram George W. Bush, Dick Cheney e os republicanos em geral, por escutas específicas, limitadas, a suspeitos de terrorismo ao abrigo do «Acto Patriota», agora jurarem que não estão preocupados pelo facto de a National Security Agency, sob o presidente Barack Obama (tão diferente do senador Barack Obama), estar a recolher informações dos registos telefónicos e electrónicos (correio, sítios e média sociais como Facebook, Twitter, e YouTube…) de todos os norte-americanos.
E porquê? Porque, afinal, são os mesmos democratas que se mostraram horrorizados com o waterboarding (que não matou fosse quem fosse) mas não se mostram perante a utilização de drones que mata(ra)m dezenas de pessoas – nomeadamente quatro cidadãos norte-americanos – e não apenas suspeitos ou culpados de terrorismo, mas também inocentes que acabam por ser «danos colaterais»; são os mesmos que grita(va)m histericamente que o GOP declara(ra) uma «guerra às mulheres» por discordar que pílulas contraceptivas e abortivas sejam pagas com o dinheiro dos contribuintes e oferecidas gratuitamente, mas ficam em silêncio perante as várias, verdadeiras e continuadas atrocidades feitas às mulheres em países muçulmanos.  
Os democratas não têm qualquer noção de coerência, de consistência, de decência; não têm qualquer sentido do ridículo; são absolutamente desavergonhados. São capazes de dizer as piores ofensas e as maiores mentiras com o aspecto mais sério do mundo… e, pior, são capazes até de acreditar nelas. O seu «D» é também de degenerescência, que trazem a tudo o que tocam – vejam-se as cidades e os Estados (Detroit, Nova Orleães, Califórnia, Illinois) que eles arrastaram para o caos da violência e da bancarrota – e, agora, estão a tentar aplicar a sua «receita para a catástrofe» em todo o país, através principalmente da implementação do «ObamaCare», mas não só. Os democratas têm «regras» próprias, que mudam constantemente segundo as suas conveniências. O que vale para os outros não vale para eles; eles podem dizer e fazer o que os outros não devem.
Os exemplos, as provas disso, não faltam; pelo contrário, são cada vez mais. Eric Holder mandou vigiar jornalistas (da Associated Press) e para um em especial (James Rosen, da Fox News) pediu um mandato a um tribunal por aquele ter tido, supostamente, um comportamento criminoso… Que faz Barack Obama para averiguar responsabilidades? Ordena a Holder que investigue… a sua própria investigação! No que, sem dúvida, será «isento»! Entretanto, o procurador-geral não se lembra de melhor para reatar as boas relações com os jornalistas do que… convidá-los para uma conversa off the record! E, quando questionado em audiência no Congresso sobre se o Departamento de Justiça espia(va) membros daquele (representantes e senadores), Holder… recusou-se a responder! O que equivale a dizer «sim»! Entretanto, Susan Rice, que mentiu em cinco programas de televisão sobre as causas do ataque a Benghazi, foi nomeada conselheira nacional de segurança do Sr. Hussein, o que a dispensará de prestar depoimento no Congresso; também outros e mais importantes cargos têm, não um, mas dois altos funcionários do IRS envolvidos na perseguição a organizações conservadoras. «(i)Moral» da história? Sejam uns sacanas e serão «punidos»... com promoções.
A Casa Branca «celebra» o Dia da Mãe… exaltando o facto de «uma em três mulheres com menos de 65 anos» terem acesso, com o «ObamaCare», a pílulas contraceptivas – o que significa, literalmente, que rejeitam ser mães. Mitt Romney era ignóbil por, alegadamente, ter contas off shore… mas Michael Froman, nomeado por BHO para Secretário do Comércio, não o é, apesar de ter quase meio milhão de dólares num fundo com sede nas ilhas Caimão. Noutra Secretaria, a de Estado, e durante a liderança de Hillary «que diferença é que faz» Clinton, foram admitidos agentes com cadastro criminal e encobertos casos de funcionários envolvidos em solicitação de prostituição e tráfico de droga. O que pode também explicar a péssima prestação aquando do ataque a Bengahazi, ocorrido a 11 de Setembro último, mas que, segundo Howard Dean, aconteceu «há ano e meio». Também Jay Carney, em patética – e inútil – tentativa de desvalorizar o atentado e o consequente escândalo, disse que aquele ocorrera «há muito tempo»… o mesmo Jay Carney que afirmou, sem se rir ou ruborizar, que Barack Obama cumprira as suas promessas de introduzir uma «grande (maior) e significativa transparência»…  
Apesar de alguns «arrufos» ocasionais, não há dúvida de que existe – que continua a existir – uma consonância, uma confluência de vontades, de palavras e de actos entre o «chefe» e as suas «tropas», que vai ao ponto, se for preciso, de redefinir a «transparência»… não no sentido de a aumentar na própria «casa» mas sim na dos outros, dos adversários! Veja-se a colocação de dispositivos de escuta na sede de campanha de Mitch McConnell no Kentucky, que viu as suas conversas gravadas e divulgadas no pasquim esquerdista Mother Jones (o mesmo que divulgou Mitt Romney a falar dos «47%»): Curtis Morrison, que se auto-denomina de «activista liberal» e admite ter-se inspirado em… Julian Assange (!), confessou ter sido ele o culpado, e não só não está arrependido como, orgulhoso, voltaria a fazê-lo! E, no entanto, os da sua laia não param, há quarenta anos, de invocar constantemente Watergate como anátema dos republicanos – um caso que envolveu o assalto à sede do DNC para roubar documentos e colocar… dispositivos de escuta! Está, pois, aparentemente explicado este novo (?) entusiasmo ou até mesmo «amor» dos democratas com as vantagens e as «virtudes» da vigilância electrónica generalizada. Que, nunca é demais salientá-lo, vai actualmente muito para além do que a administração de George W. Bush propôs, planeou e practicou, como o confirmaram tanto Glenn Greenwald, jornalista do Guardian que revelou o programa da NSA, como James Sensenbrenner, representante republicano do Wisconsin que foi o redactor principal do Patriot Act.
