Continuando
a falar em «Obamadorismos»… «foi a hora do amador»: desta vez Donald Trump teve
razão, e a não presença de Raul Castro, no aeroporto de Havana, para
receber Barack Obama foi apenas o primeiro de vários momentos embaraçosos,
humilhantes, vergonhosos da primeira visita oficial de um presidente dos EUA a
Cuba desde 1928. Mas, também, o que seria de esperar quando se decide tentar «reabilitar» um regime iníquo de censores e de torturadores que não dá
quaisquer sinais reais de, efectivamente, se regenerar, se democratizar?
Na
véspera da chegada do Sr. Hussein ainda estavam a prender (mais) opositores.
Depois, foram umas atrás das outras… A fotografia junto ao mural de Che Guevara, que posteriormente seria «retocada» de uma forma mais adequada – e
àqueles que vieram dizer que prévios (e republicanos) presidentes também haviam sido gravados perto de outras imagens (de) comunistas, há que responder que
deles não havia dúvidas quanto às suas filiações ideológicas. A participação
num programa de «comédia» local. Uma conferência de imprensa que viverá na
infâmia, onde, entre outros momentos «dignos» de Neville Chamberlain, o Nº 44
disse que ambos os países podem «aprender um com o outro», e que «pessoalmente não discordaria» de críticas feitas pelo irmão mais novo de Fidel; este
assegurou que a posição do seu governo quanto a direitos humanos não mudará,
desafiou os jornalistas presentes a apresentarem-lhe uma lista de prisioneiros
políticos, e, no final, tratou literalmente BHO como um boneco, um fantoche…
Compreende-se
agora quando ele disse que ia a Cuba para «avançar os objectivos que nos guiam». Um dos seus lacaios até fez de porta-voz oficioso do castrismo! E,
através de Valerie Jarrett, ficou-se a saber o quanto o suposto «líder do Mundo
livre» admira a mais-que-cinquentenária ditadura: ele acha que «Cuba tem um recurso extraordinário… um sistema de educação que valoriza cada rapaz e cada rapariga»! E porque não se disse e se fez mais, se foi mais longe, nesta viagem
ideológico-turística a Havana? Em coerência com os seus recentes elogios ao
movimento «Black Lives Matter», feitos num encontro pessoal com representantes
daquele, Barack Obama «deveria» ter visitado, em Cuba, JoAnne Chesimard, mais
conhecida por Assata Shakur, que fugiu para a ilha em 1984 depois de assassinar
um polícia em 1973 em Nova Jersey. Ou então, «obviamente», anunciar o
encerramento não só da prisão de Guantánamo mas de toda a base, como o seu
«anfitrião» regularmente exige. Considerando os antecedentes, a acontecer tal não seria
inteiramente surpreendente…
Porém,
e como habitualmente, os factos – e, em especial, as más notícias, os terríveis
acontecimentos – vieram intrometer-se nas fantasias, e os atentados em Bruxelas
ocorridos no passado dia 22 de Março demonstraram a todos – excepto, claro, aos que recusam conhecer e/ou encarar a realidade – que é de todo indispensável
manter aberta aquela prisão. Provas? Há um mês foi detido em Espanha um antigo «hóspede»
de Guantánamo que, depois de ser libertado, aderira ao ISIS e se preparava para
participar num ataque no país vizinho. E, um dia depois da ofensiva terrorista
na Bélgica, um funcionário do Departamento de Defesa admitiu, em audiência no
Congresso, que norte-americanos haviam sido mortos por ex-presidiários em Cuba.
Entretanto, pelo menos dois morreram em Bruxelas, e ainda está por saber se,
entre os islamitas extremistas culpados do ocorrido, estará alguém que passou
uma temporada a ver o sol «aos quadradinhos» nas Caraíbas… Assim, por tudo
isto, fica o apelo: não fechem (a prisão de) Guantánamo! E muito menos a base
naval, obviamente… Pelo contrário, deviam aumentá-la, expandi-la… para lá serem
metidos outros criminosos, terroristas, ditadores de todo o Mundo… a começar
pelos irmãos Castro e pelos seus muitos capangas.
Depois
de saber o que acontecera do outro lado do Atlântico, o Sr. Hussein fez o que
já tinha feito em anteriores e semelhantes ocasiões: continuou a divertir-se. Neste
caso, assistindo a um jogo de baseball com Raul Castro, onde até fez, com o ditador cubano e os outros espectadores, a hola! Antes, dedicara apenas cerca de um minuto ao mais recente ataque terrorista na Europa, uma adição de última hora num
discurso já preparado e focado no carácter (tristemente) «histórico» da sua
visita. Não foram só comentadores conservadores como Charles Krauthammer a
indignarem-se com este comportamento do Nº 44 e dos seus serviçais; também
liberais como Brian Williams, Chris Matthews (!) e Tom Brokaw ficaram mal
impressionados. Compare-se a atitude de BHO com a de Marco Rubio, que, no
último debate presidencial em que participou, enunciou claramente o que seria
um «bom acordo» com Cuba, e as respectivas exigências prévias indispensáveis a
um relacionamento normal entre as duas nações. Muito mais do que a actual administração,
que, aparentemente, contenta-se com a devolução de um míssil e pouco mais.
2 comentários:
Caro Octavio,
Mesmo ao fim de 8 anos, parece que os capangas de servico na imprensa continua a adolacao do querido lider...
Fiz link deste recomendavel espaco no meu blog - http://portugal4trump.blogspot.com/
Abraco!
Muito obrigado. O seu blog também já está na secção «Obséquios» do Obamatório.
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