Ontem
foi dia do maior acontecimento e espectáculo desportivo anual dos EUA… que é
simultaneamente o maior acontecimento e espectáculo televisivo anual dos EUA: a
(47ª) Super Bowl, a final do campeonato de futebol norte-americano, que este
ano teve lugar em Nova Orleães. E que foi ganha pelos Baltimore Ravens, por
34-31, contra os San Francisco 49’ers. Porém, o espectáculo musical do
intervalo acabou por suscitar quase tanto interesse como o jogo propriamente
dito, porque havia a curiosidade de saber se a artista convidada, Beyoncé, desta vez iria cantar ao vivo… mesmo! E, de facto, assim aconteceu...
…
Ao contrário do que ocorreu na inauguração do segundo mandato de Barack Obama,
quando – veio a descobrir-se depois de crescentes suspeitas – fez playback,
lipsynching… enfim, simulou, enganou, fez batota. Ou então, se quisermos ser
mais condescendentes, «guardou-se», resguardou a voz, para aquela que
considerou ser a ocasião, a cerimónia, mais importante! As críticas e as
condenações sucederam-se, mas também não faltou, incluindo em Portugal, quem previsivelmente a
«desculpasse» e desvalorizasse o ocorrido… A verdade é que é difícil não ver no
«desempenho» de Beyoncé em Washington no passado dia 21 de Janeiro como que um
símbolo, uma metáfora do que tem sido a presidência de BHO: um enorme fingimento,
uma colossal mentira, o dar a entender que algo está a acontecer… mas que não
está. Enfim, o recurso – ocasional? – da Sra. Knowles a uma pré-gravação está
em consonância com o recurso constante do Sr. Hussein ao teleponto. Digamos que
estão muito bem um para o outro…
…
Pelo que não surpreende que ela seja, juntamente com o marido Jay-Z, uma das
suas maiores apoiantes e doadoras. Aliás, os dois, no seu clube 40/40 de Nova
Iorque, organizaram durante a última campanha presidencial um dos eventos de
angariação de fundos mais «badalados»… pelos preços cobrados e pelos luxos de
que se revestiu, incluindo uma «torre de garrafas de champanhe» com o valor de 105 mil dólares! Ou seja, um cenário mais característico dos «1%» do que dos
«99%»… Talvez tenha sido por isso que, entretanto, a cantora assinou um contrato com a Pepsi, que, esta sim, é uma bebida mais acessível à «ralé»… E
também não surpreende que, agradecido, Barack Obama se tenha referido a Beyoncé
como um excelente «modelo para as minhas filhas porque ela conduz-se a si própria com muita classe».
Sim,
«classe» é o que não falta à Sra. Knowles… um exemplo disso terá sido a imagem
que ela colocou no Instagram dirigida a Mitt Romney aquando da derrota daquele
a 6 de Novembro: a de um papel em que escreveu «Take that, Mitches!». Para quem
não percebeu a estranha palavra, esclareço que ela é o resultado de um
«cruzamento» entre «Mitt» e «bitches», sendo esta(e)s, pode-se deduzir, todos os norte-americanos que não votaram em Barack Obama… No entanto, o momento de maior «classe»
na carreira – e eventualmente também na vida – de Beyoncé talvez tenha ocorrido
a 31 de Dezembro de 2009, quando, por dois milhões de dólares, deu um mini-concerto restrito numa festa promovida em Nova Iorque por Hannibal Khaddafi – sim, um dos filhos do antigo e falecido ditador da Líbia.
Qual
é a surpresa? Afinal, quem canta para um canta para outro… Citando a famosa
canção, the lady is a tramp… (est)a dama é uma vagabunda.
3 comentários:
Alguns fans do Sr Obama estão profundamente decepcionados, pelo menos no twitter.
Os corações puros estão assustados com isso:
http://www.theatlanticwire.com/politics/2013/02/take-rare-look-how-obama-decides-send-drones-kill-americans/61794/
fraco...
«Fraco»... o quê?
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