terça-feira, 26 de maio de 2020

Comandando nos comentários (Parte 3)

Porque desde a minha anterior «actualização» anual, em 2019 (e, aliás, desde sempre), não se verificou qualquer alteração na minha (frustrante) situação de não presença em órgãos de comunicação social portugueses para comentar especificamente assuntos relacionados com a política nos Estados Unidos da América, a minha actuação nesse âmbito continua limitada aos blogs. Assim, e nos últimos quinze meses…
… Deixei os meus «pareceres» em: Zap Aeiou (um, dois); Delito de Opinião; Horas Extraordinárias (um, dois); Corta-Fitas (um, dois); Intergalactic Robot; Actualidade Religiosa; O Insurgente (um, dois); Máquina Política (um, dois, três); Malomil (um, dois); 31 da Armada. Sobre temas que incluiram: correcção de informações erradas sobre nomes, idades e funções de políticos; de como Hollywood está mais disponível para atacar republicanos do que democratas; livros que são «pesadelos» por preverem acontecimentos que não se concretizam; uma bibliotecária luso-americana dada à censura e à discriminação que é elogiada por uma editora deste lado do Atlântico; a continuada, persistente, ausência de comentadores e comentários alternativos sobre os EUA nos órgãos de comunicação social (ou de propaganda?) nacionais; a ridícula ignorância e credulidade de muitos dos que opinam sobre os EUA, acreditando em todas as mentiras, ou quase, que vão num certo sentido; esclarecendo um período fulcral na história norte-americana, e quem era então o presidente do país; desmontando, mais uma vez, as muitas mentiras que se dizem e escrevem sobre Donald Trump; em que campo político se situam efectivamente os «anti-vacinas»; quem são os verdadeiros, principais culpados pela actual pandemia (uma «dica»… não é DT); peripécias nas «primárias» do Partido Democrata, disputadas no final por dois idosos doentes; pervertidos e predadores sexuais apoiantes do PD.         
De todos os comentários acima indicados seleccionei para destaque o que fiz no Actualidade Religiosa em Janeiro último, e em duas partes (uma no dia 2, a outra no dia 5): «(…) (O texto acima) como que faz eco das calúnias, das hipocrisias, até dos incitamentos à violência feitas pela mesma esquerda, em especial no que se refere à personalidade e à actuação de Donald Trump. “Horror de quase todo o resto do mundo bem-pensante”? Mas ele é um ditador que oprime o seu povo, como em Cuba, na Venezuela, Irão, Coreia do Norte? O “mundo bem-pensante” não deveria sentir “horror” por Castro, Maduro, e quejandos? Mesmo que numa perspectiva não simplista, é ofensivo caracterizar o eleitorado de Trump como um “misto explosivo de racismo e estupidez” - Hillary Clinton fez isso chamando-lhes “deplorables”, e viu-se o resultado. Que “coisas desagradáveis” tem, teria a vitória de Trump para quem não é de esquerda? Não me ocorre uma... tal como não me ocorre que “danos reais” ele possa causar - a não ser, claro, à organização criminosa conhecida como Partido Democrata. Quais foram, exactamente, as “figuras absurdas”, e penosas, que Trump fez no anúncio da morte (e não captura) do líder do Estado Islâmico? E, não, ele não tem um “discurso desumanizante sobre os migrantes”... a não ser que incluamos naqueles os imigrantes ilegais, em especial os traficantes de pessoas e de droga, membros de bandos culpados por agressões, violações e assassinatos em série. O problema (…) de muitos (…) comentadores, é não distinguir, pelo menos neste caso, o essencial do acessório, a substância do estilo. O que fica claro nesta passagem: “é penoso ter como figura de referência para um movimento que se quer de valores um homem que tão claramente não os parece ter.” Pois, eu também gostaria de viver num mundo perfeito em que os líderes políticos seriam perfeitos. No entanto, e como isso não é razoável, devemos contentar-nos com o que vai sendo possível. Que interessa Donald Trump não (parecer) ter certos valores se, efectivamente, ele muito tem feito para os aplicar? Que é feito de “não se julgue pelas aparências”? Vendo para além destas, tanto de bom se tem feito desde Janeiro de 2017, como o “Right to Try Act”, o “First Step Act”, e outras medidas. “Triste espeCtáculo” só do outro lado, entre uma esquerda cada vez mais enlouquecida e perigosa. (…) Eu prefiro a “anormalidade” de um presidente ser algo rude, “incorrecto”, de ele responder, ripostar, aos - injustos - ataques de que é alvo, em vez de “comer e calar”, como tem (tinha) sido habitual entre muitos políticos republicanos - e isto ao mesmo tempo que faz com que muitas medidas positivas sejam concretizadas, que várias promessas feitas sejam efectivamente cumpridas, o que não era habitual na política norte-americana (e não só). E “ninguém deve ser desumanizado”? Criminosos que cometem os actos mais hediondos desumanizam-se a eles próprios, são eles que se reduzem a sub-humanos. Descrever e condenar o que eles fazem nada tem de “desumanizante”. (…)»

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