Barack Obama leu ontem, no Congresso dos EUA, o seu primeiro «Discurso do Estado da União». E representou algo de verdadeiramente diferente em relação aos muitos outros discursos que já leu? Admitiu ter compreendido o significado de recentes desaires eleitorais do Partido Democrata? Anunciou que vai abandonar ou alterar medidas que a maioria dos americanos rejeita? Não.
O discurso foi, essencialmente, mais do mesmo: longo (o maior da sua carreira!), repetitivo, desinteressante... tanto que até Harry Reid foi «apanhado» a bocejar! Porém, pior seria se tivesse sido dito em «dialecto de negro»... Mas houve pelo menos um aspecto positivo a registar: o «índice de narcisismo» desceu – neste discurso o presidente falou de si próprio «só» 114 vezes, quando, numa anterior alocução, chegou às 132...
Comentadores como Fred Barnes, Kevin McCullough e Toby Harnden chamam a atenção, além das insuficiências, para as incoerências inerentes ao pensamento e à acção de BHO, mais concretamente entre o que ele prometeu e o que cumpriu (ou não...), e entre o que ele diz que é verdade e... o que se sabe que é mesmo verdade. James Pinkerton aconselha-o a pedir a ajuda de Steve Jobs. Já o senador James Inhofe é mais sucinto: «Obama é melhor mentiroso do que Clinton.» No entanto, como diz o provérbio, depressa se apanha um...
E por falar em mentiras, uma «inovação» inesperada, mas insolente, do discurso foi a crítica a uma decisão recente do Supremo Tribunal de Justiça... com os respectivos juízes sentados na sala! Um deles, Samuel Alito, foi «apanhado» a murmurar «not true», o que fez lembrar o que aconteceu no ano passado com o congressista Joe Wilson... Barack Obama alegou que, assim, qualquer indivíduo ou instituição, mesmo do estrangeiro, pode intervir nas eleições americanas... o que não deixa de ser irónico, pois foi isso mesmo que aconteceu na sua campanha!
O Partido Republicano também já fez o seu «balanço» do primeiro ano de BHO como presidente. O primeiro de apenas quatro? O Sr. Hussein afirmou que prefere ser um «mesmo bom» presidente de um mandato do que um «medíocre» de dois. Mas Charles Krauthammer lembra que há uma terceira opção...
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