sexta-feira, 4 de novembro de 2011

«Recuperação» duvidosa

É verdade que não é a primeira vez que acontece, mas desta vez o «coro» dos meus estimados colegas-da-blogosfera-nacional-que-analisam-a-política-nos-EUA mostrou-se mais «afinado» do que nunca. A 2 de Novembro: «Obama recupera». No mesmo dia, três horas antes: «Obama recupera». A 15 de Outubro: «Barack dá sinais de vida».
Quem não soubesse do que se tratava poderia pensar, apenas pela leitura dos títulos, que o presidente norte-americano tinha sobrevivido a um grave acidente ou a uma doença… Mas não: o tema em comum era a alegada «recuperação» de Barack Obama nas sondagens, isto é, o (suposto) aumento da sua popularidade, e o (hipotético) retomar da iniciativa política por parte da sua administração. Porém, «desalinhado» e melhor informado como habitualmente, o Obamatório esclarece: quando muito, o Sr. Hussein viu diminuída, um pouco, a sua impopularidade; o seu «saldo» continua a ser negativo, pelo que o seu «estado» continua a ser… crítico.
E mesmo que se tratasse de um problema de saúde, do «ObamaCare» dificilmente viriam benefícios. O próprio Barack já admitiu que os custos irão aumentar… e, com tanta pressa em ver concretizada a sua «obra», até se engana no calendário de aplicação… O que já antes se verificava mantém-se e até se acentuou: são cada vez maiores e mais evidentes as desvantagens da «reforma» do sistema de saúde aprovada em 2009. Com efeito, o governo federal vai: desenhar um «pacote de benefícios básicos»… para cerca de 70 milhões de norte-americanos que já têm um seguro de saúde (!); exigir às seguradoras as informações e os dados constantes nos ficheiros dos seus clientes; obrigar todos os contribuintes a subsidiar abortos, contracepções e esterilizações – mesmo os que, por motivos religiosos (como os cristãos), se oponham. Alguém falou em «Grande Irmão»?          
Além de que, como não podia deixar de ser, deverá aumentar o tempo de espera para receber cuidados de saúde. Mas isso, segundo Michael Moore, não é um problema para os «americanos patriotas». E, em alternativa, ele poderá levá-los para Cuba, esse país democrático e desenvolvido…

4 comentários:

João Luís disse...

Octávio, no meu texto do Máquina Política eu fiz referência ao facto de os números de Obama continuarem em terreno negativo. Contudo, isso não invalida que a taxa de aprovação do Presidente dos EUA tenha mesmo subido e que esteja já em valores que lhe permitem ser reeleito. Veja-se que neste estudo da Quinnipiac, Obama surge com 47% de taxa de aprovação. Ora, GWB, no mês que antecedeu a sua reeleição (Outubro de 2008), oscilou, segundo a Gallup, entre os 47 e os 51%.

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

João Luís, antes de mais, George W. Bush foi reeleito em 2004 e não em 2008...

... E não interessa aqui relacionar a taxa de aprovação com a eventual, futura, percentagem eleitoral - onde há sempre, pelo menos, mais um nome (ou partido) a considerar. Menos de 50% numa avaliação exclusivamente individual... é sempre negativo.

Anónimo disse...

Sr.Obama que Hussein parece um pouco preconceituoso no ocntexto em que o usa mas já deu para ver que é mias um daqueles extremistas que necessita de um blog para expurgar os seus maus pensamentos...

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Olha, mais um anónimo medroso e merdoso... Aprende primeiro a escrever, identifica-te, e depois poderemos conversar sobre quem são os verdadeiros «extremistas preconceituosos» que «expurgam maus pensamentos».