Quando os índices de popularidade descem acentuadamente (sim, são piores do que os de George W. Bush no mesmo momento do seu primeiro mandato), quando o défice aumenta vertiginosamente, quando os protestos populares se multiplicam contra as suas iniciativas (como a reforma do sistema de saúde ou a – aparente – doutrinação de crianças), o que podem fazer Barack Obama, a sua Administração, o Partido Democrata e os seus apoiantes?
Várias coisas: culpar o Nº 43 (mais uma vez) e criar (mais uma) «cortina de fumo» sobre alegadas «torturas» praticadas pela CIA, tentando demonizar não só o anterior Presidente mas, principalmente, o anterior Vice Presidente (o que, ironicamente, pode consolidar a «reabilitação» de Dick Cheney); dizer que todos os críticos e opositores são «racistas» (mesmo que os assuntos em discussão nunca tenham a ver com etnias e cores de pele), e, se isso não resultar, tentar silenciá-los e boicotá-los; recorrer ao «spam» em larga escala (levando Karl Rove a imaginar o que lhe fariam se ele tivesse implementado algo semelhante); e, como último recurso, entrar em delírio.
O que se esperaria é que, por esta altura, Barack Obama já tivesse cessado a campanha eleitoral e começado a liderar, efectivamente, o país. Como, aparentemente, isso ainda não aconteceu, ele corre o risco de se tornar, rapidamente, irrelevante. E irreversivelmente impopular.
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