sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Os «fantasmas» de Natais passados

Não é só na época do Natal, evidentemente, que «fantasmas» do passado podem voltar para nos assombrar. Mas com Barack Obama, com o seu percurso pessoal e político, com a sua presidência, a fábula escrita por Charles Dickens pode constituir, com alguma imaginação, uma alegoria do actual momento dos Estados Unidos da América: é que são muitos os «esqueletos» que teimam em sair dos «armários» do Nº 44.
Nem mesmo a circunstância, insólita, de ainda haver quem compare o Sr. Hussein a Jesus Cristo (!) – como, no ano passado, o jornal dinamarquês Politiken e, este ano, Herb Johnson da AFL-CIO – é suficiente para «esconjurar» algumas «almas penadas» que, sob a forma de afirmações e de acções comprometedoras, persistem em «flutuar» à volta da Casa Branca. E, incrivelmente, vários desses embaraços são provocados, não por opositores e inimigos, mas por admiradores, aliados e até familiares de Barack Obama! Como Louis Farrakhan, que disse que o actual presidente «antes de ser eleito foi seleccionado». Ou Howard Fineman, que disse que Obama vem de «um país de corredores de longa distância». Será esse país o… Quénia, que, segundo a própria Michelle Obama, é o «home country» do marido? E onde vive a avó deste, que reza para que o neto se converta ao Islão? Entretanto, ele expressa a opinião de que ser americano «não é matéria de sangue ou nascimento»… opinião essa que não é partilhada pela maioria dos seus… compatriotas, alguns dos quais questionam a sua cidadania, e estão dispostos até a ir a tribunal por não acreditarem que ele nasceu nos EUA, e, por isso, que ocupa ilegitimamente, e ilegalmente, o cargo de presidente… e de comandante supremo das forças armadas.
Mais tarde, e antes de residir(em) no Nº 1600 da Avenida da Pensilvânia, os pontos de interrogação continuaram a suceder-se. Sobre, por exemplo, e já em Chicago, as carreiras – inexistentes? – de Barack e de Michelle como «advogados» e «professores», e a influência dos «amigos» William Ayers e Bernardine Dohrn, terroristas, anti-semitas, e que, mais recentemente, colaboraram na organização da «armada humanitária» para Gaza que provocou confrontos com militares israelitas; ou a posição… surpreendente do então senador estadual sobre controlo de fronteiras, imigração ilegal e amnistia. Porém, é enquanto candidato presidencial que futuros «espectros» se tornam mais «ameaçadores»: surgem revelações de que ele recebeu elevados donativos da BP e da Goldman Sachs – duas empresas que, posteriormente, a actual administração demonizará como corporizações extremas de capitalismo irresponsável; e, mais perturbador ainda, alegações – por outros democratas! – de que Obama «roubou» a nomeação a Hillary Clinton através de uma série de fraudes, intimidações e outras irregularidades.
Irregularidades parecem também ter-se verificado no – ainda pouco ou nada divulgado por cá - «Caso Pigford», que ameaça tornar-se uma espécie de «Baía dos Porcos» para Barack, e que envolve o pagamento (injustificado ou, pelo menos, exagerado) de indemnizações a «agricultores negros» com base em critérios dúbios, e que podem constituir formas encapotadas de compra de votos (são de ler os relatos feitos por Andrew Breitbart, Dan Riehl, Gary Hewson e Peter Schweizer). Este pode ser entendido como um «fantasma de Natal presente e futuro»… pequeno, no entanto, se comparado com outro, muito, muito maior, e até gigantesco, que deverá aterrorizar (sem aspas) as próximas gerações norte-americanas: o valor da dívida nacional, ao qual Obama adicionou mais sózinho do que todos os seus antecessores em conjunto até Ronald Reagan.
Todavia, o maior «fantasma» para BHO é ainda, e indubitavelmente, o do progenitor: há quem considere que a origem da personalidade, pensamento e comportamento do actual presidente norte-americano está em Barack Obama Sénior, que se destacou enquanto crítico, e opositor, do colonialismo britânico. O que pode explicar porque é que o filho, decidido a tornar realidade os «sonhos do pai», tem, ostensivamente, mostrado constantemente que não aprecia a «Pérfida Albion», pátria de… Ebenezer Scrooge. E onde, actualmente, os radicais islâmicos tudo fazem para impedir que tenhamos um... Feliz Natal!

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