No entanto, toda esta parafernália tecnológica não foi suficiente para impedir os ataques dos irmãos Tsarnaev em Boston e de Nidal Hasan em Fort Hood… e todos eles deixaram antes dos seus crimes um «rasto digital» - mensagens, vídeos – apreciável. Além disso, e no caso dos irmãos, os russos avisaram os norte-americanos por mais do que uma vez! E não era suposto que a «guerra ao terror» - uma expressão, aliás, que esta administração evita utilizar – ter terminado, ou estar a terminar? Morto Bin Laden, não estava a Al Qaeda derrotada, ou quase? Então, porquê este recrudescimento na «monitorização»? É evidente que esta, conduzida pela NSA mas não só, não é tanto para combater terroristas estrangeiros mas sim mais para controlar cidadãos nacionais – aliás, as mesquitas nos EUA estão alegadamente «dispensadas» das escutas. Aos fundamentalistas e bombistas islâmicos Barack Obama prefere oferecer a paz… e é por isso que esta semana representantes seus vão iniciar conversações com os talibã no Qatar, apesar de os aliados da Al Qaeda já terem reivindicado a autoria de um ataque, ontem, à base aérea de Bagram, no Afeganistão, que matou quatro soldados norte-americanos. A capitulação é tão degradante que até Hamid Karzai se recusou a participar nas negociações!
Cada vez mais se torna evidente e indiscutível que o Partido Democrata é – aliás, sempre foi – não um mas «o» grande problema nos EUA. Pelo que, a não ser que os norte-americanos se resignem definitivamente a um futuro duvidoso e sombrio, feito de envergonhada decadência e de disfarçada tirania, s(er)ão necessárias medidas drásticas e definitivas para resolver esse grande problema que tem um «D» como símbolo.
(Adenda – E a degenerescência continua… agora por «cortesia» de um court, o Supremo Tribunal dos EUA, que em pleno «mês do orgulho gay», decidiu «juntar-se às celebrações» e dar uma dupla victória aos homossexualistas e aos idiotas úteis heterossexuais (?) que os apoiam: primeira, activamente, através da declaração de inconstitucionalidade (de uma componente fundamental) do Acto de Defesa do Casamento; segunda, passivamente, pela recusa em pronunciar-se sobre a declaração de ilegalidade da «Proposição 8» da Califórnia. Esta acaba por constituir a decisão mais grave porque representa, na práctica, a ratificação de um acto ditatorial, a do juiz (homossexual) Vaughn Walker, que em 2010 atreveu-se a anular uma decisão tomada em referendo por mais de sete milhões de pessoas. Poder-se-á perguntar: não constitui o ST um órgão independente do governo federal, dos partidos, incluindo o democrata? Não será exagerado associar-se o principal tribunal norte-americano à degenerescência típica, intrínseca, do PD? Em resposta, há que dizer que já houve mais motivos para acreditar nessa equidistância… Um ano depois de ter tomado posse, no seu primeiro discurso do Estado da União, Barack Obama teve o descaramento de criticar os juízes do ST, e na sua presença! Foi uma pressão intolerável, inédita, inaceitável, que pode ter tido o seu principal resultado na decisão favorável ao «ObamaCare» declarada no ano passado. Hoje, 26 de Junho de 2013, foi (mais) um dia muito triste na história recente dos EUA. Foi mais um passo em frente… para o abismo, para a «transformação fundamental» preconizada pelo Nº 44.)
(Segunda adenda - Não vale a pena perder tempo manifestando surpresa, ou até indignação, pelo facto de os mesmos democratas que antes – em 1996 – aprovaram, assinaram e aclamaram o DOMA (a começar por Bill Clinton!), agora exultarem com a sua «ilegalização». Aguardamos «ansiosamente» pelos próximos matrimónios de Harry Reid com Chuck Schumer e de Dick Durbin com Robert Menendez, entre outros. A vaselina vai esgotar em Washington! Já a Nancy Pelosi e Maxine Waters, que preferirão sem dúvida celebrar a sua união na Califórnia, recomendo batom para o cieiro.)

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