Depois de Bart Stupak... Joseph Sestak. Em apenas dois meses são dois democratas, membros da Câmara dos Representantes, a causarem, mesmo que não deliberadamente, sérios embaraços à administração de Barack Obama.
Em ambas as controvérsias há um ponto em comum: alegadamente, tanto a um como a outro foram oferecidas «prebendas» pela Casa Branca para mudarem a sua posição numa votação; Stupak, e o seu estado, o Michigan, receberiam fundos federais no valor de muitos milhões de dólares em troca do «sim» à «reforma» do sistema de saúde – o que aconteceu; a Sestak foi proposto um cargo no governo federal em troca da sua desistência na eleição (primária) para a designação do candidato do Partido Democrata ao lugar de senador pelo estado da Pennsylvania – o que não aconteceu, pois o ex-contra-almirante manteve-se na corrida e derrotou o veterano Arlen Specter, que em 2009 abandonou uma militância de décadas no Partido Republicano e se passou – inutilmente, como se viu – para o «outro lado».
Significativamente, o próprio Sestak confirmou a «oferta de emprego». E, finalmente, após semanas de especulação, a Casa Branca também confirmou a notícia... mas «esclarecendo» que o convite foi feito por Bill Clinton e que o cargo era «não remunerado». Não só isto é pouco credível e mesmo risível como também não retira qualquer pressão a Barack Obama e ao PD. Sim, há uma forte probabilidade de ter ocorrido um crime. Não, não há – nunca houve! – uma «nova forma de fazer política» mas sim as «Chicago politics» já há muito conhecidas. Outras perguntas continuam por responder e, no Nº 1600 da Avenida da... Pennsylvania, algo... cheira mal. E, sem surpresa, a «lamestream media» parece continuar a não dar muita importância ao assunto...
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